Quando vi a nova edição do clássico Do Inferno dando sopa numa Saraiva, há um mês e pouco atrás, não pensei duas vezes. A edição da editora Veneta - um volumão com a obra completa, mapas e apêndices generosos - realmente impressiona e exige seu lugar de destaque (e de direito) na estante mais próxima. O que eu não imaginava era que se tratava da 1ª edição do lançamento, com erros de concordância e digitação.
Claro, isso não tira o brilho de um clássico em versão peso-pesado, mas certamente não é algo muito elogiável. Quando soube que a editora lançou novas edições re-revisadas, entrei em contato para proceder uma troca. Até me responderam, e muito obrigado por isso, mas a resposta foi um sonoro "não" britanicamente polido.
Por algum fenômeno glyco-fractal que só Alan Moore poderia explicar, hoje consegui trocar, na livraria, minha cópia por uma edição nova e corrigida. Justamente hoje, 28 de março, Dia do Revisor - isso só fui saber agora, desculpe revisores. Não apenas tenho muita estima pelo trabalho de vocês, como também preciso muito dele.
Errinhos bobos, mas que estão lá... estão lááá...
Beijos e abraços para a equipe da Saraiva local, que não encrencou com uma solicitação de troca (bastante) tardia. Tem quem não te queira, mas yo te quiero...
4 comentários:
Eu comprei esse Do Inferno pela Liga HQ na pré-venda em novembro e até o presente momento não o recebi. Já entrei em contato com o site umas três vezes e a resposta é sempre a mesma: o fornecedor, a Veneta, ainda não enviou os livros. Não sabia desse problema na primeira edição, espero que a demora seja decorrente disso, caso contrário, vou seguir com a teoria que meu exemplar vem direto "de lá mesmo", com direito a aromatizante de enxofre e autógrafo de Mefisto.
Sobre a Saraiva, se fizer uma busca rápida, certeza que vou encontrar algumas queixas minhas nesses sites de consumidores putos. A última dessas foi com a filhadaputagem com a edição definitiva de Reino do Amanhã, comprada também em pré-venda e nunca enviada. O pior de tudo, naquela vibe desesperada, crendo que o livro iria esgotar em menos de um mês, recorri aos "Mercenários Livres", e aí, já viu... peixeira cega enferrujada banhada em veneno de Dorne!
Abração.
Eu comprei o "Do Inferno" na Fnac on-line, com desconto, chegou super rápido, mas veio com um pequeno amassado.
:(
Então, Luwig, são muitas as reclamações sobre as compras online da Saraiva. Mas essa de fechar a venda sem o produto em estoque realmente é o horror, o horror... Particularmente, ainda não tive nenhum problema. O cartão oferece bons descontos ("Do Inferno" saiu por 71,61), o pacote chega em uma semana ou menos e a opção de retirar o produto na loja, sem frete, emoldura a paisagem.
Sobre o caso relatado na LHQ, talvez seja isso mesmo, o que é, em termos, "menos mal". Não sei se a Veneta chegou a fazer um recall, mas certamente seguraram a distribuição até as novas edições saírem do forno. O "problema" é que em dois meses, o livro, mesmo caro, já estava na 4ª tiragem (mais de 11 mil exemplares vendidos, um sucesso - http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569963-hq-do-inferno-ganha-edicao-de-luxo-e-versao-para-a-tv.shtml). Ou seja, a demanda para trocas e reposições deve ter sido absurda.
Moore vende com força no Brasil, então não é material para erros de principiante. Coisa que Veneta e Panini só agora estão compreendendo.
O Mercenários Livres (boa!) exige uma operação no modo Serra Pelada: muito, mas muito garimpo. Já me salvou um bocado de vezes (como a coleção completa de Quarteto Fantástico & Capitão Marvel adquirida esses dias por 50 mangos), mas, como todo garimpo que se preze, tem que tomar cuidado com os jagunço da pexera cega... embora, ocasionalmente, se faça necessário lidar com tais vilões...
* * *
Fala, Luiz (Carlos)! Geralmente esses produtos viajam bem protegidos, mas antes da viagem são outros 500. Uma coisa que não mencionei sobre a "Do Inferno" que comprei primeiro é que também tinha uns desníveis e arranhões superficiais na capa, cujo material é mais fofo do que parece e bastante propício a marcas. Era algo que me incomodava e, quando troquei, procurei pelo exemplar mais íntegro possível (quase todos tinham amassadinhos). Se for algo que tire a atenção, sugiro trocar por outro na loja física.
Abraço!
Num mundo perfeito, eu teria na minha estante uma compilação bem maneira, em capa dura, com todo o Genis-Vell do Pete David. Nessa realidade alternativa, seria uma edição esgotada, objeto de desejo entre centenas de nerds brasileiros e eu, cá entre nós, me divertiria à beça com esses clamores da ralé.
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