quinta-feira, 21 de julho de 2022

“A estrela guia dos quadrinhos escoceses”


Alan Grant
(1949 - 2022)

Ele era de uma safra lendária. Junto de nomes como Neil Gaiman, Alan Moore, Grant Morrison, Garth Ennis e Dave Gibbons, Alan Grant foi da chamada British Invasion of American Comics da década de 1980. Também era dono de uma proficiência notável: num período relativamente curto, ele trabalhou para a 2000 AD em Strontium Dog e em inúmeras histórias e crossovers do Juiz Dredd. Já na DC, roteirizou Batman, L.E.G.I.Ã.O. e tudo o que importa do Lobo — ao passo que, na Marvel, só bateu ponto em Justiceiro: Sangue na Escócia (publicada aqui em Graphic Marvel #13) e numa dobradinha no selo Epic com O Último Americano e Raça das Trevas, adaptação do livro/filme de Clive Barker.

Vendo sua bibliografia lançada no Brasil, me impressionei no quanto o escocês é presente em minha coleção e nunca me dei conta. Talento com discrição tem dessas coisas. E Grant tinha muito dos dois.


Estamos ficando sem heróis aqui. E vamos seguindo.

🌟 Scottish Book Trust

6 comentários:

Valdemar Morais disse...

Meu roteirista favorito do Morcego, seguido de perto por Chuck Dixon, Doug Moench e Dennis O'Neil.

Amava e amo não apenas o teor de crítica social que ele sempre trouxe nas suas histórias como pela característica da concisão, de poder contar em no máximo duas partes uma boa história, enquanto outros mesmo hoje arrastam uma história por 12 meses para um final frustrante, só pra cavar um encadernado pra livraria.

Não lembro de nenhuma HQ sua abaixo da média (até "Batman- Abdução" tem seu charme). Mas pra citar a que mais me marcou, não existe outra senão "Morte Lenta", que saiu em Batman #35, em setembro de 1999. Aquela história me doeu por semanas e nunca saiu da minha cabeça. É impossível ser indiferente àquela HQ.

É e continuará sendo uma inspiração pra quem tem aspirações como roteirista. Muito obrigado, Alan Grant!

Alexandre disse...

Gente, tá foda.
Sério, estou ficando sem chão, sem referências.
Me sentindo um dinossauro, só a espera da minha vez.
PQP

Do Vale disse...

E como tem sido bom redescobrir o Batman escrito por ele mais o Norm Breyfogle. Parece papo de velho, mas era outro jeito de fazer gibi de linha, como comentou o Valdemar acima.

Vai o autor, fica a obra pra gente se deliciar sempre que quiser.

Abraço!

Valdemar Morais disse...

Errata: "Batman- Área 51", em vez de "Batman - Abdução".

doggma disse...

Total. Outros tempos, outro jeito de produzir quadrinhos. E muito melhor, sem essa de véio rabugento. Tanto que relemos até hoje (falo por todos aqui, sim?), com a perspectiva atual, mas com o mesmo prazer da época.

Valdemar, folheei Área 51 dia desses, durante uma arrumação. Foi semana passada, pô! Bizarro, mas lá vou eu remexer nas caixas de novo.

Marcelo Andrade disse...

...+ 1 heroi que parte. Obrigado Alan!