terça-feira, 10 de setembro de 2024
Adeus, Baterista
Inacreditável é pouco, mas é verdade. Se foi o John Cassaday. Só 52. No curto tempo em que esteve neste lugar, nos maravilhou com sua arte única, repleta de simbolismos e assaltos sensoriais. Nem Planetary de Warren Ellis, nem Surpreendentes X-Men de Joss Whedon, nem Eu Sou Legião de Fabien Nury seriam os mesmos sem ele.
A bem da verdade, qualquer HQ melhorava 300% com seu traço.
Uma porrada dessas por si só já demanda um tempo para assimilar. No mesmo dia da partida de outra emblemática figura então, é dose pra sobrecarregar qualquer buraco negro informacional.
Descanse em paz, Cassaday. E muito obrigado.
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6 comentários:
Um dos meus artistas favoritos também. Conheci "Planetary" pela então estreante Pixel e fiquei impactado pela arte do Cassaday. Quando se juntou com Joss Whedon e reviveu o melhor dos X-Men - recendendo ao melhor de Chris Claremont e sua turma nos anos 1970 e 1980 -, foi juntar a fome com a vontade de comer.
Torcia para que ele algum dia retornasse em grande estilo para algum título Marvel ou DC - sobretudo depois que a primeira notícia a seu respeito depois de muito tempo foi a bizarra capa com o Wolverine e o Fera -, mas não aconteceu.
Esse episódio e sua partida súbita depois do que parece ter sido uma grave enfermidade inevitavelmente me fizeram lembrar de Chadwick Boseman, que foi zoado pela sua magreza alguns meses antes que descobríssemos que ele morria diante dos nossos olhos.
Boa passagem ao Cassaday!
Essa... Essa, eu senti. Caralho.
Por sinal, sincronicidade ou não, estava editando nosso último podcast sobre o Planetary. Chega esmoreci. O que era comemorativo, acabou de virar tributo.
Cassaday se vai num mundo onde não conseguimos mais nem memorizar os nomes dos artistas. "Mestres" que entregam, se muito, três edições de internas num ano, que priorizam presença virtual & commissions... O que ele fez em Planetary e Astonishing é nada menos que um legado impossível pra o estado de coisas atual.
Tô triste, cara... Tô triste.
Que porrada! John Cassaday e Brian Hitch, foram Os Caras dos quadrinhos nos anos 2000. Quando os super-heróis ainda davam seus primeiros passos enquanto sub-gênero de fato nos cinemas, eles dois produziam mensalmente verdadeiros blockbusters sem limite de orçamento. Ainda que já não estivesse em seu auge, o que talvez possa ser explicado pelo que quer que acometeu sua saúde, fará falta demais num mercado saturado de desenhistas genéricos cumprindo suas funções com a paixão de um bancário. Meu dois volumes encadernados de Planetary estão ali na estante há algum tempo implorando por uma releitura. Não vejo melhor momento (ainda que triste) para fazer isso do que agora.
Misericordia....
Como bem disse o Sienkiewicz, parece simplesmente errado um talento desses partindo assim tão jovem. Cassaday, Darwyn Cooke, Carlos Pacheco, Mike Wieringo, Michael Turner, Dwayne McDuffie, Steve Dillon... a lista vai ficando cada vez mais longa.
Mas faço coro com todos. Essa porrada é daquelas com efeito demorado. Quem conhece um mínimo de quadrinhos adultos sentiu o tapete sendo puxado sob os pés como poucas vezes antes.
Sobre a capa em questão, de janeiro último (bem lembrado, Valdemar), a diferença no design do Hank já não deixava dúvidas:
https://bleedingcool.com/comics/john-cassadays-x-force-cover-with-the-beast-wolverine-sells-for-27/
Algo já estava acontecendo ali.
Esse foi um murro no estômago!!! Conheci Planetary por causa da arte dele. Que pena... Força pra família nessa hora difícil. Acho que vou procurar pelos X-Men pq Planetary acabei de reler pela enésima vez.
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