sexta-feira, 25 de maio de 2007

Operação Resgate
Edição split: Connelly Begins x Motorista Fantasma




O italiano Dario Argento já estava muito no lucro quando realizou Phenomena (idem, Itália, 1985). O filme foi precedido pelo cult Profondo Rosso, de 1975, pelo hit subterrâneo e masterpiece do giallo Suspiria, de 77, por Inferno, de 1980, e pelo casca-grossíssima Tenebrae, de 82. Uma quadra gótica de dar inveja à qualquer aficcionado e que ainda será descoberta e regurgitada pelo circuitão como se fosse algo recém-inventado por algum "visionário" de Hollywood...

Mesmo inserido em um traçado final que Argento arquitetou - concluído por Opera, de 87, e Trauma, de 93 - Phenomena talvez tenha sido o primeiro passo para uma concepção mais acessível das pirações dark do cineasta. De muitas maneiras, estava conectado ao que andava sendo feito de moderno em thrillers de horror na época - cujas diretrizes básicas foram fornecidas em grande parte por ele mesmo (e Fulci, Lenzi, Bava, Avati...). Em tudo ali, Argento soava mais dinâmico, atual.

Indo tão fundo quanto a poça que meu café fez aqui, o cinema de Argento e Sua Gangue foram essenciais para retirar o terror do estágio trash-exploitation patrocinado por Roger Corman e os condes romenos da Hammer Films.

Esta impressão de abertura, apesar de ser mérito de um conjunto de fatores, inevitavelmente saltava aos olhos só de conferir o cast principal: estrelavam o saudoso Donald Pleasence, que, além da moral de ator respeitável, era figurinha fácil em incursões mais comerciais (fora que ele era simplesmente o Dr. Loomis, arquiinimigo de Michael Myers, em Halloween!), e uma jovenzinha de catorze anos que literalmente encantou Argento, após vê-la num pequeno papel em Era Uma Vez na América, do amigo Sergio Leone.

Jennifer Connelly, além da... do... ah, de tudo... esta mulher é... já exibia timing, carisma e maturidade absurdos em cena. E charme. Valha-me Deus. Sua participação em Phenomena excede o espaço reservado à sua personagem e o arquétipo que ela possa representar - mas já retorno ao ponto.


A premissa era um mix dos elementos mais caros à cinematografia de Argento, sendo que a primeira metade remete a uma estética de suspense slasher e a segunda ao horror surrealista enegrecido por uma pesada atmosfera onírica (já dizia John Carpenter que assistir Argento era como "estar preso num pesadelo"). No primeiro ato, uma jovem dinamarquesa (Fiore Argento, filha do diretor) perde o ônibus e acaba se perdendo também. Procurando por ajuda, a menina vai parar numa casa de campo, onde é recebida na base de correntes e tesouras. A seqüência é bastante tensa, sendo finalizada de maneira crua, chocante, mesmo para os padrões atuais ("Se o cara faz isto com a própria filha, que dirá com o resto" - dogg, filósofo malaio) - por outro lado, a beleza técnica da cena é inegável... nada se compara a um bom exercício de hiper-realismo, ainda que o realizador seja dado ao surrealismo (trocadilho realmente ruim).

No filme, Connelly também é Jennifer, só que Jennifer Corvino, filha de um famoso ator americano, que é enviada à Suíça para estudar num renomado colégio internacional para moças. Logo que a menina chega ao país do sigilo bancário, vemos que ela tem o estranho dom de interagir telepaticamente com insetos. E também sofre com pesadelos tenebrosos e um tipo de sonambulismo hardcore (daqueles de levantar dormindo, ir pra guerra e voltar a tempo do café da manhã). No colégio, ela divide o quarto com Sophie (Federica Mastroianni), uma francesa bobinha mas ordinária com quem rapidamente faz amizade. No entanto, a recepção das demais alunas não é nada hospitaleira e Jennifer já chega batendo de frente com a coordernadora da instituição, a Sra. Frau Brückner (vivida por Daria Nicolodi, ex-esposa do nepotista Dario). Pra completar o cenário, estão ocorrendo vários assassinatos hediondos na região.

