sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Always Look on the Bright Side of Life


Chegamos ao mid-season de The Walking Dead e até aqui a série segue firme numa agenda à parte dos quadrinhos. Alterações nas subtramas e nos perfis dos personagens, mortes inesperadas ou fora da ordem original são tão parte do cenário quanto o núcleo protagonista de sobreviventes. Ou os zumbis. Para os leitores da saga de Robert Kirkman é um deleite manter a postura de mestre do jogo ao mesmo tempo em que se surpreende (positivamente ou não) com as novidades que pipocam pelo monitor.

Mas mesmo com o grau de imprevisibilidade acima da média, o desvínculo nunca chega a ser total: na prática, é quase uma versão "Terra-2" da HQ, uma realidade alternativa onde a ordem dos fatores é diferente, mas os resultados quase sempre são os mesmos. Não tão impactantes, como já era previsto, mas invariavelmente tétricos. Neste sentido, a atual fase conduzida por Glen Mazzara foi categórica. O inferno são os outros. E nós também.

A première foi arrasadora, tanto em termos dramáticos quanto no broadcasting. Escrito pelo próprio Mazzara (que aqui mantém diligentemente o ótimo nível de seus roteiros para a série) e dirigido por Ernest Dickerson (do bom Sobrevivendo ao Jogo e do péssimo Bones, com Snoop Dogg), o episódio da volta foi eletrizante, recheado de gore e zombie-action generoso. E ainda reservou cenas surpreendentes, como a solução encontrada por Rick (Andrew Lincoln) para salvar Hershel (Scott Wilson) da infecção fatal - o que, na perspectiva dos leitores da HQ, representou uma interessante fusão de Hershel com Dale, finado na telessérie, mas ainda bem vivo na revista até aquele ponto. Se o amálgama continuar, dias ainda mais negros virão para o bom velhinho...

A única ressalva fica mesmo na ótima sequência de abertura com os protagonistas se esgueirando pela estrada em busca de abrigo. Ao mesmo tempo em que eu finalmente recebia da série o retrato da mais pura miséria humana há muito ansiado, me emputeci decepcionei deveras num momento que quase pôs tudo a perder: a cena em que Carl descobre uma lata fechada de comida para cães, cujo consumo é prontamente vetado por Rick em nome da dignidade.

Bola fora.

Já vimos um rato a caminho da grelha em Exterminador do Futuro e um saboroso ratoburguer em O Demolidor, mas nem é preciso ir tão longe. De cara, lembro de dois worst case scenarios onde um enlatado para caninos até caiu bem mediante as circunstâncias.

O primeiro é óbvio.


O segundo, precursor na iguaria, Digby - O Maior Cão do Mundo, figurinha fácil na Sessão da Tarde safra anos 80.


Diacho, até eu sinto vontade de dar umas garfadas nas latinhas de patê de frango do meu cachorro. Mas tenho medo de gostar, comer tudo e deixar o totó a ver navios!

Resumindo, o valor nutricional daquela lata só não era mais importante do que seu valor metafórico. Ao ser descartada foi negado aos personagens o rito de passagem para aceitação daquela nova e terrível realidade, acorrentando-os por mais algum tempo à ilusão de um american way of life ainda intacto.

De qualquer forma, duvido muito que Daryl deixou aquela latinha por lá dando sopa...

No capítulo seguinte, veio o tenso embate entre o grupo de Rick e os "residentes" da prisão. Mais lances imprevisíveis e violentos deram uma noção mais clara de que a telessérie seguia por uma marginal paralela à da revista. Particularmente esclarecedora foi a cena em que Rick impede o início de uma rebelião com uma singela facãozada na cabeça do detento Tomas - um hispânico agressivo e genérico, ocupando o lugar que no gibi era do enigmático e assustador nigga Dex. Curto e grosso, nosso herói aqui há muito já não se prende em dilemas éticos, embora o mesmo não se possa dizer dos morais.

