segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

THOR ESMAGA HOMEM-ROBÔ!


Yowza! Revistinha matadora essa #12 de Os Poderosos Vingadores...! Todo mundo falou, falou, e realmente é verdade. Quando começa uma certa comoção nerd por aí, pode crer que há um certo fundo de causa. Apesar de curtir muito a principal equipe da Marvel, nunca comprei sequer uma edição. Sinceramente, espero que as anteriores não tenham sido nesse nível, senão vou querê-las também!

Thor sempre foi sinistro. Ao lado dos Vingadores era sempre ele quem fazia a diferença contra adversários virtualmente invencíveis. Às vezes ele até topava com algum paredão (Hulk, Destruidor, Kurse), mas mesmo assim a treta era pau-a-pau. E finalmente aqui dá pra ver claramente o nível absurdo do Deus do Trovão, coisa que raramente foi feita a contento. Na revista, um jogo de maquinações levado à cabo pelo Dr. Destino coloca Thor contra a humanidade, e quem está lá para colocar juízo na cabeça do loirão? Homem de Ferro e Capitão América, seus ex-companheiros de Vingadores.

Sempre fui fã do traço classudo de Alan Davis. Nem sabia que era ele quem estava rabiscando os Vingadores, senão já tinha até comprado antes. Michael Ryan desenha a 2ª parte e também não faz feio. Pra falar a verdade, seu estilo lembra bastante o de Davis. Agora, o roteiro, dividido por Dan Jurgens, Mike Grell e Geoff Johns, é uma beleza de se ver. Principalmente na parte de Johns. Profissional é outra coisa. Simplista, ele realçou as características mais marcantes de cada personagem envolvido. Um bom exemplo é a seqüência dos soldados batendo continência para o Capitão América, contrariando ordens superiores.

Thor foi levado à um novo patamar. Suas responsabilidades como o senhor de Asgard, seu poder ampliado ainda mais, o conflito ideológico com os Vingadores... o Deus do Trovão cresceu e evoluiu, e agora trilha por caminhos muito promissores. E o Homem de Ferro. Muitos torceram o narigão pro mano a mano equilibrado entre ele e o deus viking. Injustificado, afinal ele estava super-equipado pra batalha (Stark não é trouxa). Sem contar que o latinha já bateu até o Hulk, certa vez. Tudo bem que a armadura travou logo depois e ele quase morreu asfixiado lá dentro, mas isso são detalhes...

Mas voltando, a edição #12 é pancadaria quase do início ao fim. Divertida ao extremo. Confira uns trechos abaixo. Clique nas imagens.





E depois disso, tem mais ainda. Quando parece que vai acabar, começa tudo de novo. Fazia tempo que eu não via uma HQ de pancadaria tão bacana quanto essa. Mais precisamente, desde a memorável Heróis da TV #85, onde os mesmos Vingadores enfrentaram a ira de um Conde Nefária ultra-bombado (essa HQ já esteve disponível no Alcofa Millenium).

Estou até vendo... essa edição arrasadora, mais tarde Disassembled ganhando sua versão nacional... Os Vingadores andam imperdíveis ultimamente. Mais uma revista regular a ser adquirida no mês que vem. Tsc... :)


GOTHAM ULTIMATE FIGHTING CHAMPIONSHIP


Esse aí é o Pantera, um dos 598 mestres do Bruce. A princípio, com "ajuda" desse visual... hã, esdrúxulo, ele parece uma bela bucha de canhão (da Estrela da Morte ainda por cima), mas a verdade é que o cara bate com força! Técnica? Sim, mas nada muito refinado: boxe, full-contact e briga sujona de rua. Ele não tem a mínima sensibilidade com a bandidagem. Bastante agressivo e selvagem, algo impiedoso, o Pantera lembra o Wolverine, e com o mesmo modus-operandi (i.e.: "vou, mato e volto"). É até estranho saber que ele foi um dos sansseis de Bruce, que é bem mais comedido e racional.

A revista Batman - Vigilantes de Gotham sempre foi bastante irregular, se revezando entre histórias fraquinhas e páginas a fio com a Mulher-Gato ou a Caçadora em poses porno-eróticas, mas às vezes até que acertava em sua tosqueira. A edição #27 é uma dessas. Na história, o Carcereiro e o gorilão Ernie Chubbs promovem lutas sanguinárias até a morte no submundo de Gotham. Para alavancar o público de snuff-movies (filmes de mortes reais), eles passam a usar vilões conhecidos nas lutas. Aliás, "conhecidos" em termos... só sub-vilões do universo do morcego. O tipo de gente que costuma freqüentar o Noonan's, aquele boteco vagabundo que o Hitman marca ponto.