A principal característica destas mortes é a decapitação das vítimas. Na maioria dos casos, as cabeças nunca foram encontradas. Donald Pleasence interpreta o Prof. John McGregor, um entomologista paraplégico que está auxiliando a polícia a elucidar os crimes através da perícia nos cadáveres, consumidos por vermes e larvas de insetos - o que cria um estranho vínculo com as habilidades especiais de Jennifer. Não demora muito até os dois se conhecerem e sentirem uma empatia quase imediata.

O tempo começa a fechar quando as alunas do internato se tornam os novos alvos do serial-killer. Ao mesmo tempo, as crises de sonambulismo de Jennifer ficam mais intensas e parecem estar ligadas sensorial/paranormal/mística/darioargentamente ao frenesi dos assassinatos.

Mas isto é na primeira hora. Depois a coisa parte pro giallo-core de sempre.


A metade final de Phenomena é pra deixar os admiradores de Argento se sentindo em casa. Não chega a soterrar espectador com claustrofobia (pra isto, existe Suspiria), mas a pegada é inconfundível. É como se Jennifer parasse de ter pesadelos para vivê-los ipsi literis. Em certo ponto, a identidade do assassino é envolta em um clima tão obscuro que ele quase se torna uma entidade onipresente dentro do filme. De fato, não dá pra antecipar totalmente o desfecho (ainda bem que teve um - assista e passe por essa paranóia também), já que os indícios dão conta de que ali operam forças que não são deste mundo.

Falando no sobrenatural, não há o que reclamar sobre a exploração dos poderes de Jennifer no filme. Os mesmos são utilizados ao máximo de sua capacidade e assim Argento acabou criando uma perfeita (e igualmente poderosa) contraparte para a ameaça do assassino. Nenhuma chance foi perdida aqui - com o tempo e o aprimoramento, a menina se torna a Fênix Negra dos insetos. E isto não é apenas uma referência en passant: não sei bem porque, mas desconfio que Jean... digo, Jen, iria se adaptar muito melhor numa certa escola em Westchester, NY, do que aquela na Suíça. Se a coincidência for pouca, confira as cenas em que o Professor... hã, McGregor ensina a Jen como controlar seus poderes e o macete pra sair do estado de sonambulismo.

Como se não bastasse, McGregor também é acometido da monumental irresponsabilidade que todo tutor dos quadrinhos tem para com seus jovens pupilos. Não satisfeito com o trabalho da polícia, o bom professor (obcecado em vingar uma antiga assistente) resolve colocar a menina de catorze anos no encalço do maníaco sangüinário. E não pense que existe alguma margem de segurança aí.

Nas duas últimas longas seqüências do filme, o climão de pesadelo generalizado toma conta e Alice, digo, Jennifer, vai descendo até o ponto mais baixo do inferno. Impressionante como ela ainda consegue manter um fiapo de sobriedade diante das situações tenebrosas que passa. Ah, mas isto só dura até o mergulho numa vala escrotíssima cheia de cabeças, membros decepados, tripas, vermes, coliformes e detritos diversos. Perto disto aqui, a chuveirada de suínos em decomposição de Saw 3 é como dividir uma hidro com a Hellen Ganzarolli. Mal deu pra acreditar que ela caiu ali mesmo.

Daí pra frente, alguns lugares-comuns do gênero surgem quase que de forma caricatural, incluindo o final fake, à Jason Voorhees do primeiro filme, e um inusitado final-pra-valer, que combina bizarria e violência gráfica extrema.


Phenomena é um filme estranho, que se alimenta de suas próprias imperfeições. Consegue ser incrivelmente equivocado em alguns momentos e brilhante em outros tantos. A cena em que Jennifer, numa paisagem idílica, segue um inseto para descobrir o paradeiro do assassino é belíssima, por mais esquisito que possa parecer. A bad trip sleepwalker da moça é realmente assustadora e incômoda. O já citado prólogo do filme é primorosamente escrito, filmado, montado e o escambau. Momento clássico mais do que obrigatório.

