quinta-feira, 7 de julho de 2022

Obrigado, Caan


James Edmund Caan
(1940 - 2022)

Sempre achei James Caan deslocado do cenário atual. Provavelmente é porque ele pertencia a uma era de gigantes e, ao contrário de seus contemporâneos, raramente dançava conforme a música. Então, era um caso à parte: foi/é uma instituição do melhor cinema americano e uma figura que merecia muito mais reconhecimento popular. Porque a quantidade de vezes que seus personagens entraram de sola em nossas vidas não é para qualquer um.

Quem não ficou atordoado com o destino violento de Sonny Corleone, em O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)? Ou com a espiral descendente do vício em O Jogador (The Gambler, 1974)? Quem não se sentiu imerso no horror e na impotência (e na dor excruciante nos tornozelos!) do romancista Paul Sheldon, em Louca Obsessão (Misery, 1990)? Ou não se divertiu em produções pop-com-mensagem como Rollerball: Os Gladiadores do Futuro (Rollerball, 1974) e Missão Alien (Alien Nation, 1988)?

Pessoalmente, não poderia esquecer da implacável força da natureza que Caan personificou em A Força de um Passado (Flesh and Bone, 1993). E, claro, do filmaço Profissão: Ladrão (Thief, 1981) — pra mim, seu highlight como protagonista.


Que, por sinal, irei revisitar logo mais. Homenagem melhor não há...

3 comentários:

Marcelo Andrade disse...

....outra lenda que se vai. Obrigado!

VAM! disse...

Vale também conferir a "Dama Enjaulada/Lady in a Cage" um filme surpreendente com uma Olivia DeHavilland esbanjando sensualidade aos 50 anos.

Que marca a estreia do novato Caan reproduzindo o estilo "sou fodão" de Brando em "O Selvagem/The Wild One".

Dá para definir assim "Uma Lenda imitando, a maior de todas as Lendas."

Abs,
VAM!

doggma disse...

VAM!, e Lady in a Cage passou há pouquíssimo tempo numa madruga da RBTV. Que timing sobrenatural.

Todo filme com o Caan vale a pena. Até bobagens divertidas como aquele Mickey Olhos Azuis, com o Hugh Grant.

Abração!