quinta-feira, 27 de julho de 2006

JACK SPARROW E OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA


No começo dos anos zero (esquisito demais isto... Anos zero... Tomara que passe logo para começar a chamar de anos dez, que também é estranho, mas vá lá... Bem melhor que anos zero) estávamos vivendo o momento onde as adaptações de quadrinhos recentemente feitas colhiam seus primeiros louros, já semeando o campo para uma seqüência alucinante de anúncios de novos filmes nesta linha, além de adaptações também de video-games (foi desta gosma que surgiu Uwe Boll, o Ed Wood dos anos zero - ARRRGHH), o que me fez elocubrar a respeito do paradeiro daquilo que existiu um dia sob o nome de roteiro original. Não que não curta filmes de quadrinhos e tal - tipo da possibilidade ridícula em se tratando deste blog - mas diversidade é interessante também. Eis então que começaram a anunciar a possibilidade de produzir um filme sobre uma atração de parque de diversões! Pensei: Aí forçaram! Atração de parque de diversões é o cúmulo. É muita falta de boas idéias mesmo. Ainda por cima sendo esta atração da Disney, o que traz consigo a idéia inequívoca de filme água com açúcar.

Era natural que, ao acompanhar as novidades acerca dos filmes que me interessavam, as notas de produção de Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl, 2003) viessem misturadas, mas mesmo assim desdenhei muito, a ponto de nem ver trailers e não saber qual seria o elenco. Por acaso, por força de uma namorada da época, acabei por ver o filme no cinema e logo de cara percebi algo de bom poderia ter, já que Johnny Depp estava no elenco. O resultado final foi muito positivo. Achei tudo muito divertido, engraçado e com uma dose de aventura que, se não era extraordinária, ao menos valia o ingresso. Claro... O filme devia 87,25% de seu êxito a Depp e seus trejeitos e sotaque, sem isto seria um filme ordinário (prova disto tive umas duas semanas atrás, quando vi o filme novamente na TV, só que dublado... Graça nenhuma). Foi o suficiente para respeitar a seqüência. Não estava apreensivo nem nada, mas tinha ótimas expectativas. E não me decepcionei.


O primeiro era um balão de ensaio. Claro, visava a bilheteria das férias, mas para saber se conseguiria arrancar muito mais dinheiro do público em seqüências, tinha que testar a empatia de personagens daquele tipo, já há algum tempo sem dar as caras no cinema. Além disto, arriscou também ao não colocar nenhum destes personagens como protagonista, quer dizer, até acho que o Will Turner de Orlando Bloom seria este cara, mas o ator é tão inexpressivo que foi nivelado aos "coadjuvantes". Em Piratas do Caribe: O Baú da Morte (Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest, 2006), com balão de ensaio já digerido, naturalmente ousaram mais, muito mais. A começar pela própria estória, onde duas linhas independentes seguem seu caminho, cada uma com complicações suficientes para render um filme independente, mas convergem mais à frente e criam outras tantas situações. Por óbvio, um roteiro deste tipo não pode ser executado em menos de 2 horas, sem contar que é um tanto quanto complicado manter a atenção do público desta forma, a não ser que tenha ação suficiente. E ação não falta. Não diria que é non stop, já que há de se criar os elos entre os acontecimentos, mas o filme é dinâmico o suficiente para fazer as duas horas e meia passarem voando e não percebermos alguns furos aqui e ali. Mas furo em filme é que nem celulite... Se a mulher não tem, não é de verdade.

Pareceu-me menos "engraçado" que seu predecessor, certamente pelos maneirismos de Jack Sparrow não serem mais novidade para ninguém (segundo Depp, a composição do personagem é uma mistura de Keith Richards com Pepe Le Gambá... vai saber), mas isto foi compensado com um jogo de situações que há muito não vejo. Os problemas e soluções vividos pelo personagem são tão bem escritas e executadas que não sentia o mesmo prazer que tive ao assistí-las desde as aventuras de Indiana Jones, especialmente a seqüência da gaiola de ossos - regurgitada após na forma de um moinho d'água - onde faltou pouco colocarem o hino de Indy para tocar. Todas as seqüências do Kraken (Kray-ken ou Kráken?...rs...) também são competentíssimas.