E sim, há várias outras questões sobre Phenomena a serem debatidas fervorosamente, mas a mais contundente é esta: Jennifer Connelly foi rainha do grito em seu primeiro filme como protagonista (engula esta, Jamie Lee Curtis!).

Jennifer já era uma gigante em cena. Sua atuação era um diamante quase lapidado, demonstrando a mesma carga de sensualidade, inteligência e certa introspecção que se vê hoje. A atriz literalmente brinca de empilhar as convenções estilísticas do filme. Mesmo porquê, o cinema de Argento é extremamente hermético, autoral, segmentado por opção - basta ver os diálogos dela com as travadinhas Sophie e Sra. Brückner... a menina passeia livre em cena. Elegante e sagaz, Connelly nunca se entrega ao preciosismo e veste a camisa sempre que necessário. Um show. Só a presença dela já faz valer a assistida.


Infelizmente, a carreira internacional do filme recebeu um duro golpe ao ser lançado nos Estados Unidos. A censura da época - mais slasher que nunca - mutilou quase trinta minutos da produção e o lançou com o não-poderia-ser-mais-genérico título "Creepers". No Brasil, o título original foi mantido, mas a cópia era a mesma editada nos EUA. Só em janeiro de 2006, a versão integral finalmente foi lançada aqui, em DVD, via Works Editora, encartado na edição #6 da revista Cine Monstro.

A trilha sonora de Phenomena é foda. Pra caralho. Argento não titubeou e meteu a antológica Flash Of The Blade, do Iron Maiden, quase inteira durante uma seqüência em que o assassino caça uma vítima. Lá pelas outras tantas, foi a vez da descarrilhante Locomotive, do Motörhead. Motör-fuckin'-head, man. Ficou parecendo um daqueles clipes incidentais de Donnie Darko, só que pra macho. Genial.

E não pára por aí. Bill Wyman, ex-baixista dos Stones participa com uma trilha de arrepiar e Claudio Simonetti também está lá. Simonetti (nascido em São Paulo), que todo fã de horror deveria conhecer, foi tecladista no dino progressivo Goblin, onde compôs para outros filmes de Argento, além do inesquecível tema do mega-clássico Dawn Of The Dead, de George A. Romero, entre outras belezinhas memoráveis. Não é à toa que vários grupos heavy, gothic e prog metal devem as calças pro cara. Influência melódica primordial.

O tema principal de Phenomena também ganhou um "pseudo-clipe", que Simonetti fez entre as gravações do filme. Visto hoje, é tosco no último - como todo clipe daquela era recém-MTVitimizada, aliás. Mas sabe como é... música pronta, câmeras ligadas, cenário em cima, Jennifer Connelly lá de bobeira...


Recentemente, Simonetti fundou a banda Dæmonia, que faz releituras metalizadas para os clássicos que ele compôs para o cinema. O projeto é imperdível.


Próximo!





Lembro como se fosse ontem: meu sonho de consumo adolescente eram o Ford Falcon V8 Interceptor do Mad Max, o De Lorean DMC-12, óbvio, e o Dodge M4S Turbo, de The Wraith, a Aparição (The Wraith, EUA, 1986). Muitos anos depois, ainda não sou milionário e mesmo se fosse, dificilmente conseguiria adquirir este último. Como se tratava de um modelo conceitual, a Dodge só fabricou 1 unidade original (na época, pela bagatela de 6mi US$) e mais seis clones (1mi US$, each) devidamente destruídos durante as filmagens. Desde então, o Pontiac '82 preto da Supermáquina subiu uma colocação na minha lista.

The Wraith é o patinho bonito da filmografia do diretor/roteirista Mike Marvin. O cara simplesmente não fez nada que prestasse depois deste filme, chegando a dirigir até um daqueles pornôs soft reprisados à exaustão no Cine Band Privé. Aqui, no entanto, ele soube dosar energia, boas sacadas e despretensão na medida certa, resultando num filme bastante divertido, mesmo descontando as oitentices típicas (que, por mim, tudo bem).

