O saldo final da Black Friday foi aquele já conhecido "bom-mas-podia-ser-melhor". O assombro das primeiras vezes já passou, de lá pra cá a Amazon dominou e é o que tem pra hoje. Ainda assim, consegui aproveitar e dar baixa em várias coisas de várias listas. No setor dos quadrinhos, resolvi o que tinha pra resolver com a Salvat, botei em dia algum material da Mythos, ri das promoções nonsense da Eaglemoss e recebi há pouco o pacote da Panini - não só o último da leva, como meu último pacote de gibis do ano.
Assim espero.
Justiceiro: Valley Forge é o 4º Deluxe do Caveirão. Um calhamaço de mais de 500 páginas que finaliza o espetacular run de Garth Ennis no título (depois assumido por Gregg Hurwitz) e trazendo complementos generosos: os one-shots The Cell (2005), The Tyger (2006) e The End (2004), além da mini solo completa do inesquecível vilão Barracuda - quem acompanha o blog, sabe que eu sou fã do rapaz. Um dos quadrinhos mais extremos, densos e complexos já feitos. Obrigatório é pouco.
Tinha adorado a capa de Mulher-Gato #1, mas ainda estava na dúvida. Há tempos não leio nada realmente empolgante da gatinha - desde Um Crime Perfeito, pra ser exato. E não conheço nada do trabalho prévio da desenhista e roteirista Joëlle Jones, mas uma googlada de reconhecimento me deu um belo cartão de visitas - além do fato da moça contabilizar três indicações ao Eisner. Em que pese também a parceria com a experiente Laura Allred, resolvi conferir o que essa Selina tem.
Já estava acompanhando a nova fase do Lanterna Verde por Grant Morrison, atualmente na edição #12 lá fora. Suas ideias e conceitos são, como sempre, lisergia pura - mas dessa vez, dando um barato do bom, sem bad trips. Porém, o que me fez sair do DC (++) e colaborar com a DC (Comics) foi o traço lindamente escalafobético do brit Liam Sharp, um dos melhores parceiros que o escocês voador já teve na vida. O homem está desenhando uma barbaridade. Pra daqui a 15 anos erguer essas edições e mandar a plenos pulmões (provavelmente pro espelho): "eu comprei isso na época!"
One-Punch Man é uma das coisas mais divertidas que já li na vida, mas aí vai uma pequena mea culpa: estacionei lá pelo vol. 12 ou 13 já há um bom tempo. O roteiro miniminimalista de ONE e os traços vertiginosos de Yusuke Murata mantiveram o nível tão alto e ainda tão refrescante que cultivei uma retranquinha antes de alguma (inevitável) queda de qualidade. Mas segui pegando e vou me atualizar assim que abrir uma brecha. O que, no caso do Saitama, é trabalho pra 10-15 minutos, no máximo. One-Punch read.
Surreal receber em mãos uma nova edição da Biblioteca Don Rosa pela Panini, no mesmo formato dos volumes da Abril e do ponto onde a coleção parou. Ainda tenho lá, "O Solvente Universal" cancelado na lista de desejos da Amazon. Virou o meu "Wilson". E hoje nós dois vamos tomar todas pra comemorar. Louco é a mãe.
E seguem mais dois volumes de A Espada Selvagem de Conan - A Coleção, as aquisições que mais me dão alegria atualmente. Parece até vingança pelas ESC da Abril nunca adquiridas em tenra idade ou um acerto de contas após décadas de quadrinhos com storytelling de videoclipe e personagens sem culhões (excetuando, claro, os sacudos da Bonelli). E até é, mas também dá uma olhada nas contribuições constantes nas capas. É Roy Thomas, John Buscema, Alfredo Alcala, Dick Giordano, Tony DeZuñiga e toda a sorte de demônios picto-filipinos com o fogo do inferno ebulindo a tinta de seus nanquins. Até o Necronomicon morre de inveja dessa coleção. Puta que o pariu.
Por enquanto é só, pessoal. E antes que eu me esqueça...
Senhor, agradeço por esse material que irei devorar assim que tirar do plástico. Em nome do Stan, do Kirby, do Steve Ditko, amém.
2 comentários:
Só coisa fina. Boas leituras.
E já em clima de final de ano, boas festas e etc e tal
Obrigado por vários textos divertidos ao longo de 2019 e que venha 2020!
Valeu, Vinícius!
Boas festas e etc e tal².
Que venha 2020 com um mundo pelo menos mais bem-humorado, né. O resto a gente corre atrás.
Abraços!
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