quarta-feira, 28 de julho de 2021

Ve con Dios, Hombre!


Joseph Michael "Dusty" Hill
(1949 - 2021)

Dusty Hill, cara. Se foi 1/3 do maior e mais resiliente power trio da história.

Hill era o coração pulsante do ZZ Top. O taifeiro de uma das melhores cozinhas do rock, dono dos grooves southern/blueseiros/tex-mex mais vibrantes já registrados. No baixo, no vocal e no palco, o barbudo era infernal.



Dusty está eternizado no Rock & Roll of Fame desde 2004. Mas nem precisava. Ele já estava eternizado nos corações (e nas playlists) de quem entende de música.

Que semana. E segue 2021...

terça-feira, 27 de julho de 2021

Vá em paz, Seu Orlando!


Orlando Drummond Cardoso
(1919 - 2021)

Falar que o genial Orlando Drummond fez a alegria de várias gerações é até redundância. Ele pertence a um seleto grupo cuja vida se funde com a história do entretenimento brasileiro - onde sua carreira teve início em 1942. O homem é uma lenda.

E o melhor de tudo: foram 101 anos de uma vida plena e incrivelmente produtiva.

Obrigado por tudo, Orlando Drummond.

Kudos, Mr. Jordison


Nathan Jonas "Joey" Jordison
(1975 - 2021)

Nunca dei muita bola para o Slipknot, mas, parafraseando o saudoso Gordura, "entre todas as milhares de coisas pra ti odiar no Slipknot, definitivamente a bateria não é uma dessas". E realmente o fenomenal Joey Jordison fazia a diferença. E muita.

Mesmo assim, só abracei a causa de vez após o show do Metallica em Donington, em 2004, sem Lars e com ninguém menos que Jordison e Dave Lombardo assumindo as baquetas. Pela 1ª vez em muito tempo, a banda soava pesada e ameaçadora novamente.

Jordison tinha mielite transversa (razão pela qual saiu do Slipknot), mas havia apresentado melhoras com o tratamento. Tanto que logo na sequência chegou a montar novas bandas (Scar the Martyr, Sinsaenum, Vimic) e a tocar com Ministry, Rob Zombie e 3 Inches of Blood, fora os vários trampos de produção. Foram 46 anos a mil.

Consta que se foi durante o sono. Uma benção.

Muito jovem ainda. E extremamente talentoso.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Mestras do Universo


Muito se passou pela minha cachola enquanto assistia aos 5 primeiros episódios de Masters of the Universe: Revelation, de Kevin Smith. Mas acho que decepção define. O cineasta serve como criador, escritor, produtor executivo e, enfim, é o showrunner da série da Netflix. Além de notório entusiasta da década de 1980, não é segredo que ficou maravilhado com o revisionismo sagaz da ótima Cobra Kai. Em parte, isso já explica algumas das decisões equivocadas do novo desenho. O que me leva a uma das escadas mais pé-no-saco que já usei num texto.

Papeando com um amigo num grupo de e-mails que participo, comentei sobre minha frustração. "Tão falando super bem", foi a réplica. E resolvi dar um rolêzin por aí pra entender como isso era possível. Praquê.

Me deparei com aquele carnaval internético de sempre: ad hominem, radicalismo e zero noção de ridículo (e existe algo mais ridículo que um adulto nerd xingando alguém de adulto nerd?). Entre os principais "argumentos" a favor de Revelation estão coisas como "nerds quarentões criticando um desenho feito pra vender brinquedo", "o nome é 'Mestres do Universo' e não 'He-Man'" ou o bom, velho & presidenciável "é tudo mimimi".

O próprio Smith, cuja autozoação sempre foi o seu cartão de visitas, parece ter mudado de postura. Sai o Silent Bob, entra o Angry Bob.

Primeiro, o(s) óbvio(s). TUDO na cultura pop é feito para vender brinquedo (e acessório, material escolar, alimento, merchandising de todo tipo, etc). Isso, por si só, não é demérito para o desenho, o filme, o quadrinho ou o que seja. O gibi do ROM, por exemplo, foi produzido pela Marvel por encomenda pra vender 1 action figure (fracassado, ainda) e rendeu uma saga espetacular. E nem vou mencionar o Esquadrão Atari.

