sábado, 17 de maio de 2014

Biotecnologia é o Godzilla

Não que seja tão mal. Como toda tecnologia, está nas mãos erradas.

(Atualizado!)



Rebaixado a bônus:



Sub-Bonus trackZilla: essa me ganhou pela edição impecável, melhor que a porcaria do filme inteiro.


Godzilla... Rrrrrauu!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

12 Horas: Viva! (outro dia)


Nunca pensei que um dia o canastrão Kiefer Sutherland fosse me arrancar lágrimas. Ainda mais em companhia de uma (ex-) ilustre desconhecida, de nome Mary Lynn Rajskub. Mais do que a aguardada conclusão de 24 Horas, a dramática cena em os personagens Jack Bauer e Chloe O'Brian se despedem através da câmera de um drone foi uma perfeita metáfora à química dos dois atores ao longo da série. Nas palavras do próprio Bauer, nem ele mesmo esperava que Chloe fosse durar tanto e muito menos que criassem um elo tão forte ao ponto de se tornarem essenciais um pro outro.

Posso estar enganado, mas o que senti ali foi emoção genuína nos dois lados do monitor: era Kiefer conversando com Mary Lynn, prestando o devido respeito e admiração. E agradecendo por tudo o que passaram juntos.

O mesmo era facilmente aplicável ao ponto de vista do telespectador. Logo que apareceu, achava que aquela geek retraída e obsessiva-compulsiva seria mais uma estatística na extensa lista negra da série tão logo surgisse a primeira encrenca. "Melhores já caíram", pensava eu. O que eu não esperava é que ela se tornaria melhor ainda.

O final da série, qualquer que fosse, tinha que ser com eles. Não podia ter sido melhor.

E a vida continua.


Nesses quatro anos, tive que aprender a conviver sem minhas 24 overdoses de café com adrenalina. A abstinência foi tensa. E dá-lhe Homeland aqui, Rubicon acolá e, saindo da seara EUA/terroristas, The WireGame of Thrones, The Walking Dead e alguns outros. Todos grandes paliativos, mas, ainda assim, paliativos. Não digo que 24 era melhor nem pior. Era, simplesmente, única. Como o tempo exerce um estranho efeito cicatrizador, acabei me esquecendo um pouco sobre o que sentia tanta falta.

Mas isso até eu ouvir mais uma vez o famoso reloginho em 24: Live Another Day. A sensação, não podia ser diferente, foi de arrepiar. Fora a certeza de que delivery igual ao dessa série, não existe. O formato é de uma Scania perdendo freio na ladeira: clímax do início ao fim, não existe construção; é puro e desembestado payoff em 24 capítulos - ou, no caso desta nova incursão, em 12, apenas.

É pouco, mas generoso se comparado ao eletrizante (e infelizmente muito atual) longa Redemption, de 2008. Quantas séries já puderam se dar ao luxo render tantos projetos alternativos? E mantendo o mesmo grau de relevância de quando estreou, há 13 anos?

O que, convenhamos, nem é tão difícil se considerar que a matéria-prima da série é a escrotidão da raça humana em variados aspectos... sendo, portanto, infinita.

Bauer: o que for necessário.

24: Live Another Day tem esse título à 007 não é à toa: a trama se passa em Londres, quatro anos após a última temporada. Jack, adivinha, corre contra o tempo (e contra tudo e todos) para impedir um atentado ao presidente dos Estados Unidos - mr. James Heller, por sinal - que lá está para fechar um acordo decisivo com o governo inglês. Nesses três episódios até aqui parece que a série nunca acabou, a fórmula continua impecável. E pelo jeito, também não perderam a mão quando a questão é a crueldade com seus personagens. Basta ver o que aconteceu com Chloe nessa entressafra.

Algumas referências mais recentes dão as caras, como analogias descaradas ao Anonymous, Julian Assange e a proliferação dos drones norte-americanos ao redor do planeta. A bela Yvonne Strahovski (Chuck e Dexter) vem compondo uma promissora contraparte ao Jack, bem como a excelente Michelle Fairley (mais conhecida como Catelyn Stark), assustadora, talvez querendo vingança por traições de vidas passadas em tempos imemoriais...

Do lado novelão, claro que o prato principal será o inevitável reencontro entre Bauer e Audrey (Kim Raver) e, naturalmente seu pai, o então presidente. Não há cola no mundo que possa juntar esses cacos. Mal posso esperar.

domingo, 11 de maio de 2014

"The Mount Everest of insane '70s Italian movies"

É exatamente o que parece.


Garotinhas estranhas, cenários alienígenas, clones, acidentes bizarros, discos voadores, trilha sonora que parece saída de Shaft/Superfly, Franco Nero mais boladão que Dolph Lundgren em Johnny Mnemonic... aliás, que elenco despirocante é esse, Dio mio?

Funciona? É o que menos importa, a bem da verdade. Só sei que quero ver isso pra ontem.


Já em BD - ou num torrent bem perto de você que eu já estou procurando...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

It hurts to set you free


Terminou neste mês o que foi provavelmente a incursão mais bem sucedida do selo Vertigo no Brasil. Vertigo, a revista, estreou em outubro de 2009 baseada no sempre conturbado formato mix - cujo risco comercial foi potencializado pela vasta gama de gêneros e temas que o selo abriga. Se é difícil agradar a todos num cenário com padrões bem definidos, quem dirá com um turbilhão de microcosmos caóticos, complexos e praticamente sem conexões entre si. Títulos tão sui generis como Escalpo, Vampiro Americano, Vikings, Joe o Bárbaro, Casa dos Mistérios e, claro, Hellblazer tiveram vida longa, próspera e eterna enquanto durou. 

Precedida pela Vertigo da Abril (1995-1996), que chegou a 12 edições, e da Opera Graphica (2002-2003), com 10 edições, a Vertigo da Panini Comics foi campeã: 51 edições em 4 anos e meio, com formidável regularidade e distribuição (não a característica mais marcante dos produtos da editora). Um feito num país como o nosso somado às fortes turbulências que vinham lá de fora.

Deve ter cumprido o papel a que foi incumbida, seja ele qual for. Meu chute vai para o objetivo fidelizador. Estamos agora todos (todos?) mais do que prontos para abraçar sem medo a causa dos TPBs e edições deluxe - e quem sabe alguns eventuais Omnibus com tudo em cima. Nunca o termo "título descontinuado" teve um viés tão positivo.

Parabéns à Panini. E vida longa à Vertigo.

Ps: tenho todas. Rá.