Presente de sexta-feira 13 é isso aí!
Não que eu tenha sido "presenteado", exceto... por mim mesmo. Acontece que fechei essa encomenda mês passado e o pacote escolheu essa lúgubre data para aportar, mesmo com o sistema de rastreio chutando pro mês-que-vem-e-olhe-lá.
Ah, sim: e nunca soube quem recebeu e assinou. Simplesmente surgiu na minha mesa na volta do almoço. E quando abri, juro que um vento correu pela sala, mas deixa quieto.
Alex Toth, cara. Dos meus preferidos desde sempre. Já curtia antes mesmo de saber quem era, via Galaxy Trio, Space Ghost e Hanna-Barberices quetais. É um artista completo da velha escola. Dos poucos que trafegaram pelo sistemão sem ser tipificado por ele. Pelo contrário. A simples menção a Toth rescende a um estilo peculiar de visual e narrativa que transcendia mídias com uma desenvoltura sobrenatural.
Agora, de volta à Terra. Como de se esperar, pouca coisa foi lançada dele no Brasil. Material não falta - outro dia mesmo redescobri uns arcos sensacionais que ele fez para a Canário Negro. Mas no atual cenário de apostas seguras não prevejo um revisionismo tão cedo. Então a Dark Horse começa a publicar a linha Creepy Presents, cuja proposta são TPs compilando todo o trabalho de um determinado artista nas clássicas Creepy (duh!) e Eerie, da Warren Publishing.
Fui no Toth, facin, facin.
Noir, expressionismo, ângulos insanos, quebra dos padrões de diagramação e composição, flertes escandalosos com várias escolas europeias. E vai fazer jogos de luz e sombra assim lá com os irmãos Lumière. Tudo funcionava magicamente. Quadrinho com exercício de estilo curtido em sofisticação, minimalismo e refinamento, só comparado por José Luis García-Lópes e alguns seletos nobres da arte pop.
Coisa linda demais. O 1º importado a gente nunca esquece.
Próxima parada... Richard Corben!
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