Comentei também quanto ao estereótipo que filmes da Disney têm, e o curioso é que este aqui passa longe disto. Morre gente a dar com pau, mutila-se mais do que em muito filme que se pretende terror, humor-negro em situações propícias e, principalmente, a falta do herói de caráter indiscutível (Orlando Bloom não conta). Não que ter estes elementos seja sinal de filme bom, longe disso, mas é interessante sob o ponto de vista dos pré-requisitos que a gigante do entretenimento estaria partindo em suas obras. Para um filme da Disney, diria que tem gente lá quebrando seus paradigmas, só para usar uma expressão chatíssima de ambientes empresariais. Talvez seja estímulo de gente politicamente incorreta tirando mingau da sua cumbuca, como Shrek, por exemplo.

Por falar em rótulos, vejo por aí o pessoal classificando PdC como um "ótimo filme de piratas", mas creio que este tipo de designação encarcera o filme num rótulo que diminui sua envergadura. É um filme com elementos do mundo fantástico, transcendendo em muito a definição do que seriam filmes de piratas, ou seja, aqueles embates em alto mar que têm muito mais a ver com Errol Flynn do que com Johnny Depp. As figuras que povoam os roteiros da cine-série constituem uma mitologia à parte, assim como os respectivos das séries Star Wars e Senhor dos Anéis, por exemplo. Por falar nos elementos fantásticos, os efeitos dos piratas mortos-vivos do primeiro já eram ótimos, mas a caracterização dos marujos do Holandês Voador é qualquer nota. Em alguns momentos não sabia ao certo para onde olhar, já que naqueles seres tudo se move, tudo me era curioso, inclusive o capitão, Davy Jones, um Homem-Coisa genérico, interpretado por Bill Nighy, único ator à altura de Depp e também cheio de trejeitos que, mesmo embaixo de toda aquela maquiagem, ainda mostravam que era o roqueiro Billy Mack o dono dos tentáculos.

Como esperado, Depp ainda é o ponto alto do filme, mas o roteiro extremamente bem dirigido por Gore Verbinsky faz com que não seja mais o único trunfo, o que é muito bom. Ele, para mim, é o melhor ator de sua geração (de onde vieram Brad Pitt, Tom Cruise, Christian Slater, Keanu Reeves e outros). Costumo dizer que, se há Depp no elenco, pode até ser que o filme seja ruim, mas certamente Depp é muito bom. Claro, tem lá suas exceções medianas, mas normalmente ele é o destaque. Keira Knightley faz a boneca que tem que ser, chegando a protagonizar uma cena de comicidade até mesmo ingênua, mas bem bacana, mas sua atuação não superou a do macaquinho morto-vivo que servia de alívio de tensão para o Capitão.

Vale lembrar, após os créditos ainda tem uma cenazinha que não acrescenta nada, mas diverte. Quem não viu antes pode ver abaixo. O terceiro já está filmando e, a julgar pelo final muito bem sacado deste, vai ser mais um arraso.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

A GUERRA DE MARK


Isto está começando a se tornar uma espécie de afirmação do óbvio e, ainda assim, de forma repetida. Tentarei fazer um pouco diferente desta vez: Se houvesse Mark Millar's facts, um deles seria: "Chuck Norris é o Cara!!! Mas o Cara é Mark Millar". Tá bom, eu sei, horrível, mas pelo menos foi diferente e mantém a idéia que queria passar. Mark Millar é o roteirista de quadrinhos mais competente em franca produção atualmente.