No caso de He-Man e os Mestres/Defensores do Universo, a coisa foi muito além. Já nos Minicomics, haviam nomes como Alfredo Alcala, Tim Seeley, Gary Cohn, Steven Grant, Mark Texeira e Bruce Timm. E no desenho da Filmation, batiam ponto Paul Dini (Batman/Superman: The Animated Series), Michael Reaves (Os Gárgulas, Batman: The Animated Series), J. Michael Straczynski (bem...) e Dorothy C. Fontana (Star Trek, o seriado original), entre outros. De um veículo puramente comercial, passa-se a agregar qualidade.

Pra arrematar a questão, basta revisitar episódios como "A Origem de Tila", "O Problema com o Poder", "A Semente do Mal", "Príncipe Adam Nunca Mais", "O Tio Favorito de Gorpo", "Problemas em Arcádia", "O Julgamento de Tila", "O Feiticeiro e o Guerreiro" e "A Busca pela Espada", só pra ficar na 1ª temporada.

Esse desenho tinha coração, pelo amor de Lou Scheimer.


Em relação a Revelation, nada contra o protagonismo dado à Teela, sua parceira Andra (personagem dos quadrinhos estreante no MOTU animado) e Maligna. Pelo contrário. Era mais do que merecido. Teela foi uma das primeiras personagens femininas daquela geração a demonstrar força, tridimensionalidade e independência – embora aquela descabelante mistura de Barbarella, Dejah Thoris e Red Sonja tenha ficado para trás, compreensivelmente (idem para a Maligna). O problema é o gatilho.

A premissa de Smith era unir todas as pontas soltas deixadas pela série original. Mas, de cara, as consequências da "revelação" do título saem atropelando toda a coerência daquele universo e, especialmente, o perfil dos personagens. É inconcebível Teela, a orgulhosa Capitã da Guarda Real, recém alçada ao posto de Mentora, abandonando tudo e e todos (inclusive o Mentor, seu pai) pelo motivo que fosse. E abandonando pra vida, já que logo na sequência rola um gap de pelo menos uns 20 anos. O termo perfeito pra isso é overreact.

A apelação ao melodrama nostálgico chega a inventar coisas que contradizem o original, por mais paradoxal que seja. Um exemplo é o background de Gorpo, contado chorosamente pelo próprio, decepcionando seus pais com sua mágica atrapalhada. Só que era o contrário: apesar de ser um mágico medíocre em Etérnia, Gorpo era poderoso em Trolla, sua dimensão natal. Porém, abriu mão de seus poderes e de um grande futuro lá para ficar ao lado de seus amigos (olha a lição de moral perdida!). Isso invalidaria sua subtrama triste de redenção em Revelation, então foi "esquecido."


Uma boa ideia foi promover o capanga Tríclope (dublado pelo Henry Rollins!), agora líder de um tecnoculto radicado na Montanha da Serpente. O embate Magia Vs. Tecnologia sempre foi um dos aspectos mais divertidos, Kirbyanos e bizarros da franquia, infelizmente nem sempre bem aproveitada no novo desenho. Em certo momento, Mentor destrói uma armada inteira de drones inimigos com um único tiro, na maior facilidade.

A ação é apenas genérica, sendo bondoso. Com exceção de um breve entrevero entre Teela e um He-Man ilusório, é tudo bem superficial e esquecível. Talvez ajudasse incorporar a icônica trilha sonora original (ou trechos dela) para dar um 'mojo' às sequências. Provavelmente seria um perrengue burocrático licenciar esse material dos herdeiros da Filmation, embora a Netflix tenha cacife de $obra pra isso. Mas nada de trilha clássica – e muito menos da trilha psicodélica...

Aliás, confesso que, quando o projeto foi anunciado lá na Power-Con 2019, alardeando fidelidade conceitual à série de 1983, viajei alto. Pensei logo na possibilidade mais extrema: uma continuação com as células originais e aquela manjada rotoscopia reutilizada pela Filmation trilhões de vezes. Seria lindo.

E sim, isso é possível e com troco de padaria ainda.


Com barrigadas narrativas, excesso de referências inúteis (pra quê finalmente apresentar He-Ro, Grayskull e até um Conan-wannabe se não trazem peso ou relevância narrativa?), nesses cinco episódios fica evidente que os "arcos" servem apenas para preparar o terreno para reviravoltas pontuais e pretensiosas até o talo. Ah, mas foram apenas 5 episódios. E por outro ângulo, já foram 5 episódios.

