sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Ah, Ota...


Otacílio Costa d’Assunção Barros
(1954 - 2021)

Essa nem o infalível Relatório Ota previa. Sei, sei, faz parte e ninguém anda cantando saúde ultimamente, mas essa foi de foder —e não no sentido gostoso, à Termas 69®.

Tecnicamente, Ota era meu "amigo". Éramos miguxos de Facebook há anos, o que, rigorosamente, significa porra nenhuma, e até bem antes disso, quando ele mantinha um divertidíssimo site oficial aos trancos e barrancos. Mas sempre foi extremamente solícito com minhas perguntas e mesmo com uma autorização —negada— para publicar uma foto hoje bem conhecida de seu acervo pessoal (mas era tão bacana que publiquei mesmo assim). Foi o rei incontestável da tosqueira e da zoeira do quadrinho nacional. E antes de tudo, sabia rir dele próprio, mesmo diante do mais puro descaso.

Pô, Ota é meu herói desde que a época em que matava aula para, entre outras coisas, ler MAD. Aliás, a 1ª vez que li Love and Rockets foi na versão editada por ele na Record, com as gírias e maneirismos brazucas da época. Não me desfaço por nada.

Impossível sintetizar a carreira de um sujeito que começou lá na EBAL, passando pelas presepadas mais picaretas até as editoras de ponta (solta) e as tretas com as mais novas. E, como sabemos, treta com Ota era mato. Brigou com Deus e o mundo. Menos com o dono do bar.

Salve, meu querido.

Obrigado por tudo!

5 comentários:

VAM! disse...

Resumindo o meu sentimento "à la Ota":

Que merda!

Abraços, consternado.
VAM!

Marcelo Andrade disse...

...complicado.

doggma disse...

50 anos de mercado editorial. Como bem escreveu o Érico Assis:

“Tem coisas que só ele sabia e acabaram de morrer.”

Ricardo kanashiro disse...

Esse ano está difícil...
Grande abraço meu amnigo.

doggma disse...

Um abraço forte, meu amigo. Fico feliz em reencontrá-lo bem!