segunda-feira, 21 de março de 2011

A Noite do Chupacabras


Trailer oficial do segundo longa do cineasta capixaba Rodrigo Aragão, do fantástico Mangue Negro. Como bem disse o Cristian Verardi, do Cinema Ex-Machina, esse foi produzido no peito e na raça, sem sugar a carótida da renúncia fiscal. Chupa essa, Maria Bethânia.

E o que podemos esperar desse novo full-length do diretor? Talvez uma versão extended e ainda mais Fome Animal do curta de 2004...




Se é que isso é possível!

domingo, 20 de março de 2011

Era uma vez no esgoto

Superaventuras Marvel #29, novembro de 1984. Dessa eu não só lembro muito bem, como tenho até hoje (não a mesma revista, claro). Tinha conteúdo pra todos os gostos: Ralph Macchio-san e o George Pérez da fase áurea botando a Viúva Negra pra espancar os inimigos sem dó (com direito a furibunda badass splash-page), o show de curvas da Red Sonja sob o traço do mago das pinups Frank Thorne e mais um dos incontáveis exploitation de ação marcial do Mestre do Kung Fu. Mas o ouro da edição estava bem guardado e a única pista que a capa dava era um carcaju genérico com fundo rosa à esquerda.

Com um espirituoso título, "O Inferno não pode esperar" é a clássica história onde os X-Men são divididos e conquistados pelo altivo Clube do Inferno. A trama era um trem descendo a ladeira sob o comando de dois maquinistas insanos no auge do descontrole: Chris Claremont e John Byrne. Não é exagero afirmar que esse foi o O Império Contra-Ataca da equipe mutante (lançado no mesmo 1980, o ano das convergências vilânicas instauradas no poder). Para os heróis, aquele momento foi amargo, humilhante e tudo indicava que o futuro era negro, baby.

Porém, na cena derradeira, a hora da retribuição se avizinhava no horizonte - e na história dos quadrinhos.

(trilha redentora do Morricone aqui)


Wolverine se reerguendo no fundo do poço (do esgoto, aliás) foi, valorizando o trocadilho, o divisor de águas. Já tínhamos visto o baixinho enfrentando problemões e caçando confusão antes, mas nunca daquele jeito. Eu não iria querer ser sócio do Clube "nem por todo o whisky da Irlanda".

Referenciada e reconstituída ao longo dos anos, a imagem teve seu inegável apelo subestimado tanto pelos editores aqui do Brasil quanto pelos editores americanos. Mas, prevalecendo, adquiriu status icônico e contribuiu e muito para criar o personagem-produto que ele é hoje. Isso foi há 25 anos (30, considerando The Uncanny X-Men #132 original).

Em 1993, Byrne incluiu uma reinterpretação da imagem em seu portfolio, no que parece ser o instante seguinte da cena original.


Fazer esse tipo de coisa sem soar auto-indulgente não é pra qualquer um.

1993 também foi o ano do "Wolverine Blues", pedrada death'n'roll clássica do Entombed.


Era uma época onde a música e a literatura falavam mais ao coração.

Post descarada e miseravelmente inspirado por Elijah Price. Dê um desconto... tudo isso faz parte de um grande plano de reabilitação blogueira.

sábado, 12 de março de 2011

Sim!


'Don't' é a contribuição do maluco Edgar Wright (de Todo Mundo Quase Morto) para a compilação de fake trailers de Grindhouse. Bem que merecia receber a mesma promoção de Machete e Hobo with a Shotgun.