O episódio foi revelador também quanto ao planejamento e à cadência do plot da prisão. Aquele crescendo sufocante de tensão que residia na HQ, intercalado com momentos de alívio cômico e/ou triviais, na TV virou um trem desgovernado indo direto para a 666ª estação do inferno. Os planos de limpeza, contenção e humanização do lugar, mais as ambições de Hershel em aplicar ali seus conhecimentos agrícolas foram sumariamente ignorados. Estratégia questionável, afinal, não deixou quase nenhuma esperança para ser cruelmente despedaçada mais adiante. Desde o início o lugar era só dor e amargura.

Por algum motivo, The Walking Dead live-action não faz joguinhos com os brios do espectador. Não lança mão de sutilezas, tampouco alimenta falsas expectativas. Talvez o formato não comporte isso, talvez algo simplesmente tenha se perdido na transição. Ou talvez fosse perverso demais.

O curioso é que esse arranque em ritmo grindcore não prossegue onde ele era mais aguardado: Woodbury, a comunidade liderada pelo infame Governador.


Apresentado bucolicamente no 3º episódio, o Governador e sua pacata cidadezinha recebem Andrea (Laurie Holden) e Michonne (Danai Gurira), recém-capturadas pelo redivivo Merle Dixon (Michael Rooker) - que, afinal, não era o Governador, veja só (embora ache difícil crer que Frank Darabont não tenha considerado isso seriamente em seu run). Aqui o Governador - ou Phillip! - é retratado como um líder zeloso por sua comunidade e pelo espírito de coletividade que cultiva ali. Chega a policiar suas atitudes e discursos em público para sempre passar uma mensagem positiva aos habitantes. Mesmo os eventos de vale-tudo-com-zumbis à noitinha são seguros e têm lá seu aspecto de entretenimento society.

O Governador tem uma bela foto com a esposa e a filha na sala de estar. Orador talentoso, tem até uma boa justificativa para a TV LZD ligada 24/7 em sua suíte particular. Também não é chegado em nenhuma estripulia sexual envolvendo crianças ou cadáveres ou os dois ao mesmo tempo.

Fosse eu o responsável pelo casting da série, minha 1ª, 2ª e 3ª opções para o papel do Governador seria John Hawkes, John Hawkes e John Hawkes. Se Inverno da Alma é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, em grande parte é por causa "daquilo" que ele fez lá. Isso sem falar da oportuna semelhança física com o vilão. Contudo, o inglês David Morrissey desempenha seu trabalho com inegável competência. Só não é o mesmo personagem da HQ.

Seu Governador é um figurão classudo, austero, sedutor. Por meros detalhes, Phillip (may I?) não ganha a carteirinha oficial do bom samaritano. Um deles foi o massacre de um grupo de soldados (espertamente ligados ao gancho do helicóptero). Sem maiores aprofundamentos, foi o mais próximo que a série chegou de um dos pilares da sociedade pré-apocalipse. Uma pena. Seria interessante saber se ainda existem mais equipes militares operando isoladamente por aí ou mesmo algum resquício agonizante do antigo governo.

Na sequência veio "Killer Within", o episódio mais marcante dessa meia-temporada. Se por um lado certamente deixou os espectadores incautos com os nervos a mil, por outro fulminou os veteranos em TWD com uma série de sentimentos conflitantes. Foi um episódio poderoso, excepcionalmente visceral para uma série de TV. Sem precedentes mesmo. O problema é que a catalisadora da maior parte desses sentimentos foi a sra. Rick Grimes, Lori (Sarah Wayne Callies). Ao lado do Governador, ela era a personagem-chave para a pergunta que tanto nos atormentou até aqui: será tão punk quanto foi nos quadrinhos?

A reposta, logicamente, não.