Sempre gostei muito de tudo o que ele escreveu, mas é inegável que fica muito mais à vontade em contextos que lhe permitam criar roteiros de repercussão global do que em ambientes menores, mais íntimos, campo que Bendis domina com facilidade e Ed Brubaker é discípulo destacado. Isto é facilmente percebido na diferença de qualidade de seus trabalhos em Superman: Red Son, The Authority e os dois arcos de Wolverine em comparação, por exemplo, com seu trabalho em Marvel Knights Spider-Man e Chosen. Em janeiro abusei dos elogios ao segundo volume de Ultimates e, neste meio ano que passou, foram divulgadas as linhas gerais de seu novo trabalho, algo grande e fenomenal que o próprio já vinha alardeando há algum tempo, uma saga que atingiria o Universo Marvel de ponta a ponta, com a participação mais maciça de personagens já vista: Civil War. Já vimos confete jogado por coisa parecida por aí e, falo por mim, já tinha me condicionado a associar que este tipo de alarde significava algum novo vilão overpowered ou um personagem já conhecido, mas numa virada igualmente overpowered e que ameaçava a todos. Algumas foram boas, outras nem tanto, mas certamente privilegiavam contextos grandiloqüentes, onde personagens populares, mas cuja importância é mais sentida nas coisas pequenas do dia a dia – Homem-Aranha e Demolidor, por exemplo – eram relegados a papéis coadjuvantes. Estas sagas eram claramente pontos fora de curva e invariavelmente apresentavam finais forçadíssimos, ou seja, eventos que, de tão grandiosos, saltavam absurdamente daquele contexto mais "pé no chão" da Marvel (até onde o termo permite, claro, já que falamos de quadrinhos de heróis). A maioria, apesar de ruidosa, apresentava nenhuma ou poucas conseqüências a médio prazo, sendo relegadas ao esquecimento na sua relevância para a cronologia atual. Massacre, por exemplo, de conseqüências atuais só tem uma: Bishop. Um personagem que perdeu o sentido de existir após a saga e hoje vaga perdido como uma assombração no mundo mutante.

Quem costuma vir aqui certamente está familiarizado com o que vem a ser Civil War, mas não custa apresentar o caso àqueles que não são tão afeitos aos quadrinhos. Parto para a sinopse oficial: Um reality show que mostra super-heróis de quinta categoria resulta em centenas de mortos quando um dos vilões explode a si mesmo. A opinião pública torna-se hostil aos vigilantes e o governo americano aprova uma lei de registro de todos os seres que detenham habilidades super-humanas. Com isto, a comunidade de heróis encontra-se dividida e uma guerra entre eles tem início, já que os que se recusarem a submissão ao registro e ao controle da SHIELD serão considerados foras-da-lei e, ato contínuo, caçados.


Premissa até simples, não? Então destaca-se dois dos maiores ícones do supergrupo mais categórico da editora e os colocam como líderes de seus "exércitos": Homem de Ferro de um lado e Capitão América do outro. E já aqui Millar mostra que é escritor acima da média. Se fosse feita uma enquete onde o plot da saga fosse apresentado para qualquer "comicófilo" (que termo horroroso) e perguntassem qual time estaria contra o registro e qual estaria a favor, creio que seriam unânimes em apontar a encarnação da retidão moral, do american way of life e da obediência cega ao governo como o cara que lideraria a equipe pró-registro. No entanto, mesmo que sua identidade seja pública, é o Capitão América quem ergue o primeiro punho contra a lei, ao passo que o novíssimo Tony Stark fascista pós-Extremis coloca o sistema em seu favor de forma covarde, indo na contramão do que parecia ser sua opinião até bem pouco tempo antes dos eventos em Stamford, onde ocorreu a explosão.

