sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

AINDA BEM QUE NÃO LEMBRARAM DO FANTASTICARRO


Johnny Storm dando uma de Johnny Blaze


Os melhores 20 segundos do ano, até agora (perdendo só para os deliciosos 56 segundos do selinho na Elektra...). Diferente da patrulhinha modista que ronda por aí, vi no spot do trailer (cacete... spot do trailer... falta mais o quê agora... resumo do teaser?) tudo o que o Quarteto Fantástico representou para as HQs em mais de 40 anos de história: muita ação, aventura, bom-humor, diversão-família e... poderes fantásticos (ahem). A única abordagem mais diferente que eu notei foi a intensa exploração da mídia em cima da equipe, o que sincroniza os personagens com o que andam fazendo atualmente nas HQs, mais notadamente na versão Ultimate e no tom pop de Mark Waid (a histeria acabou me lembrando um pouco o X-Tatics).


O nome de Tim Story nos créditos não me agrada muito, mas, à primeira vista, ele resolveu apostar na simplicidade narrativa das histórias do Quarteto. Nada de muita responsa. O Senhor Fantástico se estica numa ação reflexa, Dr. Destino dispara raios (bem à Conde Dookan, em SW: AdC) pra cima da Mulher-Invisível, que rebate com seu campo de força, e a grande estrela do (sub-) trailer, o Tocha Humana, rasga o céu de fora a fora, e se esquiva de um míssil. Mal posso esperar pelo trailer inteiro (isso é que é se contentar com pouco!).



Agora um alô para os exigentes fanboys (os da patrulhinha) que andam reclamando do Coisa. As contra-missivas criticam a textura da sua pele petrificada (tsc, papo de fanboy mesmo) e da baixa estatura do personagem. Segundo os detratores, o Coisa do filme tomou pra si a naniquez que faltou no Wolverine de Hugh Jackman. Bobagem (ns). Nos primórdios, a pele do Coisa era formada por uma camada epidérmica que parecia rocha vulcânica, não por aquelas placas de pedra que estamos acostumados. Ele também não era o caminhão-tanque que é hoje. Era mais atarracado e um pouco mais alto que uma pessoa normal. Só anos mais tarde que ele adquiriu o visual clássico.

Não sei se foi intencional, mas achei uma opção de design extremamente feliz, comparável à um Hulk cinza nas telonas. Ele pode desenvolver seu aspecto no futuro, até chegar ao shape atual. Para ilustrar melhor, confiram a capa de Marvel Two-in-One #50, que já foi publicada no Brasil, mas não me perguntem onde. Na história, o Coisa volta ao passado até o tempo em que haviam poucos meses desde a sua transformação. O objetivo era "se convencer" a ingerir uma fórmula que o faria humano novamente (ela só funcionava se fosse no início). Daí ele enfrenta sérios problemas com a sua contra-parte do passado. Naquela época, ele vivia enraivecido, amargurado e fisicamente muito diferente, bem mais deformado pela mutação cósmica - e igualzinho ao filme. Cara, rola um porradêro dos bons, vale conferir.

Clique na imagem para ampliar a capa.


Esse dedo não é meu não


Isso posto, vamos mudar os discursos aborrecidos e elogiar a fidelidade ao original... conhecimento de causa é isso aí. O filme pode até ser podrão (não creio), mas que o Coisa ficou muito bom, isso ficou. Nas ótimas cenas em que ele entra em ação (porrando o caminhão e sendo atingido por uma rajada de energia), dá pra perceber uma articulação pra lá de satisfatória. Melhor que o Coisa do Roger Corman... :P


"O HORROR... O HORROR..."


"Ela fica sabendo o que são recorporações... qual é o rio negro, para onde ele se dirige... por que os pássaros mortos se movem... e quem está olhando pelos olhos de seu marido. O cheiro. O fétido cheiro de formigas queimadas esbofeteia a mente de Abby e seus joelhos se dobram ante tamanha força. O nome dele... uma assinatura redigida em ácido... Então ela pensa, 'há quanto tempo estive casada com'... 'quantas vezes nós'... Agora Abigail sabe o que é a coisa ruim e de onde vem o fedor. Vem de si mesma... e ela não consegue se livrar da contaminação... nem queimá-la... abafá-la com perfume... ou raspá-la da pele. Seus sonhos são nojentos e intoleráveis... e seu despertar não é um alívio."

Parece Augusto dos Anjos.

Poesia dark, beleza tétrica, junkie trip gótica. Isso é Alan Moore, sem gelo e batido, não mexido. O Senhor do Caos criou o link definitivo para pesadelos claustrofóbicos através da escrita. Moore elevou as artes ocultas (horror, guri) para um patamar que o gênero sempre almejou. Embora seja difícil traçar um paralelo, foi no horror que Moore mais se encontrou à vontade (o que não o impediu de conceber clássicos em outras linhas narrativas). Infelizmente, em sua mídia mais efetiva - a 7ª arte - o gênero não conseguiu decodificar esse mosaico de humanidade caótica que é Alan Moore escrevendo um conto de terror - ainda que eu tenha apreciado a adaptação de Do Inferno.

A edição #6 da velha Super Powers só atesta o que eu já escrevi sobre essa revista, certa vez. Não negando sua condição de arremedo de Grandes Heróis Marvel, os editores se contentaram em usá-la para finalizar sagas e atualizar a cronologia defasada de certos personagens - como o Monstro do Pântano. Esse arco foi publicado originalmente em The Saga Of The Swamp Thing, do #29 ao #31, e já foi levada ao ar pelo poderoso gRAlactus, mas em condições bem precárias. Resolvi então reescanear essa pérola, com o miraculoso auxílio do Photo "o-melhor-amigo-das-playmates" Shop.

Scans by: doggma

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dogg, curtindo muito tudo isso... ouvindo um show do Robbie Williams com a Kylie Minogue... juro que é verdade. A Kylie vyle o sacrifício.

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