Sempre senti uma grande afinidade "praqueles lados" da Itália. A música, a comida, a beleza de seus cartões postais e, bota principalmente nisso aí, as mulheres. Acho que uma boa parte do que o Brasil é, em termos mulherísticos, se deve à tradição latina que também inclui uma forte herança da cultura italiana. Não posso conceber que somos privilegiados nesse setor devido apenas à influência portuguesa (embora as portuguesas sejam umas deusas também!). Eu me refiro mais à uma certa “safadeza” vigente, que povoa tanto a mente das mulheres quanto a dos homens. E nisso não temos do que nos queixar, pois as brasileiras são o que há. Além, é claro, de serem as mulheres mais bonitas e gostosas desse lado da Via-Láctea.
Natural de Veneza (terra de belíssimas ragazzas), Paolo Eleuteri Serpieri criou o link Brasil/Itália definitivo. Seu trabalho se expande à simples definição de Graphic Novel. Na verdade, ele é um artista à moda antiga e um ilustrador nato que, por acaso, se rendeu à esse formato pop. Grande admirador de western, um de seus primeiros trabalhos profissionais foi em Histoire du Far West, de 1975.
Ficou nessa linha por um bom tempo, desenhando para várias revistas, até 1985, quando houve um giro de 180º na sua carreira. Foi o ano da publicação do clássico Morbus Gravis, um momento ímpar na História da Arte Contemporânea. Exagerei? Pois essa foi a primeira vez que o mundo se deliciou com as curvas da femme fatale Druuna. Só essa credencial já justifica a sua caracterização de ‘clássico’.
Apenas uma pequena observação... Desde a época do Phantom Lord (acho que só o Fivo lembra...), que eu prometo um especial da Druuna. Claro que não é a minha intenção publicar algo exclusivo ou coisa parecida, pois são décadas de histórias da personagem. Além do que, Creatura, Le Clone, Mandragora, Aphrodisia, Obssession, Druuna X, entre outras, não são bem HQs, mas verdadeiros livros! Então, para conhecedores da morena mais gostosa dos quadrinhos, não tem nada aqui que vocês já não conheçam. Outra coisa: talvez num futuro próximo, eu publique a deusa “em ação”, mas por hora, o visual das suas pernas, seios e, claro, do seu bumbum maravilhoso, já está mais do que bom. :D
Existem versões que dão conta de que a Drunna foi inspirada em modelos brasileiras, em especial a gatíssima Ana Lima. Deve ser mesmo, afinal várias poses da Druuna são transcrições literais das fotos dela. Ponto pra gente. Mas se um dia rolasse um filme live-action da Druuna, eu até que não acharia nada mal se a deliciosa Vida Guerra ficasse com o papel principal. Saidêra: clique nas imagens pra aumentar.
Post Scriptum: A Opera Graphica está lançando uma nova personagem que tem algumas, ahn... "similaridades" com a filhinha do Serpieri. Bruuna X, criada por Homero de Romero e Eugênio Colonnese, é uma heroína com uma alta carga de sensualidade e com histórias que também remetem ao enredo habitual de Druuna. É aquele negócio, meio "A Dama do Lotação": em busca do prazer absoluto, Bruuna sai por aí devastando picas alheias e deixando um rastro de destruição pelo caminho. Rolam também alguns personagens fantásticos, tais como magos, minotauros, gênios, e outros que, com certeza, terão de tomar muitas vitaminas pra agüentar o tranco. Ah, e o próprio nome da personagem, Bruuna X, é referência direta à dois álbuns do Serpieri (Druuna X e Druuna X2). É uma cópia descarada de um cara que copiou a gente.
Essa revista que chegou com, pelo menos, uns 20 anos de atraso (e olha que o Colonnese é italiano também!). Abaixo, a capa do lançamento.