A coisa começa a sair dos trilhos quando um dos lutadores mortos estava usando o mesmo uniforme do Pantera. Na verdade, tratava-se de um ex-aluno do vigilante, que logo parte pra vingança. Correndo por fora, o Batman, claro. E obviamente tem a obrigatória seqüência do mestre enfrentando seu antigo aluno, com a desculpa mais esfarrapada da história das desculpas esfarrapadas.

A trama, de Chuck Dixon e Beau Smith, é de uma nulidade sem tamanho, mas o legal mesmo é a pancadaria solta, que lembra qualquer filme que tenha "kickboxer" no título. Se tivesse um pouco mais de grafismo no traço de Sergio Cariello, seria perfeita. Tipo um John McCrea, mas sem ser caricatural demais.






Pantera rulz. Essa história daria um excelente fan film hardcore com o Sandy Collora na direção e o tough guy Clark Barthram fazendo o Pantera. E por falar neles... que fim levaram? Foi só acabar o hype que evaporaram do mapa?


Operação Resgate

Mary Marvel, Adão Negro, desenhos pré-Big Bang e garotinhas desaparecidas em combate...


ADÃO NEGRO E MARIA MARAVILHA


Depois do combo Giffen/deMatteis/Maguire e a sensacional Já Fomos a Liga da Justiça, hoje todo fanboy de nível humano médio (tsc, tsc... lixos humanos) já sabe quem é Mary Batson, a.k.a. Mary Marvel. Surpreendentemente, a ação do tempo só enriqueceu a personagem, que continua sendo aquela silly girl dos anos 40. Hoje, com um certo apelo teenager no visual, ela deixa os marmanjos babando, mas na época em que foi criada ela lembrava muito a Betty Boo...

Pelo visto, o conceito de beleza feminina é uma das coisas que mais mudam com o passar dos anos... Por outro lado, pin ups como Betty Page e Brigitte Bardot (nos áureos tempos, claro) são gostosas até para os padrões atuais.

Clique nas imagens para comparar as versões da Mariazinha Marvel. Lembraram até do chutinho que ela dá num malfeitor.


Black Adam é outro personagem bacanão do Universo Marvel (não confundir com Stan Lee e adjacências). Turbinado pelo mago ancestral Shazam, o egípcio Teth-Adam foi um Capitão Marvel que não deu certo. Tal qual Darth Vader, logo ele se bandeou para o Lado Negro da Força. Após a traição, o velho mago o deixou mudo (pra ele não pronunciar mais khazam!... digo, shazam!) e o mandou direto para o inferno, literalmente. Mas o jagunço Adam era mal mesmo e conseguiu retornar após fazer um acordo com a demoníaca Blaze.

O mais interessante é justamente essa origem dele. Da mesma forma que o Capitão Marvel, a versão original só precisou de uma página para contar como ele descolou seus super-poderes. Já a versão mais recente foi incrementada com mais alguns pormenores e umas enrolaçõezinhas de leve. Antigamente as coisas eram mais simples. Clique nas imagens para comparar.


E nesse clima de sarcófago, um viva em homenagem a clássica Editora Fawcett (que foi engolida pela DC) e seus Marvels inesquecíveis e narrativamente simplistas.


O próximo resgate foi patrocinado pelo Em Algum Lugar da Minha Memória. Nunca o nome desse blog foi tão feliz. E eu achando que era o único a ser assombrado pela imagem de um sujeito voando em um tornado...

JOHNNY CYPHER NA DIMENSÃO ZERO!


As poucas almas que lembram desse desenho estão nesta vida há pelo menos 26 anos. Naquela época, o que rolavam eram hits como As Aventuras de Cacá, Pirata do Espaço, Rei Arthur (versão animê), Speed Racer e Johnny Cypher... na Dimensão Zero. Apesar desse desenho ter sido exibido no Brasil na primeira metade dos anos 80 (não me lembro se na Manchete ou no SBT), ele é bem mais velho, pois estreou em 1967. Ao todo, foram 130 episódios, produzidos pela Oriolo Film Studios.

