domingo, 24 de janeiro de 2021

O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro

Me perdoe o (ar)roubo Glauberiano, mas é o que me parece o trailer de Godzilla vs. Kong (e agora sim o saudoso cineasta se revira). Contemplai!


Privilegiaram ou não o macacão da RKO? Além da pinta de herói puro de coração, no compilado só ele bate, pelamordoForeman. Até a icônica Baforada Atômica do lagartão parece inútil.

E minha suspensão de descrença já operava no talo pra administrar as dimensões envolvidas – tudo bem que Kong entrou em fase de crescimento desde 1933, mas é irônico pensar que, em suas gêneses, o máximo que o anti-herói da Toho precisava fazer pra resolver a parada era dar um passinho. E dar uma geral depois.

Estranhezas à parte, é, de longe, a maior produção da carreira do diretor Adam Wingard até agora. O garotão (38 anos) é remanescente de longas de terror – dos quais só assisti o bom You're Next, de 2011 – e seus maiores filmes foram Bruxa de Blair, sequência do found footage de 1999, e Death Note, adaptação do notório mangá de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata... residirá aí uma predileção à cultura pop nipônica que fará Gojira surpreender o símio yankee no world-wide-octógono?

Só Gyodai sabe.

Ps: ...macacos me mordam. Que reviravolta!

domingo, 17 de janeiro de 2021

As Feiticeiras


Adorei a dobradinha inicial de WandaVision. Normal: sempre fui louco pelo seriado A Feiticeira. Tenho todos os episódios guardados no coração e no HD. Portanto, foi uma surpresaça ver que o início da vidinha idílica de Wanda❤️Visão foi inspirada nela. E não é à toa que estão pipocando reclamações da millennialzada. Certamente não curtiram o lance do faux-vintage sitcom – ou sequer sacaram. Com claque então? Devem ter achado que foi algum vazamento bizarro na edição de som.

Uma pena, porque a paciência é uma virtude. Como boa viúva do Homem Chavão, faço questão de estabelecer o óbvio. É tudo obra da cabecinha transtornada da Wanda pós-Ultimato, ainda atormentada pela morte de seu querido Visão pelos dedões do Thanos.

E o principal, será um grande passo para seus poderes no cinema (telecinese?) evoluírem para os territórios muito mais interessantes dos quadrinhos (manipulação de probabilidades, realidade, tempo, espaço, tiara, etc). E que ainda poderão agregar uma série de desdobramentos que vão do famoso Desmonte até excursões pelos trocentos universos alternativos da Marvel Comics.

Já comentei isso antes, pô. Vale ou não a espera?

Como audácia final, a desenvoltura cênica absurda da dupla Elizabeth Olsen e Paul Bettany quase envergando a telinha daquele microverso sitcom me lembrou o experimento minimalista/black box theater de Dogville (com o próprio Bettany). Pronto, escrevi.

Agora posso dormir e, talvez, sonhar com melhores probabilidades para o futuro...

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Os tempos mudaram desde Capitão América #100

Já prevista no cronograma de pré-venda, semana passada foi a Semana Oficial de Ostentação do Omnibus do Quarteto Fantástico de John Byrne. Boa parte da internerd brasileira (1%?) bombardeou as redes sociais com selfies ao lado da lombadona preta com o selão MARVEL OMNIBUS no topo — alguns chegaram a jurar que devoraram o tijolão inteiro na mesma tarde (arram, Claudia, senta lá). Em suma, foi uma indecorosa festa dos Omnibuses, em plena economia do Posto Ipiranga.

Uma prática superficial, exibicionista, burguesa e cara de mamão, à qual faço coro agora, com a poeira abaixo da linha da cintura. Crime pior é receber essa Arca da Aliança quadrinhística em casa e não tirar nem uma 3x4 pro álbum de família.


A ironia é que tenho todas as Maiores Clássicos da 1ª Família, fora os formatinhos do Jotapê. Então, pra mim, é tudo repeteco. Porém, uma vez o foda-se ligado, o inferno é o limite.

E se bobear, meto uma calota nesse busão. Vai bombar no TikTok.

Ps: já aguardando faminto pelo busão da Sue-Malice.