Aliás, The Wraith não é exatamente um filme de terror, nem suspense, nem sci-fi e nem ação, mas traz características de todos estes gêneros em seu DNA, fluindo simultaneamente. E funciona como um ponto a favor, pois durante o tempo todo se espera uma postura pré-definida que nunca chega e se amarra de forma ainda mais curiosa. Fora que mantém o sensorial sempre no full mode.

Dá quase pra elogiar esta concepção descompromissada (mas não desfocada) da narrativa, só que, pela ficha corrida do diretor, imagino que foi involuntário mesmo.



A história é aquele chocolate. Você sabe como é, o gosto que tem, mas... Nos cafundós do Arizona, uma gangue de piratas do asfalto faz o rapa em quem transita pelas estradas do perímetro. O líder do bando é o sociopata Packard Walsh (Nick Cassavetes, ele mesmo, filho do grande John e o diretor de Um Ato de Coragem e Alpha Dog) e os demais são Rughead (Clint Howard, ainda mais bizarro na sua fase new wave), o maluco viciado em fluído hidráulico Skank (David Sherrill) e o smeagolzinho expert em carburadores Gutterboy (Jamie Bozian), entre outros buchas com a inscrição "morgue" tatuada na testa.

Em geral, eles "propõem" um racha aos motoristas incautos, valendo o carro do perdedor. Mas isto é só por diversão, já que os bad guys, além de serem trapaceiros assassinos, têm os motores mais envenenados da região. Seus carros já eram tunados antes mesmo de inventarem o termo. Na cola dos punks, está o Xerife Loomis (Randy Quaid), que sempre come poeira atrás de um flagrante e está investigando o assassinato de um rapaz, possivelmente morto pela quadrilha.

Até que um dia, um forasteiro de nome Jake (Charlie Sheen) chega ao lugar e já vai se engraçando pra cima de Keri Johnson (Sherilyn Fenn, a Helena de Encaixotando Helena, novinha e um tesão), ex-namorada do garoto assassinado e território do malvadão Packard. Apesar das ameaças do maluco, os dois estão dispostos a deixar a natureza seguir seu curso.

Tudo se encaminha para mais um homicídio providencial, até que um misterioso carro preto com turbina de F-15 e design futurista surge reivindicando a supremacia das estradas - e jogando bem mais pesado que os vilões. A partir daí, sobram cadáveres, acidentes espetaculares e muito aço retorcido.



Segundo o diretor, o filme é uma adaptação livre de O Estranho sem Nome, um western sobrenatural do Eastwood pós-Leone. Ah, bom. Se é assim, sim. Isso explica muitas coisas, mesmo as não-explicadas. Mas o Mike dem-moderfóquer Marvin conseguiu deixar tudo ainda mais enigmático, principalmente na conclusão (e olha que em O Estranho sem Nome - spoiler - tinha um cowboy que desaparecia no final). Possibilidades não faltam para tentar explicar a natureza fantástica e os incríveis feitos do super-carro...

Ele pode ter vindo do céu (acho que não), do inferno (acho que sim), pode ter sido um fusquinha 76 abduzido e tunado com tecnologia alien, pode ser um projeto secreto do governo americano (eles fazem de tudo lá), pode ter vindo do futuro (exatamente, acabaram as idéias)... é só escolher. Qualquer hipótese faz sentido porque as pistas que Marvin vai deixando durante a história não fazem o menor sentido.

A grande sacada de The Wraith é deixar só uma nesguinha de margem para especulações e logo sentar uma machadada na cabeça do espectador. Os vários rachas que acontecem durante o filme são absolutamente empolgantes e quando o Dodjão M4S dos infernos (será?) dá as caras é porque a coisa vai ficar sinistra pra valer. Em 100% dos casos, as disputas terminam em mortes, despenhadeiros e explosões. Fora os Daytonas, Diplomats, Corvettes, GMC Sierras e Plymouths totalmente carbonizados - nota-se que metade destes foram providenciados pela Dodge himself, além, é claro, do carro "protagonista", o que explica o plotter da empresa num veículo sobrenatural (o mais irônico é que só aparece em alguns breves frames... seria uma tentativa de mensagem subliminar?).

