sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dick on, conscience off


"...and everything's gonna be alright".

Já estava sentindo falta das tiradas do Andy. A 3ª temporada de True Blood chegou a mil e já meteu uns bons três plots a serem degustados lentamente, como um bom vinho. Tomara que Lafayette retorne ao high standard do início e que o Magistrado ganhe mais espaço dessa vez.

E, lógico, sempre torcemos para que a estonteante Jessica se inspire na Sookie e finalmente apareça como veio ao mundo (dos humanos).

Falando em Sookie ("Sookie, Sookie, Sookie..."), a doce e caliente garçonete de Bon Temps acabou de ganhar uma homenagem do malandrão Snoop Dogg. A letra é pimenta pura.




"Bring your best friend Tara, I got some real Eggs for her to eat"

Yo!

Sabaoth bloody sabaoth


Parece que Danzig curtiu mesmo a viagem arqueológica do The Lost Tracks of Danzig. O baixinho demoníaco intensificou a carga e promoveu um verdadeiro retorno às raízes em Deth Red Sabaoth, seu novo álbum. O lançamento está previsto para o dia 22 próximo, mas providencialmente vazou na internet esta semana.

As primeiras impressões não deixam dúvidas: existem discos fantásticos que precisam de um certo tempo para a devida assimilação; já outros, dizem a que vêm logo de cara e praticamente informam ao ouvinte que ele não largará de seus alto-falantes tão cedo - exatamente o caso aqui. Para os admiradores dos primeiros quatro discos do Evil Elvis, Deth Red Sabaoth é item obrigatório.

As faixas são de uma simplicidade abençoada (ou melhor dizendo, amaldiçoada). Em se tratando de Danzig, menos é mais. Nada da maquinária industrial e dos flertes nu-metal dos álbuns anteriores. Aqui só se ouve o bom e velho blues metal estradeiro com cheiro de zona, gasolina e enxofre. Melodias cavernosas, riffs sabbáthicos, letras tétricas e aquela voz. Tudo aquilo que o Danzig sempre teve de sobra, mas sabe-se lá porque motivo, abdicou em determinado momento de sua carreira. A sensação de gap temporal é avassaladora. É como se ele tivesse sido abduzido em 1994, substituído por um clone e libertado só agora.

A line-up não deixa nada a dever à formação clássica: o prong man Tommy Victor incorpora uma guitarra 'iommiana' sob medida para a voz do baixinho, enquanto a cozinha é uma muralha subsônica erguida pelo baixista Steve Zing (antigo companheiro de Danzig no Samhain) e o baterista Joe Kelly, ex-Type O Negative (R.I.P. Steele!). O álbum é perfeito de cabo a rabo, mas as faixas que bateram mais rápido foram "Hammer of the Gods", que tem jeitão de carro-chefe e deve ser o primeiro single (ainda existe isso?), a evocativa "On a Wicked Night" (boa trilha pra sodomizar mênades), o rockaço "Deth Red Moon" e a porrada infernal "Night Star Hel".

A capa segue a tradição meio HQ da banda: dessa vez a arte é de Joe Chiodo, habitué de Marvel/DC e também da Verotik, editora do Danzig.

Provavelmente, Glenn Danzig precisava mesmo das longas férias dos estúdios (seis anos desde seu último álbum, sem contar o solo orquestral Black Aria II). E talvez os shows com os Misfits também tiveram sua parcela de influência nesse back-to-the-basics. Seja como for, é o seu melhor disco em dezesseis anos e desde já (ou a partir do dia 22...) um dos melhores de 2010.

Tranquem suas filhas... o guerreiro doom está de volta!




Discografia comentada