Otacílio Costa d’Assunção Barros
(1954 - 2021)
Essa nem o infalível Relatório Ota previa. Sei, sei, faz parte e ninguém anda cantando saúde ultimamente, mas essa foi de foder —e não no sentido gostoso, à Termas 69®.
Tecnicamente, Ota era meu "amigo". Éramos miguxos de Facebook há anos, o que, rigorosamente, significa porra nenhuma, e até bem antes disso, quando ele mantinha um divertidíssimo site oficial aos trancos e barrancos. Mas sempre foi extremamente solícito com minhas perguntas e mesmo com uma autorização —negada— para publicar uma foto hoje bem conhecida de seu acervo pessoal (mas era tão bacana que publiquei mesmo assim). Foi o rei incontestável da tosqueira e da zoeira do quadrinho nacional. E antes de tudo, sabia rir dele próprio, mesmo diante do mais puro descaso.
Pô, Ota é meu herói desde que a época em que matava aula para, entre outras coisas, ler MAD. Aliás, a 1ª vez que li Love and Rockets foi na versão editada por ele na Record, com as gírias e maneirismos brazucas da época. Não me desfaço por nada.
Impossível sintetizar a carreira de um sujeito que começou lá na EBAL, passando pelas presepadas mais picaretas até as editoras de ponta (solta) e as tretas com as mais novas. E, como sabemos, treta com Ota era mato. Brigou com Deus e o mundo. Menos com o dono do bar.
Salve, meu querido.
Obrigado por tudo!
5 comentários:
Resumindo o meu sentimento "à la Ota":
Que merda!
Abraços, consternado.
VAM!
...complicado.
50 anos de mercado editorial. Como bem escreveu o Érico Assis:
“Tem coisas que só ele sabia e acabaram de morrer.”
Esse ano está difícil...
Grande abraço meu amnigo.
Um abraço forte, meu amigo. Fico feliz em reencontrá-lo bem!
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