sábado, 6 de abril de 2024
Obrigado por tudo, Cientista Maluquinho!
Lembro vividamente. Acho que é uma daquelas coisas. Tinha algo entre 6 e 7 anos. Local, a quermesse junina da igrejinha do bairro, que existe até hoje – muito maior e mais bonitona, mas sem aquele charme comunitário de outrora. Era sempre um evento.
Então, estava lá eu tentando a sorte na barraquinha da pescaria (afinal, quem sabe não viria um Falcon?), mas o que acabei pescando foi algo muito menos impactante à 1º vista...
...porém infinitamente mais impactante para a minha vida. A Turma do Pererê Vol. 1 foi, de longe, o quadrinho que mais reli naqueles anos. Eu simplesmente não largava a edição.
E essa foi a minha apresentação oficial à obra do homem. Festejando no meio da molecada, das brincadeiras, na quermesse da igreja. Mais Ziraldo, impossível.
O livro – uma bela edição (de 3) em capa dura pela editora Primor!, aprovadíssima pelo MEC milico – não resistiu às rebordosas da minha infância e adolescência, infelizmente. Mas já era tarde demais: o amor pela arte do Ziraldão já havia me conquistado e seguiu inabalável.
Dizer que Ziraldo foi um mestre dos quadrinhos infantojuvenis é pleonasmo. Seu próprio nome já é indissociável do conceito. E, claro, ele foi muito mais do que isso. O que só fui entender mais tarde, com a idade. Desta forma, nunca parei de redescobrir seu trabalho. Acho que é um daqueles gênios.
Não sou dado a ufanismos, mas olha... como é bom o Ziraldo ter nascido brasileiro. Provavelmente só assim ele seria o Ziraldo.
Vai fazer muita falta esse Cientista Maluquinho.
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4 comentários:
Mais 1 heroi se vai...
Mais 1, não... o Maior.
Num mundo ideal, Ziraldo teria desenhos, séries e filmes diversos, como o pai de uma outra turminha por aí. Não deve ter sido falta de oferta, mas talvez a carga de trabalho e as armadilhas contratuais o tenham feito declinar. Certo ele, que trabalhou pra viver, em lugar de viver pra trabalhar.
Imagino isso também, Marlo. Ao longo da carreira, o Ziraldo deve ter sambado para evitar arapucas.
Uma série animada do Maluquinho e d'A Turma do Pererê na linha do CN/Tartakovsky é um sonho longevo... O Pedro Eboli (Oswaldo) e o Juliano Enrico (Irmão do Jorel) também fariam um grande trabalho.
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