Por mais brutal que tenha sido, foi apenas uma saída politicamente correta para um material muito mais extremo. Para efeito de perspectiva, nos quadrinhos Lori e sua bebê recém-nascida protagonizaram nada menos que o clímax do arco da prisão e do Governador. Quem leu a fatídica edição #48 nunca esquecerá aquela aterradora splash page, até porque já está irreversivelmente fundida ao córtex. E seus piores pesadelos terão a gloriosa arte-final do Charlie Adlard.

Em que pese também a precocidade daquilo em relação à cronologia da revista, sacrificando: 1) a construção em médio/longo prazo de uma atmosfera de apreensão relacionada à gravidez de altíssimo risco da personagem; e 2) a posterior desconstrução da esperança em um futuro melhor que ela e sua filhinha recém-nascida despertariam em Rick e no grupo. Nada feito.

Fica pra próxima.

Mas em meio às baixas e ao caos provocado por sabotagens e pela invasão de mortos-vivos, tivemos um bônus a ser comemorado efusivamente!



T-Dog (IronE Singleton) foi um dos presuntos mais escorregadios de toda a longa antologia do horror. Foi um valoroso oponente, mas finalmente se rendeu ao cartão de identificação amarrado no dedão de seu pé desde sua 1ª aparição. Pelo bom jogo que proporcionou, ganhou umas honrarias na saída: teve mais diálogos e motivações relevantes neste único capítulo do que em todas as temporadas juntas.

Mais ainda, se despediu como um herói, o ex-gangsta.


Na dúvida se seria "my friend" ou...

Lembranças ao Tupac!

Se a saideira de Lori foi bastante suavizada, coube a Carl (um Chandler Riggs imerso) dar um ponto final àquela via crucis, num momento genuinamente perturbador. O episódio termina com Rick em choque, perdendo seus últimos fusíveis que ainda prestavam.


Durante os dois capítulos seguintes, Michonne e Andrea divergem suas opiniões a respeito do Governador e seguem caminhos separados. Na prisão, enquanto o grupo está enterrando seus mortos e providenciando os cuidados para a filha ainda sem nome de Lori, Rick mergulha numa bad trip aparentemente sem volta. Por sorte, calhou de ter ali uma válvula de escape perfeita que ele jamais teria num mundo civilizado: uma prisão cavernosa com corredores lotados de mortos-vivos. Ele então perpetra um zumbicídio generalizado, quase liquefazendo Glenn (Steven Yeun) no processo. Em certa altura daquele cenário de horror triste e degradante acontece uma sequência em que não me contive nas gargalhadas: Rick entrando na sala da caldeira onde estava o corpo de Lori, seguindo uma trilha ensaguentada que termina num zumbi gorducho fazendo a siesta após uma lauta refeição! Cruel, eu sei. Sou desprezível.

Após uma rápida catarse em que pensei que Rick abriria o bucho do desmorto glutão e abraçaria aos prantos os restos semi-digeridos de sua consorte, se inicia o plot do telefone. Que eu, particularmente, considerei uma boa sacada de narrativa da HQ, servindo para ilustrar em breves quadrinhos o fuzuê psicológico a que Rick foi submetido desde que o Governador e a prisão passaram por sua vida. Mas também sei que não teve o mesmo apelo para vários leitores, cujos argumentos contrários são igualmente pertinentes. Seja como for, a subtrama foi comprimida entre um episódio e outro, limitada a uma ponte en passant que serviu para pontuar aquele acesso de fúria e trazer Rick de volta à Terra e ao posto de pai e líder do bando.

Com os demônios de Rick de volta à garrafa, a série finalmente começa a se alinhar (um pouco) com a trama original. Não por acaso é onde começa a ficar mais empolgante no sentido do dramático da coisa, com Glenn e Maggie (a linda Lauren Cohan) encontrando Merle enquanto este estava à caça de Michonne. O desfecho previsível (os pombinhos sendo subjulgados pelo caipira putardo) serviu para Michonne finalmente bater aos portões da prisão e encontrar Rick e seu grupo. Numa cena visualmente bacanuda, diga-se.

