quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A companhia dos lobos

"Série de ficção científica dramática sobre andróides criando crianças humanas em uma colônia nos confins do espaço..."

– Hm, ok. Vou por na lista.

"...co-criada por Ridley Scott para a HBO Max."

– Caraaaaa....


Raised by Wolves é projeto conjunto da (Ridley) Scott Free Productions com o Turner's Studio T e a Madhouse Entertainment. O cineasta também é um dos produtores executivos e assina a direção dos dois primeiros episódios.

Na trama, um casal de andróides cria crianças humanas num planeta misterioso e recém-colonizado. Com as colônias divididas por diferenças religiosas, os andróides aprendem que lidar com os diversos aspectos das crenças humanas pode ser uma tarefa traiçoeira e complexa. O roteiro é de Aaron Guzikowski, do ótimo Os Suspeitos (2013).

A dinamarquesa Amanda Collin interpreta a gynoid Mother (entendi a referência!) e Abubakar Salim interpreta o andróide Father. Mas provavelmente o rosto mais conhecido do elenco é Travis Fimmel, o Ragnar da série Vikings, aqui no papel de Marcus.

Visualmente, o padrão Ridley Scott de imagética sci-fi não decepciona. Claro, os créditos são todos da equipe que trabalha para reeditar a consagrada identidade visual do homem – mas, no final das contas, é ele quem aprova ou não o resultado final. Então... está lá o sugestivo mix de Blade Runner e até dos Alien erigindo o pano de fundo.

Ah, e Prometheus. Afinal, há uma boa chance da religião ser novamente hackeada numa produção de Ridley Scott. Será que dessa vez ele vai deixar o roteirista nos mostrar até onde vai a toca do coelho?

Estreia em 3 de setembro.

7 comentários:

Marcelo Andrade disse...

Salve Dogma....separei as pipocas...promete!

Chico disse...

caralho!

Vinícius Hax disse...

A premissa parece interessante mas depois de Prometheus (que não cumprius como diria o saudoso Mussum) não espero muito daí não.

doggma disse...

Pra mim Prometheus cumpriu, rs. Aliás, é um dos meus filmes prediletos pós-milênio. Ao meu ver, foi muito além de um mero prequel para Alien. Adoro o modo como chuta o balde no debate Evolucionismo X Criacionismo, ainda proeminente nos dias atuais, por incrível que pareça. E vindo de uma produção dos EUA, com redutos extremamente conservadores/dogmáticos nesta questão.

Pena que em "Alien: Covenant", o Scott preferiu descontinuar a parada toda.

Vinícius Hax disse...

Eu já notei que muita gente curtiu Prometheus. Acho válido, a premissa é muito boa mesmo. Lembro que pirei quando vi o trailer.

No meu caso porém, talvez eu tenha esperado muito. As idiotices dos cientistas rompem o meu senso de imersão e também aquela cena do alienígena matar o velho meio sem explicação também me deixa meio pensando "pra que tudo isso no final?".

Já vi algumas cenas que foram cortadas que melhoram um pouco a morte do velho mas o fato é que elas não foram parar na edição final sabe-se lá o porquê.

Enfim, em meio à reboots, prequels e sequels (que quase ninguém pediu) essa série merece o benefício da dúvida pela originalidade pelo menos.

Abraço!

doggma disse...

De fato, algumas vezes a pesquisa de campo dos cientistas parece na base do chutômetro, rs. Mas dou um desconto pelo fato da verdadeira agenda da missão ser bem outra - o véio Weyland tentando enganar a morte, o que, tragicamente, o aproxima do replicante Roy Batty, de Blade Runner.

Tenho uma caçambada de teorias sobre o que levou o Engenheiro a chacinar todos ali. Pelo que David falou ("antes de criar, é preciso destruir"), a colonização da Terra era uma missão top-prioritária que deveria ter sido concluída há eras - e que, agora ele saberia, nunca aconteceu devido ao acidente que ceifou seus camaradas.

Ver "bastardos" humanos ali, evoluídos, já na fase de Era Espacial e ainda buscando por imortalidade, era a visão de um fracasso milenar que pode ter condenado seu próprio povo.

Me lembra até a história "Sono Milenar", de Super-Homem #26.

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/super-homem-1-serie-n-26/sh00301/8219

Uma das histórias mais trágicas e tristes que já li!

Mas vai saber. Certamente era uma história que o Spaihts e o Lindelof contariam na sequência. Mas agora nunca mais...

Abração!

Vinícius Hax disse...

Pô, valeu pela dica. Vou atrás dessa história. Abração!