Se não melhorar, será 7 x 1 no segundo tempo também.

Ps: tive os bonequinhos do Stratos e do Príncipe Adam com o colete de veludo por causa do desenho. Mas isso não prova nada! Nada!!

quarta-feira, 21 de julho de 2021

O Y da questão


Quase abaixo do radar, saiu o teaser de Y: The Last Man, série que adapta a espetacular HQ de Brian K. Vaughan e Pia Guerra. Neste momento, Y está em pós-produção, com lançamento previsto para 13 de setembro, via FX on Hulu.

E, até ontem, sequer sabia que havia saído do papel.

Y: The Last Man é uma das melhores obras que já li nesta vida com um desfecho perfeito do Vaughan e que até hoje faz (muita) falta. Lembro de quando surgiram os primeiros rumores sobre uma adaptação, há trocentos anos, em que o target ainda era cinema e o Shia LaBeouf parecia uma boa opção para viver o protagonista Yorick Brown. Desde então, não ouvi falar mais nada a respeito. E o teaser é ainda mais conciso – "A Man’s Man’s Man’s World" rolando ao fundo foi uma bela sacada. O que vem por aí é uma grande incógnita.

Só me resta torcer do fundo do coração para uma grande jornada de Ben Schnetzer (Yorick), Ashley Romans (355), Diana Bang (Dra. Allison), Olivia Thirlby (Hero), Diane Lane (a Senadora Brown!) e, principalmente, da produtora executiva Eliza Clark, a 3ª showrunner a ocupar a função. Eles merecem. A série merece. E eu preciso.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Guerra e Pais


Dizem que a justiça tarda, mas não falha. Há tempos aguardo pacientemente pelo grande filme de ação girl-on-girl (sem saliências, safadão), do tipo que atenda ao máximo de pré-requisitos da porradaria pé no chão antes de partir para a extravagância blockbuster habitual. E Viúva Negra parecia o(a) candidato(a) mais promissor(a) dos últimos tempos. Porque Natasha Romanoff é o que é. E Scarlett Johansson também. Ainda não foi desta vez, mas valeu pela reverência a esta atriz que deu coração, personalidade e profundidade à personagem no cinema.

Paradoxalmente, a tal da reverência foi o elemento que mais esteve em falta no filme.

Em nenhum momento me senti impactado, arrebatado ou cativado pelo fato desta ser a possível despedida de Johansson da personagem. Talvez seja pelo efeito Ultimato – onde ela protagoniza uma de suas cenas mais marcantes – e ter isso como parâmetro não facilita as coisas. Mas, noves fora, e mesmo sob o risco de soar meloso e/ou cerimonioso, a Viúva Scarlett merecia um "até logo". Alguma cena, alguma analogia ao futuro, linhazinha de diálogo, sei lá.

Em contrapartida, é bom notar que o roteirista Eric Pearson e a diretora Cate Shortland parecem ter tirado lições valiosas vendo o decepcionante voo solo da Capitã Marvel. Nenhum homem é uma ilha; nenhuma mulher tampouco; e uma Viúva só não faz verão. Ou algo assim.

Mesmo de vez, Florence Pugh é o melhor fruto de Viúva Negra e um dos grandes debuts da já extensa filmografia Marvel. A guria convence como a Viúva-Negra Yelena Belova. Que se dane: me convence. Pra mim, era algo impossível dissociá-la da Amélia carpideira de Midsommar, o que foi uma garoteada inconsequente da minha parte. A moça já encenou trocentas adaptações da literatura e é Oxfordiana da gema – incluída assim na regra implícita que estabelece que qualquer ser humano nascido brit é ator até o pâncreas. Pra melhorar, o roteiro, baseado na premissa da dupla Jac Schaeffer/Ned Benson, sabe o que fazer com ela.


No início do filme vemos um pouco do passado das Viúvas "Nat" Romanoff e Yelena ainda crianças – sendo que Ever Anderson, filha de Milla Jovovich & Paul W. Anderson, me deixou uma eternidade sem saber se era menino ou menina, igualando o recorde de androginia de Kristen Stewart em O Quarto do Pânico. Infiltradas na América, elas são criadas como irmãs em uma família de faz-de-conta completada pelo supersoldado russo Alexei "Guardião Vermelho" Shostakov, interpretado por David Harbour (o Hellboy ruim!), e pela Viúva-Negra Melina Vostokoff, papel da indefectível Rachel Weisz.