Quanto ao motorista propriamente dito, há pouco o que se revelar. Ele aparece algumas vezes, usa um tipo de armadura bio-mecânica e traz consigo uma arma com luzinhas vermelhas que lembra muito uma calibre doze, dispara igual a uma calibre doze e faz o mesmo estrago que uma calibre doze faz. Fui levado a crer que se trata de uma calibre doze sobrenatural.

De qualquer modo, as seqüências de ação foram reforçadas por uma trilha sonora da hora (na época), que parece ter sido escolhida a dedo, sem limite orçamentário e com a fina flor da farofa oitentista. Pura festinha americana.

A corrida inicial rola ao som de Secret Loser, do madman Ozzy Osbourne. Depois tem a Rebel Yell, do papito original Billy Idol, o hit yuppie Addicted To Love, do magnata Robert Palmer, Matter Of Heart, da açucareira Bonnie Tyler, a poseríssima Never Surrender (LOL), do Lion (ROTFLOL), entre muitas outras pérolas pra ouvir no walkman, com o sol a pino, camiseta regata e óculos espelhados.



Apesar do lance com a Dodge ter abocanhado a maior parte dos custos, o filme traz efeitos especiais surpreendentes para a época. Um bom exemplo é o esquema (sacana) que o carro negro tem para destruir os adversários, no qual ele mesmo é pulverizado no processo e se reconstrói entre o fogo e os destroços. Outra cena espantosa é logo no início, quando o carro se materializa no meio de uma encruzilhada (chuta que é macumba!) - algo entre Close Encounters, De Volta para o Futuro e Exterminador do Futuro, versão econômica, mas criativamente promissora.

A propósito, se pensarmos que o possante de O Carro - A Máquina do Diabo é o Hannibal Lecter dos automóveis e Christine, o Carro Assassino é a personagem de Glenn Close em Atração Fatal com tração nas quatro ("A Tração Fatal"), o dodjão preto é o próprio Terminator. Ele mata a sangue frio e sem qualquer cerimônia. O que ele faz no galpão-oficina dos bandidos só pode ser coisa da Skynet. Extermínio automobilístico.

É muito engraçado ver o Nick Cassavetes fazendo papel de galã psicopata no filme. Mais engraçado ainda é o Charlie Sheen como um californian boy metido a fodão, com cabelinho arrepiado e montado numa jurássica XL (que, pelo visto, também é sobrenatural). Naquele mesmo ano ele encarnou um papel que era o total oposto - o junkie de Curtindo a Vida Adoidado. Hoje, fatura os tubos em Two and a Half Men.

Só para registro, sempre fiz uma baita confusão com os nomes de Sherilyn Fenn e Sheryl Lee. Em comum, as duas têm o fato de serem gostosas e musas do David Lynch (participaram de Coração Selvagem e da polêmica Twin Peaks - Fenn era a Audrey e Lee era a própria Laura Palmer, raison d'être da série). E tanto uma quanto a outra amargaram um limbo de produções trashescas durante os anos 90. Atualmente, Sherilyn (uma bela balzaca!) leva uma carreira discreta, com participações esporádicas em seriados famosos e produções made for TV (última frase powered by IMDb®).

The Wraith, a Aparição ainda rende boas sessões até hoje. Como todo bom pop movie. Mas adoraria que o maldito Mike Marvin respondesse algumas perguntas.

Como assim "as instruções estão no porta-luvas"?!


Na trilha: Cars, do Gary Numan.