Coberta de sangue e vísceras apodrecidas, a katana-girl caminhou lentamente entre vários zumbis até o alambrado sob o olhar surpreso de Rick. Não teve o mesmo impacto que chegar lá com dois mortos-vivos acorrentados, sem os braços e sem os maxilares, mas foi uma entrada triunfal mesmo assim.


A reta final da meia-temporada foi centrada em Michonne voltando à Woodbury com Rick, Daryl (Norman Reedus) e o ex-detento (e ex-guarda-costas do Wayne Gretzky) Oscar. Eles, com o objetivo de resgatar Maggie e Glenn. Ela, querendo a cabeça do Governador-Phillip. Inexplicavelmente, Michonne não chega a mencionar que tanto Andrea quanto Merle estariam por lá também. Mais estranho ainda é sua atitude de voltar àquele lugar apenas pra se vingar do Governador, quando o normal seria ter simplesmente continuado sua fuga pra longe dali. Soou como maluquice da personagem ou uma tremenda forçada de barra do roteiro, mas a verdade é que representou mais um problema causado pela suavização do material dos quadrinhos.

No original, Michonne é presa, torturada e violentada por dias a fio pelo Governador. O ódio que a movia suplantava qualquer bom-senso e instinto de autopreservação. Sua motivação havia se transformado numa força da natureza. O mesmo não acontece com a Michonne da TV, onde está entregue a uma sede de vingança sem embasamento suficiente e no mínimo exagerada. E infelizmente, em descompasso com a impressionante personificação de Gurira, que eu juraria que não só leu a HQ como submergiu por lá e nunca mais voltou.

Em meio à ação, uma nova trama paralela tem início, com Tyreese (Chad Coleman, de The Wire), sua filha e mais três pessoas aportando na prisão. Finalmente, o Tyreese deu as caras! Um dos personagens mais marcantes da HQ não podia ficar de fora, mesmo que tarde demais para qualquer coisa que lembre sua trajetória no original. Resta torcer para que os planos reservados para ele tenham ao menos a metade daquela qualidade.

Na conclusão, um cliffhanger também problemático, com o Governador-Phillip, já caolho, tirando da cartola uma rinha entre os irmãos Daryl e Merle, a quem acusa de traição. Hã? A menos que isso sinalize um princípio de incêndio que culminará num Governador quase tão doidão quanto o dos quadrinhos, soa como um twist (mal-) encaixado às pressas.

The Walking Dead segue indomável para os leitores e, a julgar pelos ratings, cada vez mais atraente para o público médio. Merecido. Uma das melhores características dessa adaptação é não se importar em agradar ninguém. E isso também é marca registrada dos escritos de Robert Kirkman.

Afinal, nada melhor do que a espetacular cena de Glenn amarrado e lutando contra um zumbi como terapia para aquela atordoante edição #100...

6 comentários:

Paulo Bala disse...

Ótimo texto, como sempre. Mas meu sonho de consumo era ver o famigerado e completamente sem graça T-Dog ser destroçado pelo Merle...

Luwig disse...

Na boa? O Frank Darabont não só teria deixado o Carl comer aquela latinha de Alpo, como teria providenciado também para que compartilhasse com o restante da matilha. Afinal, ele tem um 'Nevoeiro' nas costas e aquilo, meu amigo, é o suprassumo da degradação de um bípede.

Pois é, velho, as sucessivas adaptações nas minúcias do original estão começando a cobrar seu real preço. Na minha ótica distópica, a carência de substância na treta entre Michonne e o Governador só não é pior do que estão fazendo com a Andrea. Essa sim se perdeu legal, porque foi efetivamente na prisão que a personagem ganhou os contornos tridimensionais que sustentam até hoje quem ela é nos quadrinhos.

