Se foi o Donald Sutherland. Ficam a lenda, a obra fantástica, o senso de humor inabalável e a cara de pau inacreditável que exibia nas entrevistas e aparições públicas. Sutherland não era só grande, era gigante como a vida.
A eulogia escrita por seu filho Kiefer, além de poderosa e tocante, cunha uma sentença que define a carreira do homem:
“Nunca se deixou intimidar por um papel, seja bom, mal ou feio.”
Não que seja algo que já não faça há eras, mas a hora é de homenagens e de umas Sessões Donald Sutherland. Não podem faltar os hits Inverno de Sangue em Veneza, Klute - O Passado Condena, Casanova de Fellini, A Águia Pousou, Os Doze Condenados, M*A*S*H, O Buraco da Agulha e, lógico, Os Invasores de Corpos. Só filmaços, impressionante. E o melhor de tudo, não são nem a ponta do iceberg.
Thank you for everything, Mr. Sutherland
3 comentários:
Poxa, eu fiquei um tanto consternado com a partida do Donald.
Era um baita ator, daqueles que fazem você duvidar da índole do personagem até o último minuto!
Admito: vi praticamente nada da filmografia que fez ele virar um dos grandes, mas fiquei pessoalmente marcado por três papeis:
* O irascível e cínico coronel Donald McClintock de "Epidemia" - vi em algum lugar em tempos recentes que ele gravou todas as suas cenas num ou dois dias, porque surgiu uma brecha na sua agenda!
* O mentor boa-praça e alcoólatra de Jake Brigance (Matthew McConaughey) no dilacerante "Tempo de Matar".
* E o ambicioso e - depois assustador -capitão do navio sucateiro em "Vírus"!
Vai fazer muita falta no cinema!
P.S.: Depois de maratonar a série com um delay de mais de 10 anos, vi que o Kiefer convidou o patriarca pra fazer o pai do Jack Bauer em "24 Horas", mas Donald recusou porque não queria fazer um pai que mata/tenta matar os próprios filhos. Como produtor executivo da série, acho que o Kiefer vacilou! Devia ter dado um jeito pro Donald participar numa outra temporada, nem que fosse um tio "do bem" ou um mentor, como viveu James Caan em "Havaí 5-0", estrelada por seu filho Scott. Enfim... Quem sabe numa realidade paralela! Teria sido divertido! ;)
Lembrou bem do Sutherland em Epidemia, Valdemar. Adoro as interações dele com o Freeman neste filme. A relação dos dois vai lentamente se desconstruindo até o embate final naquela cena tensa. Mestres.
E de fato, rouba a cena em Tempo de Matar, mesmo com participação pequena. Também acho impagável o personagem mulherengo que ele fez em Cowboys do Espaço.
Esses que citei considero essenciais. São mais antigos e provavelmente só encontra baixando, mas pode ir sem medo.
Sobre a não-participação em 24 Horas, sempre achei uma lástima isso. O grande James Cromwell fez um ótimo trabalho, mas seria espetacular ver os Sutherlands contracenando/confrontando na série.
Estranha essa justificativa dele, visto que já fez papéis paternos bem mais cruéis, vide o suspense sobrenatural Maldição / An American Haunting, de 2005.
Abração.
Muita a agradecer....
Postar um comentário