domingo, 31 de julho de 2016

Chegou O MAIORAL!

Ainda segurando o verme colecionista no enforcador de titânio em se tratando de miniaturas, mas é difícil resistir a um defenestrador de mundos. Especialmente...


Só elogios para a miniatura do motoqueiro intergaláctico, fragelo do cosmo, ex-velorpiano/último czarniano, caçador de recompensas, beberrão e encrenqueiro profissional Lobo. Com seu dawg Mutt, um trabuco na mão e a cabeça de um domínion* jazendo embaixo da bota, a peça transmite com perfeição a personalidade d'O MAIORAL em toda a sua vileza, fanfarronice e badasserytude.

* a raça da saga Invasão... detestava esses caras!

Em termos de conceito, postura & composição - aí vou eu - juro de pé junto que achei superior às descaralhantes esculturas da Sideshow e do Art Studios (leia isso verbatim, por favor). As texturas também foram bem trabalhadas, visualmente bem distintas nas roupas, na metranca e, principalmente, no Mutt.


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A pintura ficou acima do padrão da coleção: a olho nu o trabalho é quase perfeito; nas imagens ampliadas as irregularidades e vazamentos são aceitáveis - sendo que as estrelas nas joelheiras ficaram, figurativa e literalmente, meio nas coxas.

O peso é que surpreende, mas no sentido contrário. Deve ter sido esculpida na resina mais leve existente na galáxia. Ainda mais perto da miniatura do Thanos, que é de metal, apesar de ter dimensões comparativamente maiores.

Na minha peça veio também uma pinta branca na base. Quero crer que seja baba de alien decapitado.


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Eaglemoss caprichou. Fiquei muito satisfeito com a miniatura - adquirida via loja virtual por 74,99 créditos mais $ 17,19 de colonoscopia fretística em chamas. Frag!

A revista que acompanha também ficou um espetáculo. Como sempre, deu uma recapitulada compreensiva em quase todas as desgraceiras já cometidas pelo defenestrador nos quadrinhos e nas séries animadas. E não é pouca coisa.

Ao exemplo do Thanos, esse deu vontade até de cometer um famigerado vídeo unboxing. Não vai acontecer, mas enquanto abria o pacotão estava rolando isso - e não por coincidência:



Mr. Kilmister irrompendo da sepultura numa motocicleta é clássico... Tal qual Lobo, Lemmy é imorrível!!


Post scriptum!
Considerando seriamente em arrumar dois galões de tinta acrílica e performar uma microcustomização no Thanos ali ao lado. É algo que, se executado com sucesso, me faria um cerumano melhor, mais forte e mais rápido. Mas puta medo de estragar essa porra...

sábado, 23 de julho de 2016

O Espectro que não estava lá


Nem Batman v Superman em versão esticada, nem Rogue One com sombra e baforada do Vader, nem a postura sóbria de George Takei ante a desastrada homenagem no novo Sulu. A manchete que mais me chamou atenção nas últimas semanas - pelos motivos errados - foi repercutida discretamente: o personal cult Nicolas Winding Refn soltando em entrevista que havia recusado a direção de Spectre.

Nada demais, certo? Não para este vos escreve. A notícia bateu numa trauletada só.

"Refn dirigindo um filme do Espectro! Mas que ideia filhadaputamente do caralho!", refleti em meio a cotoveladas num busão lotado. E expandi: "quando eu pensava que a Warner não teria o menor espasmo de (boa) ousadia e inventividade em suas adaptações dos Arquivos DC, olha só que eles me aprontam!". E tome mais cotovelada.

Sei, sei. Não foi dos meus melhores momentos. Estava embriagado com a avassaladora 1ª impressão de uma mente há muito deteriorada pela cultura pop. Mais tarde, a autotrollada se desfez quando finalmente vi que o cineasta se referia a Spectre-o-último-filme-do-007. Meh.

Vão-se os enganos, ficam as divagações. Seria a melhor chance de subversão pop do estúdio em muito tempo. Jim Corrigan, o Espectro, é personagem da série C e dos bons. Tem a classe de seus chapas do country club místico, mas com uma frieza e crueldade que arrancaria do Frank Castle um sorriso à Buddy Revell.

Com baixos números envolvidos e o céu sendo o limite, tudo estaria favorável para uma abordagem mais experimental, mais transgressora, mais culhuda. Mais Refnada. Que, nunca custa lembrar, é o cão dinamarquês que criou a grotesqueria sanguinolenta do lindo Valhalla Rising.

Melhor ainda com sua filmografia recente, estilosa e aveludada, flertando com texturas do gênero terror, e, inerente ao meu caso ilusório em questão, com a décadence avec élégance dos thrillers criminais oitentistas.

E o que isso tem a ver? Ora, tem a ver com o fabuloso curta DC Showcase: The Spectre, de 2010. É Winding puro.


Refn não dirigiu Spectre, mas bem que podia dirigir um The Spectre. O cara tá facim, facim. Outro dia mesmo comentou que faria um filme da Batgirl.

Warner, atire logo o dinheiro aos pés do homem. Preciso urgente ver algo fora da caixinha.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Dias de uma Revisão Esquecida


Contemple!

Eis que Magneto Triunfa acaba de aportar. Motivo de sobra pra romper o ostracismo periódico e explodir em felicidade infanto-juvenil com o run completo dos X-Men de Chris Claremont e John Byrne iluminando este canto frio e escuro com suas capas de efeitos metalizados - mais a simpática e opaca CHM: Os X-Men vol. 2 se encarregando da Uncanny X-Men #108 fujona.

Por mais esse feito, parabéns, Panini. Mas agora, numa virada gameofthronesca, me vejo obrigado a puxar-lhes as orelhas com alicate de adamantium.

Mal folheio o TPzão com cheirinho gostoso de gráfica e já alimento meu Freddy Krueger interno com toneladas daquele trauma recente que vocês me passaram.

Nãooo... de novo não...



Pensei que fosse o Dia da Marmota quando vi isso. De novo, Panini?

Ainda não conferi tudo, mas li por aí que tem mais algumas "surpresinhas" na edição.

Até entendo os argumentos defensivos de alguns editores destacando a quantificação de erros/acertos e sou mais do que compreensivo com eventuais deslizes técnicos. Ninguém é uma máquina (ainda). Pequenas merdas acontecem. Mas vamos lá...

É um material luxuoso com preço igualmente luxuoso, adquirido na raça num cenário econômico inóspito. Isso pra não falar na representatividade da obra sendo maltratada assim.

Isto posto...

...arram...

...one-two-three-four:

Porra, Panini!

(...)

Atualização 15/07:

Panini divulgou no Facebook que irá proceder a troca de A Saga da Fênix Negra e Magneto Triunfa - este, a partir de agosto - através de contato via atendimento.cliente@panini.com.br ou site.

Prepare aí um estoque extra-jumbo de paciência e corra atrás.