Mas TWD parece que será definitivamente o 'Lost' dessa década, só espero que não se "perca" como a outra, porque independentemente dos pudores gráficos e ideológicos que podam o grafismo das melhore passagens do original, ainda assim essa temporada vem se mostrando muito superior as outras. Só espero que o run na prisão não seja abreviado nos próximos 8 capítulos, e deixe de fora os muitos enredos criados naquela fase.

Migrando para os quadrinhos... de embrulhar o estômago a face do Carl, hã? E o Negan? Me parece que ele é uma espécie de fusão política entre o Governador da "velha guarda" e o "Philip" das telinhas com um plus survivor a la Mad Max/Fuga de NY. O que acha? Tô gostando dele, gente boa demais!

Abração.

Luiz André disse...

O que é a empolgação quando se passa meses a busca de episódios que consigam, de certa forma, reproduzir o clima das HQs? Como foi dito, esta é a realidade alternativa ou aquela forma de realidade que tem um elemento específico alterado, mas que tenta a todo custo voltar aos acontecimentos da realidade original. Em comparação à segunda temporada, foi bem melhor, principalmente depois que os problemas dos bastidores foram resolvidos - o que daria margem para uma outra série de acontecimentos se Frank Darabont tivesse ficado. Por outro lado - e aqui estou replicando uma ideia lida em um dos reviews da série - todos estes episódios da 3a. temporada soam mais como uma preparação para o que vai vir (ou pode vir) a ocorrer na série, sendo o embate turma da prisão x turma de Woodbury o que realmente está em jogo. Eis a expectativa aliada à empolgação, o que, se não for bem elaborada, resulta em frustração e repúdio.

P.S.: Não cheguei a esta parte na HQ (e desde já, perdoem minha indiscrição), mas há algum indício de que Michonne seja gay? Só isto me faz pensar em toda a birra dela com o Governador nesta temporada. Se fosse a Maggie (e aqui parece que houve uma adaptação que atinge outro personagem), poderia ter uma justificativa melhor.

P.P.S.: Valeu pelo texto. Pequenas e grandes análises fundamentando-se nos detalhes que compõem o todo. Que tal uma lista dos melhores e piores do ano? Breves comentários e, nós, leitores acrescentamos uma ideia a parte.

doggma disse...

Paulo: eu também queria muito ver isso, mas fiquei bem satisfeito com o que rolou, rs. Assim o Merle pode se concentrar em outras coisas mais importantes, como arrancar um bifinho do Rick, por exemplo.

Luwig, nem faço ideia de como se dará o restante desse arco na prisão, se será comprimido ou não, se a prisão vai cair mesmo, etc. E com aquela bebê ali ainda por cima...

Luiz, tomara mesmo que aconteça o que você está projetando aí. Se tudo o que rolou até for um build up pra algo ainda mais cataclísmico, a série vai subir muito no meu conceito.

Sobre a Michonne, na HQ ela não é lésbica não. Um daqueles zumbis de estimação era até o namorado da moça.

Quanto ao melhores do ano, tentarei mais uma vez montar uma lista antes de junho do ano que vem. São Romero me ajude.

samurai disse...

Excelente texto. Li algumas coisas da HQ, mas acho muito boa a serie, não gostei muito do governor,mas no computo geral gosto muito, alias parece que agora essas series (twd, homeland) cada capitulo encerra com um cliffhanger.
Espero que no melhores do Ano esteja incluido o q de melhor aconteceu em termos de som.
Abraços

Anônimo disse...

Fala Doggma,

Perfeito post... também não gosto muito desse Governador... e isso acabou prejudicando sua luta com a Michonne, já que se perdeu a motivação das hq´s. Por falar em hq´s o que foi aquela edição #100?!

Meu problema foi começar a ler agora as hq´s... em tres semanas, alcancei a cronologia atual... e agora é tenho que esperar UM MÊS pela nova edição...

Grande abraço amigo!