Rita Lee Jones de Carvalho
(1947 - 2023)
Não foi exatamente uma surpresa, mas o choque... ah, esse foi inevitável.
Rita Lee é uma figura tão arraigada na vida da minha geração, que é difícil conceber que ela não estará mais aqui, fisicamente, na vanguarda contra a caretice estabelecida. Essa ficha vai demorar a cair. Quiçá, nunca. Mas a arte, como dizem, é eterna. E a Rita tratou de providenciar isso desde seus anos no grupo Os Mutantes.
Conheci a Rita na fase pop açucarado, pós-Tutti Frutti, ao lado do marido Roberto de Carvalho. Na época, era um moleque e fiquei nada menos que arrebatado pela imagem da mulher mais sexy e cool que já tinha visto na vida.
Mulher não, deusa. Do rock, do pop, o que seja. Mas deusa.
No tempo certo e nas circunstâncias certas, fui conhecendo a obra completa. E os shows. A sagacidade. O humor. As tiradas. E o ativismo. Rita Lee iria me acompanhar por muito tempo ainda. Chuto, de voleio, que para sempre.
Obrigado por tudo, Rita Lee!
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