segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Friend leprechaun


O orçamento era de 900 mil dólares, a direção, Ed Woodiana, o roteiro, não tinha, e a produção fazia Roger Corman parecer James Cameron. Mesmo assim, por algum desses mistérios vindos do lado negro da Lua, O Duende (Leprechaun, 1993) faturou 8 milhões e meio só nas bilheterias americanas. Um sucesso comercial que aplicou um cuecão nas críticas e puxou um bonde de cinco continuações, uma mais caótica que a outra. Quer dizer... são até divertidas se você comprar a tosqueira Z assumida.

Mas o primeiro filme trazia algo que não havia em nenhuma das sequências: Jennifer Aniston, em seu debut cinematográfico. Era um pote de ouro no início do arco-íris. Jen fazia o papel da jovenzinha sexy com personalidade, arquétipo obrigatório nos slashers oitentistas. Acredite, vê-la caçando o duende com uma doze é algo pra vida toda.

Não por acaso, ela ganhou o título de scream queen mais gostosa do cinema - o que pode soar até meio exagerado, ainda que compreensível. No ano seguinte, ela embarcou em Friends, virou namoradinha da América e desencadeou o mundo como o conhecemos hoje. No vácuo, até capa original do filme ganhou um upgrade malandro para o lançamento em DVD.

O curioso é que ela raramente comenta sobre seu passado fincado nas raízes trash. E nenhum jornalista jamais teve a ousadia e a presença de espírito de cutucar a bela. Pelo menos até há pouco tempo. Durante uma entrevista para o Herald, enquanto promovia Marley & Eu na Irlanda (ó, a ironia!), o repórter Paul Byrne aproveitou o clima de descontração e tocou na questão espinhuda. Sem muita sutileza, eu diria.

Jen levou na esportiva, enfrentou seus duendes interiores e até que se saiu bem (auxiliada pelo colega Owen Wilson), mas confirmou a velha suspeita... ela realmente morre de vergonha de ter feito o filme.




Por que será, hein?