A trama principal tem início 20 anos depois, logo após os eventos de Capitão América: Guerra Civil. Com os Vingadores separados e vários deles presos ou foragidos, Romanoff é caçada pelo General Ross, em mais um cameo furtivo de William Hurt, e se isola nos cafundós da Noruega. Seu único contato com o mundo exterior é Mason (O.T. Fagbenle), um fornecedor de sua época na SHIELD. Ainda assim, ela se vê envolvida em uma guerra entre sua "irmã" Yelena e a rede de Viúvas-Negras que ela julgava desativada.

Daí pra frente é uma montanha-russa de ação e lutas frenéticas. Ou quase. Fica evidente que a maior preocupação da diretora é focar nas questões mal resolvidas da vida de Natasha. E isso vai desde os traumas adquiridos em anos de missões sanguinárias para a KGB até seu vazio pessoal/existencial, preenchido apenas pelas boas recordações de uma família fake. E dos Vingadores.

Felizmente, Shortland soube evitar os excessos em momentos genuinamente tocantes e pontuados pela experiência do elenco. Um bom exemplo é quando Natasha confronta emocionalmente sua "mãe" Melina. Mesmo com ambas endurecidas pelo programa Viúva-Negra, a troca dramática entre Johansson e Weisz é pungente. Outra boa sacada foi o momento "pai e filha" entre o fanfarrão Alexei e a relutante Yelena. De início, a cena parecia ter se esticado além da conta e já dava como perdida, daí ele começa a cantarolar desajeitadamente “American Pie”, a canção favorita de Yelena quando criança, e vira o jogo. Engraçado e comovente ao mesmo tempo.


Claro que a montanha-russa de ação não demora a chutar a porteira e estampar na tela cada cent das 200 milhões de doletas do orçamento. Ainda que a perseguição pelas ruas de Budapest seja eficiente, não é nada que algum Velozes & Furiosos não tenha feito num terça-feira qualquer. A cereja mesmo fica com o CGI Sky Fest da sequência final. Visualmente tão impressionante quanto absurda. E isso é meio que um elogio. Já as lutas são meio que problemáticas.

A bem da verdade, as lutas são acima da média. Pena que não é disso que o filme se trata e a relevância das mesmas é frequentemente negligenciada no decorrer da história. Nenhuma delas decide nada na trama. Normalmente, heróis se encontram e se enfrentam por motivos idiotas. Sempre foi assim. Mas a (boa) briga de Nat e Yelena é o novo marco das lutas gratuitas do UCM. Tony Pinga e Rhodey em Homem de Ferro 2 já podem respirar aliviados.

Chega a ser notável certo desleixo em alguns momentos. Num deles, Yelena derruba um guarda na Sala Vermelha com uma banda e o cara desmaia. E até ali, a Ursinha Pugh estava mandando bem na coreografia.



Taskmaster?*

* olha como sou bonzinho com o leitor que não assistiu ainda

Apesar do visual afudê e da aparição inicial com stunts descaralhantes mimetizando os movimentos de Natasha, temo concordar com meus confrades: uma decepção. Puta potencial jogado fora. Ainda mais porque a pessoa por trás da máscara é bastante conhecida. Ou seja, some aí desperdício à decepção. Sem contar que todas as cenas bacanas já estavam no trailer.

E ainda que o 3º ato realize um dos meus sonhos mais agradáveis, que é ver a Rachel Weisz com roupitcha super-heróica, é nele que a narrativa acelera e sai ralando no guard rail.

O veterano Ray Winstone como o evil chefão Dreykov fez o melhor possível mediante o curto tempo de tela: imitar o Brian Cox em X2 como se tivesse uma arma apontada pra cabeça. E, de fato, sua posição e relações familiares remetem diretamente ao Coronel William Stryker e seu filho mutante zoado Jason 143. Outra coisa que chama atenção é a Sala Vermelha com baixíssimo contingente de guardas, técnicos e cientistas. Novos filmes, velhos problemas.

