terça-feira, 9 de abril de 2024

Mad MaXXXine

A trilogia X do cineasta Ti West e sua musa Mia Goth chega ao fim (?) nos loucos anos 80. Lógico.


"Obsession", do Animotion, a versão do clássico das boates "Self Control", da Laura Branigan... só na trilha já deu pra perceber que o filme foi embebido na década dos excessos. A cenografia é estonteante e a sinopse é digna de qualquer contracapa de VHS da CIC Video, Top Tape ou Look Vídeo:
“Na Hollywood dos anos 1980, a estrela de filmes adultos e aspirante a atriz Maxine Minx finalmente tem a sua grande chance. Mas enquanto um misterioso assassino persegue as estrelas de Hollywood, um rastro de sangue ameaça revelar seu passado sinistro.”
Recapitulando, X, de 2022, é um divertido slasher mezzo paródico mezzo fora da curva. Mia Goth – neta da veterana global Maria Gladys – brilha em papel duplo. O prequel Pearl, do mesmo ano, é ainda melhor. Direção, atmosfera, texto e Goth em seu auge performático. Um filmaço.

Se MaXXXine simplesmente seguir no piloto automático, já está no lucro. Mas a gringa brasileira vende bem o peixe:

“É o melhor roteiro dos três, de longe. Será o melhor filme dos três.”

Curiosamente, a trilogia não tem causado muito burburinho no Brasil. Talvez porque muitos miguxos resenhistas têm um ranço enorme das produções do estúdio A24. Don't believe the hate. Ao menos neste caso.

MaXXXine estreia 5 de julho nos EUA. Por aqui, nem sinal ainda. Seja como for, a maratona já me aguarda...

2 comentários:

Marlo de Sousa disse...

Promessas hiperbólicas da Mia à parte, aguardo por MaXXXine com grande ansiedade, visto que Pearl foi um dos meus filmes favoritos de 2023. Achei terrivelmente injusto que Mia Goth não tenha cavado uma indicação ao Oscar. Penso que as categorias de atuação, como a de filme, deveriam ter mais que 5 indicadas.

Abraço, Dogg!

doggma disse...

Mia merecia. O problema é que as campanhas que promovem as(os) indicadas(os) envolvem um investimento pesado dos estúdios. Mesmo se fossem 10 concorrentes, um A24 da vida não tem cacife para bancar esse tipo de ação. E a vaga-azarão da rodada ficou para a alemã Sandra Hüller, de "Anatomia...".

Abração!