Até aqui, X³: Year One Thousand foi o segmento mais hermético de Jonathan Hickman na construção do novo status quo dos X-Men. Nem mesmo dá pra chutar qual é a ligação possível com as demais timelines - e muito menos suas implicações. Futurista demais, cósmico demais, existencialista demais. E isso é demais!
Já reli Contato, do saudoso Carl Sagan, mais vezes do que posso lembrar. E não consigo dissociar essa narrativa de Hickman do antológico clímax do livro, quando humanos finalmente se encontram com uma inteligência extraterreste. O escopo evolutivo/tecnológico daqueles alienígenas é inconcebivelmente vasto e quase... mágico aos olhares pasmos dos pobres e atrasados terráqueos.
Essa é exatamente a escala em que imagino existir uma "Sociedade Galáctica com Espécies de Inteligência 1,000,000" - ou o Phalanx. Nas palavras (metódicas) de Hickman, "uma sociedade interestelar que opera em uma escala galáctica e representa um intelecto que tem total controle de uma galáxia hospedeira". Um nível que se equipara - senão supera - ao dos Celestiais.
Tal qual ao dos nossos anfitriões do espaço profundo de Contato.
Talvez, em meio à "galactogênese experimental", aos "rudimentos da engenharia cósmica" ou empreendimentos cósmicos similares do Phalanx, exista alguma função na qual os evoluídos terráqueos de X³: Year One Thousand possam ser "úteis" ou "dignos". Tudo dependerá do sucesso que terão o Librarian e sua companheira* de contato de 1ª grau com seu jeitinho brasileiro de ascender ao Phalanx sem precisarem ser biologicamente erradicados.
* tataratataraclones do Professor X e de Moira X?
O que sei no momento é que todos esses termos e convergências fazem reluzir meus olhinhos fãs de Jack Kirby e Jim Starlin.
Post X-criptum: a coluna de fofocas do Sr. "Ruby Rhod" Sinistro foi o momento em que Hickman mais entregou o jogo de bandeja. Décio Piccinini total. Mas só pesquei o possível outro irmão Summers, a Madelyne "deceased redhead" Pryor, Apocalipse e seus 4 Cavaleiros primordiais e uma dica de que aquele Sinistro ainda não era O Sinistro. E tem referências aos Novos X-Men de Grant Morrison aí que eu sei. Mas, quem diria, agora eu gostaria de ser melhor versado na zoada cronologia mutante...
5 comentários:
O que me pegou nessa edição foi o início daquela bela amizade entre Cifra e Krakoa, sem falar daquele flashback na antiguidade, c/ Apocalipse e os 4 Cavaleiros combatendo... hummm... era Surtur ali?! Pirei.
E o que achou do Sinistro?! Fiquei imaginando que o Chuck implantou também alguma sugestão de modificação comportamental. Bem estranho, não?
Cara, mas o que me pegou mesmo foi a HoX #5 de ontem. C/ cinco ou seis páginas, já estava surtando c/ aquelas implicações. Não vou entrar em detalhes, porque possa ser que não tenha lido, mas te digo que passou a ser minha edição favorita... talvez do ano.
Ahh,ia esquecendo. Sobre o quarto irmão Summers, será que a teoria sobre o Gambit está de volta?! Foi nele que pensei logo.
Abraço.
"o início daquela bela amizade entre Cifra e Krakoa"
Lindaça a sequência inteira, meu chapa. Evocativa, de uma fluidez poética e até inspiradora - embora o visual do Professor me lembrando o tempo todo da Cassandra Nova funcionasse pra mim como o abismo dando uma arrepiante piscadela de volta...
"era Surtur ali?!"
Difícil dizer. O cramulhão nórdico não é plus-Galactus-size? Vai saber...!
Sinistro é uma mistura do Ruby Rhod, Perez Hilton e Geraldo Rivera. É over e pensado pra ser. Afinal o cara vive isolado e cercado de clones dele mesmo. Um shot concentrado de paranoia, demência e narcisismo direto na veia. E também acho que o Professor não ia perder a oportunidade de implantar uma ou outra "Diretiva 4" ali--
--Embora eu não ache que o Sinistro estava necessariamente a um passo atrás naquela ocasião - vide o sugestivíssimo Sinister Secret #10.
HoX #5 tem pinta de clássico. Aguardando os desdobramentos daquilo.
Teoria sobre o Gambit? Aí você ultrapassou meus arquivos X(-Men). Como é isso?
Aquele amplexo!
X-Men V2 #23: http://www.mediafire.com/?08e2v5h53s5fq9o
Página 5 do scan. Vê lá.
Isso surgiu dali, a partir daquele "equívoco" do Sinistro e a associação do Gambit com os Carrascos no que viria a se tornar o Massacre dos Mutantes. É uma teoria que muitos leitores abraçaram, sobretudo pela aparência e a natureza análoga das energias concussivas de suas mutações. Não faço ideia se isso em algum ponto teve algum outro desenvolvimento, mas o Hickman certamente deu uma folheada nessa edição.
Sobre a Cassandra, também lembrei de imediato... assim como a face do Krakoa me lembrou a do Alan Moore. Afinal, no futuro, o Doug e a Ilha virariam um "Monstro do Pântano" c/ trânsito no Reino do Ritmo - leu o run do Charles Soule?
Abraço.
Não li o Swamp Soule. É bão?
Valeu pela luz! Cara, revisitando assim, Remy e os Summers parecem combinar perfeitamente mesmo. Mas em termos de cronologia, deve gerar pontas soltas até não querer mais. Felizmente, para os mutantes isso é só mais um dia no escritório, rs.
Pô, Fabian Nicieza e Andy Kubert em plenos anos 1990... Você e o Homem-Soluço são guerreiros mesmo!
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