Até fiz vista grossa para o pequeno estratagema nasal bolado por Natasha para evitar o bloqueio dos feromônios (coisa mais anos 80), mas dali pra frente a logística da coisa embola perigosamente. Capturados em São Petersburgo, as heroínas e o anti-herói são levados até a nave russa localizada bem "embaixo" do nariz dos americanos sem dar um bip sequer lá na SHIELD/SWORD/etc. E quando o AeroportaCCCPaviões cai, Natasha chama justamente o Ross? Detalhes, detalhes.


No fim das contas, o saldo é bem positivo. Foi uma boa despedida para Scarlett Johansson – se é que foi uma despedida per se – e ainda deixa os braceletes da Viúva muito bem encaminhados. Florence Pugh é uma graça e está mais do que preparada para a próxima fase da Marvel.

Fora que ela zoando o superhero landing da Natasha foi sensacional. Melhor que o Deadpool.®

Ps: que Valentina Allegra de Fontaine faça o dever de casa. Thunderbolts já!
Pps: co-resenhado with a little help from my friends Sandro e Fivo. Valeu, cachorros!

segunda-feira, 5 de julho de 2021

What's done is Donner


Richard Donner
(Richard Donald Schwartzberg, 1930 - 2021)

"Ele nos fez acreditar que um homem podia voar"

Provavelmente, essa será uma das frases mais repercutidas por aí com a partida do grande Richard Donner. E é lapidar mesmo. O homem fez por merecer. Não "apenas" pelo seu insuperável Superman e por seu categórico supercorte de Superman II, mas por tantos outros momentos que esse new yorker boa-praça nos proporcionou em inacreditáveis 64 anos de carreira a mil por hora.

E ainda havia mais por vir, caso a providência assim permitisse. He definitely wasn't too old for this shit...

Do terror visceral, à diversão em sua forma mais pura, ao encantamento, à intensidade cinética da ação, Donner reescreveu as regras da indústria mais de uma vez, influenciou muita gente e mudou o mundo. E também as nossas vidas, porque não?

No cinemão pop, Donner foi, é e sempre será uma das estrelas mais brilhantes.

Thank you for everything!

sábado, 3 de julho de 2021

Halloween Mata!

Essa semana finalmente saiu o trailer de Halloween Kills e... sangue de slasher tem poder. Uau. Uau mesmo.


O novo filme vai começar do ponto exato onde o Halloween 2018 terminou, como uma versão extendida daquela noite sanguinolenta. Pra mim isso foi uma grata surpresa. Há tempos não vejo esse recurso de bola-no-peito-e-bicicleta-no-meio-da-área. E ao que parece, o clima da empreitada será mantido com o espetacular trio Jamie Lee Curtis-Judy Greer-Andi Matichak enfrentando o famigerado The Shape mais uma vez. Inclusive sem máscara.

Também não passa despercebido o pequeno levante de moradores de Haddonfield se armando e saindo à caça de Michael Myers, tal qual ocorre em Halloween 4, de 1988. Paradoxalmente, nada mais atual.

Gosto muito da atmosfera thrillêra e mais pé no chão adotada pelo diretor David Gordon Green, mais uma vez roteirizando ao lado de Danny McBride e com o Scott Teems se juntando ao time. Por sinal, Gordon Green – que está negociando para comandar a refilmagem de O Exorcista – é um cineasta orgânico e interessantíssimo. Dois bons exemplos são seus trabalhos anteriores, o drama romântico All the Real Girls (de 2003, com a Zooey Deschannel) e o drama criminal Joe (de 2013, com Nicolas Cage). Ambos são de gêneros diferentes, mas igualmente curtidos em realidade rústica e visceral, com aquele jeitão de "true face of America." Convenientemente, nada mais Halloween.

O lançamento de Halloween Kills está previsto para 15 de outubro.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Moby esteve aqui

Eu achando que a Marvel Studios estava fazendo média escalando o Owen Wilson na série Loki.

Não é que Mobius M. Mobius era coisa dos quadrinhos mesmo?






Sabia que devia ter lido a fase do Walt Simonson no Quarteto Fantástico com mais atenção.

Mobius – Moby, para as variantes íntimas – e a passagem da Autoridade de Variação Temporal estão em Superaventuras Marvel #150-152, a quem interessar. Lisérgico arco.

Ps: o som da ficha caindo parecia uma onomatopéia do Simonson!