quinta-feira, 29 de maio de 2025

A vingança do colecionador

Lembra quando você, leitor velhusco, amargava fases de pindaíba e tinha que se sujeitar à sanha gananciosa dos donos de sebo se desfazendo de seus preciosos livros e gibis a preço de banana? Informo que você tem algo em comum com o Alan Moore. Regozijai-vos!





Metáfora ao establishment editorial, crítica ao mercantilismo desenfreado da arte, à desumanização do capitalismo neoliberal, etc...? Nah.

Só gosto de pensar que todos aqueles mãos de vaca aos quais vendi gibis (e discos) quase de graça um dia encontraram a sua Tomb of Torture #27...

Ps: vi na Eagle Magazine, edição de 12 de junho de 1982.

7 comentários:

lendo à bessa disse...

Quando vim do meu interior, lá em Barbacena, pra capital, coisa de 20 anos atrás, trouxe uns gibis velhos pra levantar uma grana. Procurei o Sebo do Rui (ainda existe, mas num espaço bem menor e com um Rui bem mais velho) e ofereci uma generosa leva de Espadas Selvagens de um certo Cimério; recebi a oferta de 25 centavos em cada -- acho que o preço de capa, até então, era 2,50.

"Tu não vais encontrar outro que compre estas tralhas."

Espero que nem ele tenha.

raid disse...

Cara, me arrependo tanto de ter vendido uns Flash Gordon em formatinho que eu tinha.

Nunca fui de vender gibis, mas meu pai ficou falando pra vender esses, pq valiam uma grana boa, enchendo minha cabeça, aí quando vou em um sebo na Av. São João em São Paulo que não me lembro mais o nome, uma loja enorme apinhada de gibis, que nem sei se existe mais, o cara me oferece uns 2 ou 3 reais por cada um.

E eu trouxa aceitei. Me assombra até hj hahaha.

doggma disse...

Tirar uma graninha honesta desse pessoal é mais difícil que tirar Excalibur da pedra, erguer Mjolnir, etc.

A última vez que vendi gibi em sebo foi há uns 10 anos. Umas Salvat, Star Wars DeAgostini e mais umas coisas até bacanas da Brainstore e da Metal Pesado. A proposta foi tão merreca que vendi só uma parte e o resto troquei naquele esqueminha "lindo" do duas x uma.

Tulio Roberto disse...

Lembrei das revistas de fotonovela que minha mãe tinha. KKKKK

Tulio Roberto disse...

Quanto tive que me desfazer da minha coleção não quis vender justamente pelo fato desse pessoal não valorizar o que a gente tanto ama. Doei tido pra gibiteca da minha cidade. Sabia que lá ia poder rever meu velhos "amigos" sempre que pudesse.

doggma disse...

Era igual mato. Vendia igual pãozinho quente nos anos 80. No Brasil, o formato era relegado a romances e dramalhões mexicanos (fora as revistinhas de sacanagem, claro). Lá fora, os "photo-comics" eram mais abrangentes em termos de gênero.

Sobre desfazer de coleção, há muito tempo que só rola para doação, não tenha dúvidas. Impensável para um moleque de 16-17 anos querendo grana pra ir a um show ou pra levar uma menina ao cinema...

Marcelo Andrade disse...

Lembrei das tirinhas do Chiclete com Banana feitas c/ fotos e os balões inseridos depois...muito bom.