17 comentários:

Alcofa disse...

falae Dogg !

cara, lembro que este filme passou umas 500 vezes no sbt ... era um dis meus preferidos no inicio dos anos 90. e a comparação com High Plains Drifter (o western de eastwood. aliás, eu tenho todos os westerns com ele cara!)e até válida. não sei se dá pra chamar realmente de adaptação, mas os personagens (tanto de high plains quanto do filome aqui)realmente se parecem com o "man with no name", da lendária e jurássica trilogia dos dólares, de Leone. até as cenas onde os caras tiram um sarro do cara lembram a cena clássica do "fistful of dollars" , onde eastwood pergunta para os caras se eles estão rindo da mula dele ... vê o filme e vc com certeza pega a "inspiração" da cena.

belo post, nostálgico na veia!

abração!

Pastiche disse...

carai vei tuh bota pra fudê nos reviews dos filmes, toda vez que eu leio algum review aqui fico com vontade de assistir o filme... foda vai ser convençer minha namorada a assitir Wraith =p

Parabens =)

Anônimo disse...

aí, bons filmes e belo post.
ah, como você parece ser um fan de cinema b acho que vai adorar isso, dá uma olhada nesse site: cinemageddon.org - me manda um pm lá se gostou.

nao tenho lido blogs desde que parei de escrever (alguns anos atrás) mas esse é muito bom, continue com o bom trabalho.

Anônimo disse...

Meu velho,
quando vi esse filme no SBT anos 80, achei uma bomba, mas depois de ler tua excelente resenha fiquei com vontade de dar uma checada de novo. Gosto muito de tua preocupação com os detalhes da produção e precisão das informações.
Abraços

Anônimo disse...

A Sherilyn Fenn...eu tive o prazer de revê-la em Hora de Voltar, do Zach Braff, fazendo uma ponta. Continua maravilhosa.

Luwig disse...

A essa galeria de possantes dos anos 80 acrescento "minha" caminhonete invocada (com uma pusta águia incrustada na carroceria) de 'Duro na Queda' (The Fall Guy).

E aí, vai rolar um post insano sobre o clímax de 'Ultimates V.2' ou vai ficar só na "Skol Gelada" mesmo?

Abração.

Orelha ® disse...

aew
quero saber se vc estah enteresado numa troca de banner com meu site coisa "reciproca" (se eh que eh assim que se escreve isto)dah uma olhada lah se estiver interessado deixe recado

Anônimo disse...

A primeira vez que falo no blog, já falo merda. Eu vi a ainda deliciosa Sherilyn Fenn, mas foi em "O Mundo de Leland", outro indie americano...sorry.

doggma disse...

Alcofa, tu tem até o "Josey Wales, o Fora-da-Lei"? Cara, já caçei este em tudo quanto é canto e não encontro.

Luwig, bem lembrado. Aquela pick-up do Colt Seavers era sinistra. E todos os porshes, mustangs e ferraris que o Sonny Crockett usou em Miami Vice (mas aí já tá mais pra sede de poder, rs). Ultimates v2 vai ficar só a menção honrosa mesmo.

Fala, Mario! Rapaz, bem que eu tava tentando em vão puxar pela memória a participação da Fennomenal em "Hora de voltar", rs..

Anônimo disse...

Salve Doggma!!!

rapaz, até mesmo quem não curte sangrias e plasmas desatados vai ficar curioso de ver estes filmes depois de tua resenha, hehehehe...
Olha, fui direto p/ minha pré-adolescência com teu postt, ainda mais pelo nível de detalhismo impresso nas tuas palavras.

É incrível como o horror e a ficção de outrora possam soar ultrapassados para a geração de hoje, ao passo de que, sim, que viu aquilo em "tempo real" sabe absorver teu texto com a devida propriedade.

Particularmente "A Aparição" ainda vez ou outra é reprisado, para o meu deleite, pois sempre que passa eu vejo! "A Aparição"é um filme bem anos 80, com todos os exageros e soluções imaginativas a que tem direito, em se tratando de uma produção da época. Já o "Phenomena" eu lembro de flashes, pois realmente eu devo ter visto pela última vez há muitos anos atrás. Porém, a cena da Jennifer (mas como maltrataram aquela belezura no filme, hein? hehehehe...) na vala de carcaças me é fresca ainda na mente. Dario Argento... esse italiano é um sanguirário, hehehehe... Olha, vou procurar isso em locadoras (acho que a Show Video deve ter) e revisar a obra do cara!

parabéns pelo post!

