Dia dos Namorados, sensibilidade à flor da pele derretida num tanque de lixo tóxico.
A cena inesquecível do hit romântico oitentista RoboCop (1987) é daquelas tão marcantes que deixam qualquer ator inexoravelmente... hã, fundido a elas. E o caso em questão foi mesmo um marco na carreira de Paul McCrane.
Ele ainda foi presença constante em vários filmes e séries - inclusive com um personagem, digamos, muito íntimo do saudoso Jack Bauer. Mas para toda uma geração, não teve jeito: McCrane era o melting-man que fez a molecada em peso comprar ao menos mais uns oito ingressos para rever a cena no cinema.
Agora, antes disso, quem diria, ele gozava de um grande sucesso - no Brasil inclusive - como crooner de banquinho-e-violão.
Tudo graças ao mela-cueca "Is It Ok If I Call You Mine?", uma das três canções que compôs para Fama (1980), de Alan Parker, onde também atuou.
Em terras tupiniquins, a música ficou muito popular após virar trilha de um bucólico comercial de jeans.
Quem tem menos de 35 anos não lembra disso porque estava sendo concebido ao som dessa música.
Em 2011, McCrane fez uma pequena rendição a esse passado pré-Vingador Tóxico na série Harry's Law (A Lei de Harry).
Confesso, foi de arrepiar em qualquer baile da saudade.
Ah, meus 25 anos.
Mas revendo esses dias Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) em busca de inconsistências e graves descaracterizações, em vão, tive um déjà vu que já havia sentido desde a 1ª vez que assisti ao filme no cinema.
A única mulher a figurar no conselho de segurança ultrassecreto do filme já havia aparecido em Os Vingadores (2012) e fez alguns sinos tocarem por aqui sempre que aparecia. Seja na forma de holograma, ao lado do Charles Widmore ou chutando rabos até se revelar como a Viúva-Natasha-Negra.
Eventualmente venci a inércia, puxei a ficha da meliante e minha vida mudou.
Jenny Agutter era uma das minhas paixonites de cinema dos anos oitenta... aliás, "paixonite" é estepe pra "crush", um termo que soa muito melhor, porém com perda total na tradução. Ser esmagado por algo é a última coisa que penso nessas horas, mas voltando ao assunto...
Jenny fez a doce e altruísta enfermeira Alex no filme Um Lobisomem Americano em Londres (1981). E que se apaixonou pelo próprio e com ele protagonizou aquele final...
Che bella.
Rapaz, como o tempo voa.
4 comentários:
Lindo esse fluxo de pensamentos, e mais linda a frequência dos posts.
AGORA, quando a minha paixonite: Elizabeth Shue em Uma Noite de Aventuras e a Sloane, namorada do Ferris.
Esse post meio que acabou comigo!
:)
Como eu sempre fui mais sem-vergonha, minhas "paixonites" eram a Sylvia Kristel e a Bo Derek.
Não têm um episódio do Arquivo X, que o Paul McCrane se alimenta de câncer?
Rapaz, olha que coisa. Segunda feira, num ataque de saudosismo aleatório, assisti a este clássico lobisomesco oitentista. Quem diria.
Do Vale, Shue e Sloane são hors-concours. A Shue ainda foi mais... "generosa" no filme "Cocktail". Já Mia Sara (que ainda bate um bolão), digamos que se houvesse um Illuminati das girls-next-door dos anos 80, ela seria a mastermind. Depois dá um bico no perfil que a Wired fez da Sloane:
http://www.wired.com/2016/06/ferris-buellers-day-off-characters-ranked-coolness/
Outras notáveis do Hall of Fame:
Helen Slater (Supergirl/Billie Jean);
Daphne Zuniga (Garota Sinal Verde);
Phoebe Cates (Picardias Estudantis/Gremlins);
Sherilyn Fenn (Twin Peaks/http://blackzombie.blogspot.com.br/2007/05/operao-resgate-edio-split-connelly_25.html);
Jenny Wright (http://blackzombie.blogspot.com.br/2010/04/i-wanna-do-real-bad-things-with-you.html);
Lori Loughlin (Admiradora Secreta);
Traci Lind (A Hora do Espanto 2);
Kristy Swanson (Ferris/A Maldição de Samantha/Buffy original)
Luiz, Kristel e Derek (e Tanya Roberts, Shannon Tweed, a deusa Nastassja Kinski...) frequentaram muito a faixa proibidona das madrugas da Band. Bons tempos, rs...
E bem lembrado o ep. de Arquivo X com o McCrane. É da 4ª temporada, se não me engano. Vou separar esse disquinho no box pra rever.
E aí, Marlony! Não sei você, mas acho essas coincidências pontuais muito intrigantes. Nesse caso específico dá pra jogar tudo na conta do 35º aniversário do ano dos lobisomens no cinema (Grito de Horror-Lobos-Lobisomem Americano). Nunca igualado, cá entre nós.
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