“Quadrinhos de super-heróis enquanto mitos modernos do nosso mundo pós-Revolução Industrial personificando nossas esperanças, medos e ideais.”
Certeza que já vi isso em algum papo-cabeça McCloudiano ou no prefácio de alguma das trocentas reedições de Reino do Amanhã (alguém aí pegou a versão pocket?). É mesmo lapidar. E se existe um quadrinho que cabe à perfeição é a obra máxima de Mark Waid e Alex Ross.
O documentário The Legend of Kingdom Come promete estudar os processos de concepção e construção que deram origem a esta grandiosa saga de super-heróis, para muitos definitiva. Provavelmente. Entre as 5 mais, pelo menos. Certo, fechemos em 10.
A direção é de Remsy Atassi com produção executiva de Sal Abbinanti, o criador de Atomika: God Is Red, quadrinho indie resenhado aqui em posts imemoriais, e que é só agora soube ser o agente/gerente de negócios do Ross. Daí a presença massiva do reservado ilustrador nas promos do projeto, que além dele e do Waid, trará nomes como Todd MacFarlane, Bill Sienkiewicz, Jimmy Palmiotti, Amanda Conner, Paul Dini e outros – e tomara que entre esses "outros" esteja James Robinson, para quem o Ross propôs a ideia da HQ originalmente.
A campanha do doc no Kickstarter vai até o dia 25 próximo. Com a meta em US$ 50 mil e os apoios rasgando na casa dos 350 mil, as preocupações passam longe dos envolvidos. Mesmo assim, um projeto só acaba quando termina.
Quem acompanha a rotina de produções independentes e financiamentos coletivos sabe que o caminho até a sala de projeção pode ser longo e tortuoso. Vide A Riddle of Steel: The Definitive History of Conan the Barbarian curtindo um hiato eterno e o longa animado The Goon, 100% financiado pelo KS e que simplesmente desapareceu no limbo – este, realmente cheguei a tomar um porre no dia em que meta foi alcançada.
Se for o caso, só o Clark com o emblema preto e surtadão pra dar jeito.
8 comentários:
Meu chapa, Reino do Amanhã e Cavaleiro das Trevas reviraram minha cabeça lá pelo meio de 1997. Nada mais foi o mesmo. Não tem como: você passa a esperar mais, a QUERER MAIS dos nossos queridos gibizinhos de herói. Passei anos nessa busca por sensação semelhante, até finalmente ficar em paz com um bem-feito feijão e arroz.
Hoje, regozijo lendo e relendo os repetecos das Saga e Epic. Pra falar a verdade, talvez não tenha como ser melhor.
Aquele abraço!
Nada a ver com o doc de Reino, mas voltando ao Inferno de Musk, de cara, um dos primeiros tuítes que vi foi esse aqui:
https://x.com/artofmmignola/status/1844059037681451355
Lembrei de ti na hora. Ehehehehehehe...
Do Valendo à bessa, pra mim essa régua alta não demorou muito. Já sabia que aquela era uma obra ambiciosa e fora da curva. A exceção da regra. Mas ler aquilo logo na sequência de um Marvels foi um negócio extasiante.
Mas conheço gente boa que detesta porque encontra ali viés e estética fascistóides. Ah, vá.
🖌️ 🖌️ 🖌️
Luwig, só posso cantarolar:
"Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que você é meu amigo"
Mas diz aí, o Luwig-X está de volta?
Lembro dos comentatios na epoca que saiu...povo surtou. Vou ate me organizar p/ reler de novo. Epico d+...
Meu amigo, quando tudo é fascitoide... Se esticar o pensamento, até o Claudio Villa na capa da Tex Gigante 35 remete a isso. É conversa pra boi dormir e fã de gibituber replicar nas redes. Tá todo mundo maluco.
PS: Hombre chega amanhã (12).
Marcelo, também lembro da comoção. E a impressão é de que ficou ainda maior com o tempo. Na época, Marvels furou a bolha com a novidade Alex Ross, mas hoje não é tão reverenciada quanto RdA.
* * *
DVLÀB, é o que penso também. Com exceção de casos deliberados/satíricos, como o Juiz Dredd.
Parabéns, Hombre! Boas leituras!
Reino do Amanhã tá fácil no meu Top 3, muito provavelmente na cabeça. A edição que tenho é a Definitiva, em formatão, mas já tremi na base algumas vezes pela Absoluta.
Eu também! Especialmente pelas fontes, maiores, e pela adaptação revisada e mais fluída.
Se tivesse que fazer um upgrade gourmet (mais um), seria esse.
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