domingo, 29 de setembro de 2024
Se vai uma estrela
Se foi o Kris Kristofferson. Um dos últimos ícones americanos de uma geração em seus estertores. Ídolo absoluto do country, além de um dos atores mais bacanas da boa e velha "Nova Hollywood".
Kristofferson legou uma discografia extensa (e excelente) e uma filmografia premiadíssima e muito interessante. Logicamente, seus filmes mais lembrados são os sucessos Alice Não Mora Mais Aqui (Alice Doesn't Live Here Anymore, 1974) e Nasce uma Estrela (A Star Is Born, 1976), remake de uma produção de 1937, que, duh, estrelou ao lado de Barbra Streisand. Mas ele também protagonizou três clássicos de Sam Peckinpah – Pat Garrett & Billy the Kid (1973), Tragam-me a cabeça de Alfredo Garcia (Bring Me the Head of Alfredo Garcia, 1974) e Comboio (Convoy, 1978) – e o conturbado épico western O Portal do Paraíso (Heaven's Gate, 1980), de Michael Cimino. E ainda foi o chefão do crime que antagonizava Mel Gibson no divertido O Troco (Payback, 1999), entre muitos outros.
Sem contar que ele personificou o sidekick mais fodão de todos os tempos: Whistler, da trilogia Blade.
Como se o carisma e o talento não fossem o suficientes, Kristofferson ainda tinha algo raro: atitude. Ele foi o primeiro a apoiar a Sinéad O'Connor enquanto esta era vaiada pelo seu protesto contra os abusos da Igreja Católica.
Esse sim, foi um verdadeiro herói americano.
R.I.P. Kris Kristofferson
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4 comentários:
Estive conversando com um amigo sobre o envelhecimento a olhos vistos de nosso pais. Os dele o estão visitando por esses tempos e, segundo esse amigo, "estão cada vez mais curvados". Já os meus vejo com frequência, assusta mais quando comparo fotos recentes com de um ano pra trás. O desabafo é que as mortes de artistas que acompanhamos a obra traz à memória a brevidade disso aqui tudo. Mas seguimos firmes porque é assim mesmo.
NO MAIS, estou prestes a fechar o carrinho com Hombre graças a uma roleta do app da Amazon. Viu essa arrumação? A vida é bela nas pequenices.
E antes de ir embora, recomendação de alguns sons caso ainda não os tenha escutado: os novos do Davon Allman e do Unto Others.
Forte abraço!
Dicas bem boas, hein. E diversificadas. Vou conferir. Nunca ouvi nada do filho do Allman (vamos ver se ele merece ganhar um 1º nome após a audição). Valeu.
Por coincidência, acabei de ler esse lance da roleta no HQ Barata. Que negócio interessante.
O crepúsculo da vida é um negócio complicado. Sabemos disso desde o dia 1, mas viver/presenciar aquilo são outros 500. É muito difícil assimilar esse fim gradual de perspectivas de um ente querido. Resta só oferecer o seu melhor a cada dia, mostrar que está lá pela pessoa. Muitos não têm nem isso.
Abração.
R.I.P. to a true legend
True legend indeed.
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