Dennis J. O'Neil
(1939 - 2020)
Impossível resumir a importância de Dennis O'Neil – ou "Sergius O'Shaughnessy" – nos comics dos últimos 45 anos. Muito mais fácil resumir sua importância em nossas vidas. Ele já era publicado por aqui pelo menos desde o final dos anos 1960 e, num microcosmo de uma microsituação, desde os primeiros gibis que li na vida.
Foi ele quem criou a 1ª fagulha de consciência social em minha alienada cabecinha fã de "crunchs!" e "pows!" com sua inesquecível fase do Lanterna Verde & Arqueiro Verde ao lado do genial Neal Adams, lançada aqui na saudosa Superamigos. "Inesquecível", aliás, é um pleonasmo: pra mim, ainda é releitura sazonal e estupidamente atual.
E teve a revolucionária e influente incursão no Batman. E a fantástica carreira como editor – graças a ele, o jovem Frank Miller ganhou total controle sobre o Demolidor, livrando o herói da obscuridade certa. E o Questão, que, elevado a um novo patamar, tornou essencial a série Os Caçadores, da Abril.
São apenas alguns highlights. O melhor run de O'Neil foi, sem dúvida, sua brilhante vida dedicada aos quadrinhos. Uma impecável lição de amor à arte.
3 comentários:
Esse Dennis, soube "apimentar" como ninguém os quadrinhos.
Abs,
VAM!
Complicado citar algo em especial....o cara mandava bem e n era pouco!! Que fique seus registros como prova! Brigadão Dennis!
Meu coração quiróptero tá enlutado. Conheci o duo O'Neil e Adams via Coleção Invictus. Três números. Um deles, de 1993, foi o clássico embate de cimirarras no deserto entre um descamisado Batman contra o Ra's. Parecia um fumetti, formatinho à moda Tex e P&B. Aquilo é o puro creme do milho, tanto no texto quanto na arte. Fazendo uma triagem aqui, foram apenas 12 edições com os dois trabalhando juntos, mas parece bem mais... porque foram eternizadas. Grande Sergius. Grande.
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