E é o que sinto agora ao ver o também grande Mike W. Barr seguindo a trilha em direção à terra prometida da vaquinha gringa.
Não tá fácil pra ninguém... ou melhor, it's not easy for anyone.
Para meros mortais, são quantias vultosas – no câmbio de hoje, 860 mil cruzeiros na meta de David e 200 mil cruzados novos na de Barr. Para a Marvel e para DC, onde ambos fizeram contribuições inestimáveis e lucrativas até hoje, uma ninharia.
Claro, a questão é muito mais complexa que isso. Envolve contratos da época e direitos de autor na legislação daquele país. Temas que, convenhamos, poucos têm a competência para discorrer sobre. Ainda mais pro bono.
Só sei que no meu caderninho da justiça, o conjunto da obra desses dois já deveria garantir uma cobertura vitalícia.
2 comentários:
O que mais me revolta é essa descoberta bem recente, talvez ignorância mesmo da minha parte, de que as equipes criativas não recebem por vendas (ou republicações) fora dos EUA. Imagina que esses caras tem projeção internacional e vendem aos milhares seus Hulks e Camelot 3000s, mas não ganham um tostão furado por eles...?!
Piora quando vemos a Katana estrelar filme bilionário do Esquadrão Suicida - e série animada modesta do Batman -, fora o uso indiscriminado dos Renegados na animação Young Justice, e testemunharmos o Barr precisar do troco do pão do que essas PIs devem ter rendido aos cofres do DC Studios.
Entendo que tudo isso é muito complexo e passo a entender agora o buraco criativo que as próprias empresas estão cavando atualmente. Não tem mais bobo para entregar o ouro "de graça". E estão certos, e nós, talvez, estejamos errados em financiar algo que seja tão predatório e nocivo para os seus colaboradores. Pensamento comunistinha e quixotesco, eu sei, mas pro inferno...
Abração. Vamos contribuir e salvar os caras.
Putz, falou tudo. A ironia da vez é ver essas notícias surgindo na timeline ao lado de um anúncio de Omnibus com material deles.
Só um percentual ínfimo dos direitos overseas e produções para cinema já resolveria para os criadores. Do jeito que está (e que sempre foi), só usando como vitrine pra carreira e seguir no autoral mesmo.
E mais uma vez penso em como o Alan Moore sempre esteve à frente de seu tempo. O miserável é um gênio.
Abraços, viva o SUS e vamolá!
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