sábado, 1 de setembro de 2012
Electric funeral
Um apagão geral anula todas as formas de tecnologia e cria um mundo pós-apocalíptico (mais um) dominado por violentas milícias e disputas feudais. A premissa de Revolution, a nova série da NBC, não é exatamente nova, mas costuma render possibilidades interessantes. Basta lembrar do bom thriller Efeito Dominó, com a Elisabeth Shue, e suas sequências arrepiantes de tensão humana. Ou, mais implicitamente, do denso A Estrada, com Viggo Mortensen. Isso sem contar no conceito em si, impensável para os dias atuais, tão dependentes tecnológicos que estamos.
Revolution estreia em 17 de setembro e vem trazendo credenciais de primeira. É criação de Eric Kripke, que manteve Sobrenatural em boas (des)graças enquanto foi o showrunner, a produção é da inseparável dupla Bryan Burk/J.J. Abrams (tomara que os malditos flares tenham sido apagados também) e o episódio piloto será comandado por Jon Favreau.
Apesar disso, acho que não será dessa vez que veremos a miséria humana nivelada em escala global. Pelo menos é a impressão que tive a partir desta prévia. Começa muito bem, intrigante, algo desesperador, mas logo emenda num elenco de protagonistas jovens & inquietos com sorrisos de comercial de pasta de dentes. Sim, lembrei a toda hora daquela bagaceira criada por Stephenie Meyer e isso é um péssimo sinal.
Mas verei em respeito aos envolvidos no comando do espetáculo e à boa intro revelada na prévia. E também em nome de uma certa sincronicidade. Afinal, segundo Fuga de Los Angeles será em 2013 que o bom e velho Snake Plissken puxará a tomada do mundo.
"Welcome to the human race..."
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
O mundo sem tecnologia ou sem energia elétrica? Sem tecnologia eletrônica, tudo bem (basta um pulso eletromagnético para acabar com um processador), mas sem energia, ah vá! Energia é algo que pode ser criada a qualquer tempo e de infinitas maneiras. Muita furada a premissa do filme.
Complicado analisar só por esse preview, podem haver dezenas de explicações. O final do vídeo mesmo, bem spoilerento aliás, revela que a coisa pode não ser bem assim.
Eu me interessei muito... vai ser o novo Lost... :)
Cachorro, você não tá fazendo a lição de Breaking Bad, hein...
Não consigo levar muito fá nestas premissas requentadas que muitas séries têm propagado por aí. Quando assisti a Falling Skies ano passado e um pouco este ano, não havia nada que não tinha visto em outros lugares e, ao ver o final da 2a. e comecinho da 3a. temporada de Battlestar Galcatica, cheguei à conclusão de que a série produzida (!?!) por Steven Spielberg está a anos-luz de distância.
Nos últimos anos, o nome de J.J. Abrams tem aparecido frequentemente em séries que não sobrevivem ao próprio hype (Flashforward e Alcatraz vem à mente), contudo, ele tem encontrado seu lugar no cinema ultimamente e é justamente o lugar em que deveria ficar por uns tempos. Joss Whedon está conseguindo com o sucesso de Vingadores. No mais, se o falatório for positivo, talvez valha uma conferida (com um pé atrás).
A estrada é fuderoso
Parceiro, não tem um dia sequer que não deseje uma hecatombe tecnológica dessas. Principalmente com as operadoras de telefonia móvel.
Antigamente, as chamadas eram bem-vindas com os amigos-de-bar alinhando tropas. Agora com o "que-eu-quero-ser-quando-crescer" funcionando a plena carga, mais lembra uma "coleira digital" com insights ditatoriais.
Quero minha liberdade de volta. E, diabos, só tem candidato querendo ampliar e melhorar a coisa? Porra, se tivesse um cidadão que prometesse ao menos um ou dois "apagões" semanais, já tava valendo.
Com a licença do Sandro:
"Cachorro, você não tá fazendo a lição de Breaking Bad, hein...²"
Abração.
Fui.
Bom, só pra avisar que "saiu" o primeiro episódio. Quando puderem me digam o que acharam.
Já estou fazendo a lição de casa das matérias Breaking Bad, The Wire e Rubicon. É que é muita coisa pra pouco tempo, 'fessores!
Só séries finas em seu setlist. Acho que você ficará ocupado por um bom tempo. E, além do mais, Homeland está chegando, The Walking Dead está batendo na porta, e ainda é tempo de revisitar outras séries tão boas que existem por aí.
Postar um comentário