Seguem alguns screenshots para reativar a memória dos trintões. :)













Johnny Cypher era um brilhante cientista que adquiriu super-poderes que lhes davam a capacidade de viajar através do espaço-tempo e das dimensões (acho que é a mesma coisa, mas...). Foi então que ele passou a combater o mal na Via-Láctea. Como seus bravos ajudantes, o pequenino Rhom, um alienígena da Estrela Negra, e a bela Zena, uma loirinha-exocet que eu acho que ele comia.

Esse desenho é um dos menos lembrados por aí, mas na época ele bombava entre a gurizada. E se o seu cerebelo deu uma estremecida, mas mesmo assim você não recordou, vou ajudar. Mas tenha muito cuidado, pois é tratamento de choque: tente ouvir a singela musiquinha-tema sem querer destruir a placa de som do seu computador. É duro de acreditar, mas na época eu até cantava junto... :P


CAROLINE MARIE HENN



Nascida em 7 de maio de 1976 e mais conhecida como Carrie Henn, ela fez muito sucesso no papel de Rebecca Jorden - a Newt, do filme Aliens, o Resgate (1986). Sempre tive curiosidade em descobrir que fim levou aquela talentosa garotinha, e qual não foi a minha surpresa ao saber que Carrie nunca mais fez nenhum filme após a produção de James Cameron. É isso aí. Fora making of’s e especiais esporádicos sobre o clássico, esse foi o único filme que Carrie participou, infelizmente.

Apesar de jovem e inexperiente na época, Carrie fez de Newt uma das melhores personagens mirins de todos os tempos. Inteligente, corajosa e, ao mesmo tempo, carente e frágil, Newt passava ao largo da histeria e irritação comuns a maioria das crianças que se arriscam na telona. Muito pelo contrário... a menina Newt era absolutamente adorável. Carrie também conseguiu estabelecer com Sigourney Weaver uma relação emocional única, em um dos raros momentos de harmonia artística perfeita no Cinema. Empatia pura entre as duas. Foi uma atuação discreta e talentosamente natural de quem já nasceu com esse dom. E só lembrando que Aliens é um filme de ação...


Em 1995, Carrie concedeu uma entrevista muito interessante para a Empire Magazine. Lá, ela disse que jamais sentiu medo durante as filmagens (apesar da equipe sempre tentando lhe pregar algum susto), que sua família ficou um tanto preocupada com seu estado psicológico pelo fato do filme conter bastante violência e lingüagem pesada ("já ouvi coisas piores na escola", disse ela), e que ficou meio brava com o cruel destino de Newt, em Aliens³. Na época da entrevista, ela estava cursando a universidade e pretendia ser professora de jardim de infância.

Logo abaixo, duas imagens dela em uma convenção sobre o filme, no ano passado.




Fazer o quê né. Como bem lembrou o texto da Empire... "a vida continua".


SARAH PATTERSON


Essa é pra conhecedores. E sofridos, diga-se de passagem. Quem assistiu ao filme A Companhia dos Lobos (The Company of Wolves, 1984), dirigido por Neil Jordan, nunca se esqueceu da personagem de Sarah, a doce Rosaleen. O filme reconta a clássica história da Chapeuzinho Vermelho, do ponto de vista de uma pré-adolescente. Num belíssimo exercício de estilo, ele faz uso pesado de simbologia e metáforas ao fim da inocência, ao despertar da sexualidade e ao mito do animal selvagem que (sobre)vive em cada um de nós. Tudo isso embalado em um clima onírico, surreal, às vezes beirando o horror (o lobo-mau, p.ex., é um lobisomem). Um filmaço.

Contudo... é pra poucos. O filme do grande Neil Jordan não é difícil, apenas único, peculiar. Trata-se de uma obra autoral por excelência. Navegando na página que o Adoro Cinema! dedicou ao filme, me deparei com uma opinião hilária:

"Quer assistir a um filme sem pé nem cabeça? Então esse é o seu filme! Sinceramente, devo ser muito burro pois não entendi nada deste filme, cheio de sonhos e estórias sem explicação. E lobisomem que é bom só aparece 2 vezes e ainda parece de plástico! Terrível! A única coisa que se salva é a ambientação, uma pena!" - Eduardo R. Marcelino.

