Terminou neste mês o que foi provavelmente a incursão mais bem sucedida do selo Vertigo no Brasil. Vertigo, a revista, estreou em outubro de 2009 baseada no sempre conturbado formato mix - cujo risco comercial foi potencializado pela vasta gama de gêneros e temas que o selo abriga. Se é difícil agradar a todos num cenário com padrões bem definidos, quem dirá com um turbilhão de microcosmos caóticos, complexos e praticamente sem conexões entre si. Títulos tão sui generis como Escalpo, Vampiro Americano, Vikings, Joe o Bárbaro, Casa dos Mistérios e, claro, Hellblazer tiveram vida longa, próspera e eterna enquanto durou.
Precedida pela Vertigo da Abril (1995-1996), que chegou a 12
edições, e da Opera Graphica (2002-2003), com 10 edições, a Vertigo da Panini
Comics foi campeã: 51 edições em 4 anos e meio, com formidável
regularidade e distribuição (não a característica mais marcante dos produtos da
editora). Um feito num país como o nosso somado às fortes turbulências que vinham lá de fora.
Deve ter cumprido o papel a que foi incumbida, seja ele qual
for. Meu chute vai para o objetivo fidelizador. Estamos agora todos (todos?) mais do que prontos para abraçar sem medo a causa dos TPBs e edições deluxe - e quem sabe alguns eventuais Omnibus com tudo em cima. Nunca o termo "título descontinuado" teve um viés tão positivo.
Parabéns à Panini. E vida longa à Vertigo.
Ps: tenho todas. Rá.
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