sexta-feira, 23 de março de 2018

Windsor-Smith X Sienkiewicz

Além da saga deveras divertida, a recém-saída Excalibur (vol. 4): Uma Aventura no Tempo - Volume 2 traz um ótimo selecionado de artistas. A surpresa foi a combinação potencialmente explosiva da história "Pessoas (Ir)Reais": nada menos que Bill Sienkiewicz arte-finalizando Barry Windsor-Smith.


Arte-finalizando não, duelando mesmo. Foi o Confronto do Século! Mas já volto aí.

O timing da vez foi, logo após a leitura, ver o editor Alex R. Carr twittando sobre esse mesmo encontro, lançado originalmente em agosto de 1990.


Já o timing sobrenatural da vez, foi ver o post do 5 & 20 revelando que BWS, velho companheiro de copo nas cons da vida, sempre detestou suas tintas.


Ele não comenta se já recebeu alguma explicação mais técnica, mas tenho cá meus chutes. Voltemos ao embate.

Quando arte-finaliza alguém, Windsor-Smith atropela a identidade do desenhista sem pedir licença. É um rolo compressor autoral. O saudoso Herb Trimpe de Homem-Máquina que o diga. Mas temo dizer que desta vez seu lápis imparável encontrou um nanquim irremovível.

Tirando um olhar aqui e uma expressão facial ali, quase não se reconhece a presença do The Smith na história. A pegada suja e caótica com linhas livres e senso de transgressão artística não deixa dúvidas. Fair play à parte, na guerra de estilos, Sienkiewicz levou a melhor.

Existe algum ditado pra ladrão de cena que rouba a cena de outro ladrão de cena?

sexta-feira, 16 de março de 2018

Os editores da Salvat adiam o lançamento da Coleção “A Espada Selvagem”...


Pois é.  Aquele silêncio estava mesmo esquisito.

A despeito do baque, a reação geral tem sido uma só: um $u$piro de alívio. Segundo o comunicado, a épica coleção ficou para o 2º semestre de 2018.

"Sabemos o quanto vocês estão ansiosos para a chegada de Conan, e estamos tão ansiosos quanto, mas essa adaptação na data foi necessária para garantir a produção e distribuição adequada da integralidade da obra."

Além da justa justificativa - particularmente a tal "produção adequada da integralidade da obra", copiaram tradutores e revisores salvatianos? - é engraçado acompanhar nos comentários a condescendência cumplicidade do(a) analista de mídias sociais.

Nunca vi uma empresa tão preocupada com o bem-estar financeiro do consumidor. Nem parece aquelas editoras que lançam coleções e extensões ao mesmo tempo e algumas até de surpresa.

Longe de mim reclamar. São alguns shillings a mais para gastar nas tavernas mais vagabundas da Neo-Hibórea. Aye!


Quadra inicial de volumes  1as. impressões:
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 1
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 2
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 3
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 4

sexta-feira, 2 de março de 2018

La Belle de Nuit


Projeto Vampirella, que desenvolvi em parceria com o VAM! (que só fez todo o trabalho), continua me trazendo alegrias. E desta vez alcançando até o reino do onírico.

Já que meu sonho de ver a Jennifer Connelly recheando a meia-arrastão-com-cartola da Zatanna e a Denise Richards estufando o topzinho da Lara Croft foram pro arquivo indefinidamente, ao menos a deusa temporã Caroline Munro como a Vampirella da Hammer Films chegou mais perto da realidade.

A Munro vampir(ell)izada ficou ainda mais estonteante!


Além de dar um rosto ao mítico projeto engavetado da Hammer, o exercício de estilo (e imaginação) do VAM! não fez prisioneiros e concebeu uma franquia completa!

Igualmente bacanuda foi a triangulada na filmografia das estrelas do estúdio - com o perdão dos veneráveis Christopher Lee e Peter Cushing, o destaque absoluto vai para as pinups clássicas Valerie Leon, Barbara Leigh e a Munro, lógico.

Matéria para ler, curtir, usar e abusar de várias maneiras. Mas vá rever os filmes, vai. Diversão garantida também.