É pra poucos mesmo... mas que a crítica foi engraçada, lá isso foi. :D


A inglesinha Sarah Patterson é uma incógnita. Ela nasceu em 22 de abril de 1972, e estreou nas telas com A Companhia dos Lobos. Após esse, ela participou do filme Snow White (Branca de Neve... deve ter uma queda por fábulas infantis), de 1988, e, mais recentemente, de Do I Love You?, de 2002. Apesar da filmografia rala, há uma verdadeira legião de admiradores espalhados mundo afora, ávidos por novidades ou imagens mais recentes da atriz. Claro que esse sentimento de curiosidade foi alimentado, e muito, pelo status cult que A Companhia dos Lobos tem hoje, e pela aura sensual, sugestiva e quase libidinosa que ela conferiu à inocente Chapeuzinho.

E por quê da "incógnita"? Bem, pouco ou nada se sabe de Sarah hoje. Até mesmo suas imagens promocionais em A Companhia dos Lobos são raras. Depois de sua participação em Do I Love You? ela simplesmente sumiu do mapa. Segundo a página dedicada à ela no IMDB, Sarah hoje está "casada e feliz". Tudo bem, mas... casada com quem? E feliz aonde?

Sarah Patterson... WHERE ARE YOU?












E para não dizer que eu não consegui nada atual sobre a Sarah, segue uma imagem dela no filme Do I Love You?. Ela é a garota que está lendo, à direita.


Esses shots foram publicados originalmente nesse site, o melhor dedicado à Sarah que eu encontrei por aí. Aliás... isso é até interessante. Bruce, o mantenedor do site, tem uma banda chamada Turbulent Sky, e fez uma homenagem à Sarah na capa do disco Swathe. Belo trampo. Pelo visto, ele é tão apaixonado por ela quanto eu. :)


Clique na imagem para ampliar


A seção brief biography do site é mais intrigante do que elucidativa. Fala de várias suposições e boatos sobre Sarah, entre eles, que ela até publicou um livro chamado Distant Summer, mas que há a possibilidade de se tratar de outra Sarah Patterson (esse nome lá fora é uma espécie de "Maria da Silva" internacional... procure no Google e tome um susto com as toneladas de resultados).

Nessa mesma página da Amazon onde o livro está sendo vendido, um cliente alega que não é a mesma Sarah. Segundo ele... "Sarah Patterson, the author of this book, who was seventeen at the time it was published, is NOT the same Sarah Patterson who can be found on the web listed as an actress who appeared in the movie THE COMPANY OF WOLVES (79). The author Sarah Patterson was born in 1959 (verified through the Library of Congress Catalog of Publication Data - LC Number 76372791)".

Ele errou na data da produção do filme, mas pode ser que o resto seja verdade. Será...?

Mistério total!


Na trilha... Scream for me Brazil, ao vivo matador (apesar da capa horrenda) de Bruce Dickinson, gravado em São Paulo. Malditos sortudos!

5 comentários:

Cross Cabra disse...

Poxa cara, vc tb é apaixonado pela Sarah? Quando vi Companhia dos Lobos por acaso no Corujão(quando eu tinha 14 anos) em 97 ou 98, lembro que fiquei fascinado por ela. Achei a moça mais linda do mundo! Por favor, se alguém tiver mais notícias ou fotos atuais dela envie para meu email saulovale1982@gmail.com

doggma disse...

Certamente! Quando vi o filme pela 1ª vez, também a achei "a mais linda do mundo". E o fato dela ter sumido criou uma aura de mistério que a deixou mais irresistível ainda.

Seja como for, ela resolveu voltar à cena com um filme independente em 2007. Ainda não vi, mas corrigirei isso logo. :)

jessica francisquini disse...

Oi oi rs, tbm sou apaixonada por ela rs, ela está bem velha agora acho q com uns 38 o filme q vc escreveu é esse Tick Tock Lullaby,e tem essa foto dela aqui http://www.movieberry.com/tick_tock_lullaby/
a foto dela é a 3 ^^

Anônimo disse...

Pior que essa critica não deixa de ter razão, o roteiro é totalmente confuso.Parece video clip.

doggma disse...

São metáforas atrás de metáforas, cara. Cada detalhezinho ali tem um significado, essa que é a viagem do filme.

Mas claro, tem que comprar a proposta... :)