quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Para Karla Sofía Gascón, obrigado por tudo!

Ainda não assisti Emilia Pérez. Apenas acompanhei, junto com o planeta, o desmonte público de sua estrela (cadente) Karla Sofía Gascón na corrida pelo Oscar. Polêmicas à parte, só agora acordei: o diretor do filme, Jacques Audiard, tem dois longas espetaculares no currículo: O Profeta (Un Prophète, 2009) e Ferrugem e Osso (De Rouille et D'os, 2012), obsessões que cultivei com muito carinho num grupo de e-mails que participei.

Seguem minhas impressões rápidas & rasteiras da época conservadas em carbonita pelo Gmail.


22 de jan. de 2011 — O Profeta. Impressionante como uma premissa tão simples (novato "se educando" na prisão) ainda pode render tanto. Mas não é por acaso. O roteiro é um primor. Consegue lidar com situações complexas com uma acessibilidade notável, sem soar didático e sem fazer concessões. E as atuações são fantásticas. A tensão entre os dois protagonistas, Malik e Luciani, é de gelar a espinha. O que foi aquele tiroteio, cara. Puta que os pariu. Filmaço. E o último resquício de credibilidade que o Omelete tinha foi pro saco.*

* mas isso faz tempo, hein.


19 de fev. de 2017 — Ferrugem e Osso é muito bom. Um Rocky realista com foco na Adrian. Drama contundente e concussivo, pungente e pugilista. E a Marion Cotillard é fantástica demais.

De lá pra cá, reassisti ambos algumas vezes e sempre achei a experiência ainda melhor que anterior. Já está na hora de revisitar.

Valeu o lembrete, Karla.

Ps: gafanhoto(a), fecha logo esse navegador e corra atrás desses filmes no streaming/torresmo mais próximo!

2 comentários:

Marlo de Sousa disse...

Rapaz, eu VOU assistir a Emilia Pérez, apesar da forte impressão de que vou me arrepender amargamente, mas você não é o primeiro a dizer que os dois filmes anteriores do Audiard são ouro em película. Boas dicas, como sempre!

doggma disse...

Também assistirei assim que possível (no conforto do meu lar), já administrando as abordagens superficiais da cultura mexicana e do processo de transição de gênero. Parece que foi o que mais pegou em relação ao filme propriamente dito.

Abração!