A saga é positivamente pretensiosa, apesar de se mostrar fantástica nos detalhes minimalistas. Além das ocorrências em diversas publicações normais mensais, contará ainda com as edições de Civil War, mais outras tantas criadas apenas para a saga (check-list aqui). É complicado acompanhar tudo, não tenho este tempo todo à disposição, mas pelo que já foi possível ver, Millar não estava brincando quando dizia que seria a saga mais abrangente já feita na Marvel. Vemos a participação de diversos personagens que eu já não via há mais de década (alguém lembra de Solo? "Enquanto eu viver, o terror morre!"). Sentimos como o cenário os afeta de uma forma bem mais clara. Por mais que as participações destes personagens obscuros sejam até breves, são bem mais relevantes para o contexto geral do que as participações já mencionadas do Demolidor em sagas passadas, só para citar um dos grandes personagens da editora.


O leitor mais atento percebe também que os motivos não nascem do nada. Os eventos que levaram a ela a tornam quase obrigatória, uma conseqüência natural do que vinha acontecendo em todas as revistas da Marvel. Algo planejado há anos, portanto, bem diferente daquele produto confuso e mal acabado que foi Infinite Crisis na editora rival. Para percebermos o nível do planejamento neste trabalho, precisamos de uma revisão de eventos ocorridos nos últimos dois anos. Tivemos nesta época Avengers Disassembled, que começou a arrumar a cama para o que tomou lugar hoje. Ali alguns heróis relevantes foram mortos por uma integrante com poderes descontrolados do grupo de moral mais ilibada da Casa de Idéias. A conseqüência natural foi uma equipe onde os integrantes tinham muito pouco a ver uns com os outros, mas que serviram a um, aliás... dois propósitos bem funcionais: por um lado colocou a revista dos Vingadores mês após mês no Top Ten de revistas mais vendidas dos EUA, por outro propiciou um meio para House of M. Esta última foi bem meia boca, mas seu principal legado para a cronologia foi a redução da população de centenas de milhares de mutantes em todo o globo a apenas 198 (Decimation), o que facilitou o trabalho do governo em controlá-los com Sentinelas tripulados em uma área de contenção. Era já o primeiro ato de controle de super-poderes.

Concomitantemente, ocorreu o especial em cinco edições Secret War, onde Nick Fury criou uma equipe para um serviço sujo na Latvéria que nos apontou os principais pré-requisitos de Civil War, começando pela destituição de Nick Fury do comando da SHIELD. Este especial apresentou também o investimento sistêmico e secreto que a SHIELD faria em uma divisão própria de meta-humanos, bem como a nova e insegura diretora: Maria Hill. Não bastando o fardo de substituir uma lenda, a nova diretora teve que lidar com o descontentamento declarado que o Presidente dos EUA manifestava a respeito da quantidade e atuação de super seres no planeta, bem como os efeitos deles na balança de poderes no mundo, reforçando como gostaria que eles sumissem.

No ano que se seguiu, fomos apresentados ao Illuminati. Um grupo formado por Tony Stark, Charles Xavier, Raio Negro, Stephen Strange, Namor e Reed Richards. Este grupo foi introduzido num retcon que o mostra como um comitê de representações de grupos de super-seres da Terra que, após a guerra Kree-Skrull, com objetivos comuns, trocariam informações e estariam mais presentes na "política" dos super-seres, para evitar desastres potenciais. O grupo, por influência da SHIELD e através do Homem de Ferro, decidiu recentemente que o Hulk tornou-se uma ameaça não mais aceitável, o que os levou a banirem-no para o espaço (Planet Hulk). Mais uma ação de "controle".


De tudo o que foi listado até agora, nada foi escrito por Millar. Na verdade, tudo, menos Planet Hulk, foi levado por Bendis, que, para mim, perde de Millar por um nariz o título de "O Cara". O próprio Millar dizia ano passado que planejava Civil War com Bendis, e o trabalho foi muito bem feito. Vendo tudo o que passou, as únicas pontas ainda soltas nas motivações do estouro de Civil War são, para mim, a postura apaixonada e incoerente de Reed pelo registro e o papel que Hulk terá quando retornar. Claro, porque ele retornará (o que, se realmente ocorrer, será uma recorrência do que vem acontecendo em Ultimates – tanto o v1 quanto o v2).