Anônimo disse...

Só Jennifer Connelly pra me deixar com vontade de ver um filme de terror...

Sandro Cavallote disse...

Creepers, cara...

Só tu mesmo. Lembro que qdo eu trampava na locadora lá nos anos 90, era um dos poucos filmes que tinham posters com o nome original e não um "A Hora" de alguma coisa...

"The Wraith" nem dá pra comentar. Um dos primeiros selados que saíram. Fazia fila na locadora pra pegar issae e "Tuff Turf"...

Kalunga disse...

O Vitalic tem uma música chamada "My Friend Dario"... será que tem a ver com o Dario Argento???

hazzamanazz disse...

É, faz tempo que eu não passo por aqui...e olhem só o que eu encontro: um dos meus filmes preferidos do Argento!

Esse eu ví quando era moleque pacas, mas em cópia não censurada. Sim, existia uma na época!
Minha irmã trabalhava na revista Video News e a versão para locação a ser lançada iria ser a integral, mas você sabe como esse país é, um lambe bota de marca, as vezes: sabe-se lá porque, nos EUA algumas pessoas conseguiram ver pedofilia nas cenas de Connelly (???) e foi por esta razão que o filme foi mutilado (!!!).
Bom, deu no que deu.

Outro filme que passou por isso, aliás, foi Sexta-Feira XIII parte 2, que também teve algumas cenas censuradas aqui no Brasil, quando o filme foi relançado na década de 90 (mas estranhamente o filme foi lançado em formato original, na década de 80).
Vai entender.

Falando nisso, essa cópia da Works é pra lá de horrível, com um enquadramento feito por um macaco!
Se alguém quiser transformar um filme em widescreen, fácil: corte um quadrado em cartolina preta e coloque sobre a tela.
Pronto!

Brincadeira, viu... :-/

[ ]'s

doggma disse...

Aê Kalunga! Cara... é aquele DJ né? Vou catar esta música no DC pra ver qualé. Se tiver uns samples sinistros e bizarros, com certeza deve ter alguma relação. :)

Fala Hazza! Porra, e tu não chegou a guardar esta cópia uncut não?

Mas teve muito material bacana dessa fase que foi decepado sem dó, por motivos diversos. O final original do "Noite dos Arrepios", com uma invasão iminente de aliens e mortos-vivos, foi censurado pelo estúdio, que preferiu aquele em que um cachorro vomita um dos vermes em direção à câmera.

A diferença é que os dois finais foram lançados nos EUA e no Brasil só o final-padrão. Fico na espera da versão em DVD, ainda inédita.

Anônimo disse...

Putz!

Primeira vez q visito vosso blog e... cacete: quanta informação!!

Ñ curto terror, tampouco terror B, mas fiquei com vontade de ver esse "Phenomena" só pela Jeniffer Conelly, a delícia!...

Q, no meu modesto entender, só vem se firmando mais e mais como uma BOA atriz BOA. Ñ gosto dela nesses filmes meio gordinha meio teen: acho q ela tá muito MELHOR atualmente.

Mesmo a ponta ali em "Diamante de Sangue" valeu a ida ao cinema. Embora "Pecados Íntimos" tenha havido um desperdício total: Kate Winslet aparecer mais q ela foi foda!

(foda de ruim. Com a loira fazendo papel de Drew Barrymore ao longo de todo o filme)

No mais, e só pra ser chato, uma correção: Bill Wyman era BAIXISTA no Rolling Stones. Ñ guitarrista...

doggma disse...

É a velha confusão que faço entre Mick Taylor e Bill Wyman. Excesso de cafeína dá nisso.

Tu já assistiu "The Hot Spot - Um Local Muito Quente"? Connelly tava absurda lá...