E o Homem de Ferro nunca foi tão presente. Bancou os New Avengers e participou de uma série de situações que colocaram Peter Parker numa condição de dever de honra para com ele, foi transformado num bichinho de estimação que seria a carta na manga que Stark pôde usar em Civil War #2, quando Peter mostrou sua identidade em público. Além disto, recentemente pagou o Homem de Titânio para atacá-lo em Washington e vem tendo encontros fechados com o presidente desde antes da aprovação do Ato de Registro.


Millar é corajoso também. A identidade secreta de Peter era uma das vacas sagradas dos quadrinhos, daquelas que todos brincaram, mas nunca conseguiram desvelar. Ele não só fez isto como reviveu um ícone. Há tempos o Capitão América é um dos personagens mais chatos dos quadrinhos. Na primeira oportunidade, Millar o renovou, tirou aquela pecha de herói, colocou um perfil de personagem que age na base d'os fins justificam os meios e o Capitão Ultimate é um dos personagens mais interessantes daquela revista. Já tinha feito trabalho semelhante nos dois arcos que escreveu para Wolverine recentemente e está reproduzindo seu toque de Midas com o Capitão América da cronologia normal, onde aquele cara que personificava a obediência cega à bandeira agora se permite ter os olhos injetados de ódio, ir contra o governo americano e até às últimas conseqüências pelo que acha certo. Voltou a ser um personagem interessante. Foi o destaque da primeira edição, só perdeu o destaque na segunda para a revelação de Peter e, na terceira, voltou ao foco, mesmo que seja por estar apanhando como cachorro vadio.

Algumas certezas já são possíveis de se ter como conseqüências de Civil War. Homem de Ferro e Capitão América não poderão mais coexistir na relação de poder de outrora, onde Stark financiava a liderança de Rogers. É claro também que os objetivos do Presidente para a comunidade de heróis são bem mais cinzentos do que podem sugerir, bem como a legitimidade do “acaso” na explosão de Stamford, que desencadeou o Ato. Há a certeza também de que até o fim da saga muita coisa virá, pois o racha na Família Fantástica ainda não foi explorado o suficiente, nem a participação dos mutantes no evento, o conflito interno e as conseqüências do posicionamento do Homem Aranha, o retorno de Thor, Magneto pós-Coletivo e, principalmente, a guerra batendo às portas da Atlântida de Namor ou aos Inumanos e Raio Negro.



A imagem de cima é de Wolverine #42 e a de baixo de
Civil War #1 - sensação de trabalho em equipe.

Paralelamente, Millar vem contando também com gente muito inspirada nas revistas que participam da saga, além de um claro trabalho de equipe, conforme a imagem acima demonstra. O normalmente irregular Paul Jenkins vem fazendo trabalho belíssimo em Civil War Front Line, onde o conflito é contado e vivido pela ótica de outros personagens, como repórteres e vítimas, dando uma inversão de visão interessantíssima que já vimos em Marvels e no recente Guerra dos Mundos, só para citar outra mídia, mas nunca de forma concomitante. Marc Guggenheim (de CSI: Miami) vem desempenhando um bom papel também nas páginas de Wolverine em companhia de um surpreendentemente maduro Humberto Ramos, que conseguiu evoluir seu trabalho de algo irreconhecível para o que já pode ser chamado de estilo. Straczynski e Roberto Aguirre-Sacasa também cumprem bem seu papel em Amazing Spider-Man e Sensational Spider-Man, respectivamente.

Civil War é uma das, senão a melhor coisa que aconteceu recentemente nas revistas tradicionais. Falo isto com segurança, é obrigatório. O final da terceira edição é de cair o queixo. Para não perder tempo gastando palavras sem necessidade, faço minhas as palavras do Demolidor:


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Artigo 1 (Enemy of the State) - 30/03/2005
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