Melhores de 2008 outrora em produção e eu ouvindo o Chinese Democracy pela terceira vez nesta vida. Não é um disco ruim, tampouco justifica a demora e é, de longe, o registro mais bizarro do grande cetáceo do rock. Minha política em relação aos gunners é de "não-intervenção": tanto acho hilário o tom inflamável das críticas (algumas, antológicas!) quanto dignos de surra os que consideram o grupo a redenção definitiva do rock & roll. Ah, porra... vão ouvir Thin Lizzy, caralho. The Who. Bad Company. Led, Rainbow! Até o Foghat foi melhor.
Mas dessa os roses saem ilesos, já que sempre foram os primeiros a admitir que estavam à sombra de gigantes. Caso contrário, mereceriam mesmo todas as tomatadas. Além do mais, qualquer banda que escreva uma sonzeira como "The Garden" e ainda tenha moral o suficiente para invocar o vozeirão cavernoso do fuckin' Alice Cooper, tem direito a crédito extra. Isso me chama a atenção para o que realmente há de errado com a banda - os fãs. Ah, esses malditos.
Mas então. Enquanto tentava entender um pouco do disco novo (impossível), curtia uma versão bem melhor do Axl Rose: a da história "Stage Coach", da série White Trash de Gordon Rennie e do saudoso Martin Emond (R.I.P.!). Publicada na Heavy Metal #142 (janeiro/1993), é algo raro de encontrar, é bem possível que seja inédita por aqui. Se saiu, é quase certo que foi pela Heavy Metal Brasil ou pela Animal.
Na história, Axl, então um jovem white trash, sai de algum trailer nos cafundós de Indiana com destino a Los Angeles, a terra prometida do hard rock oitentista. Durante o trajeto, uma gangue de motoqueiros headbangers, talvez prevendo a praga mundial que seriam os GN'R, ataca o ônibus do rapaz e tenta matá-lo a todo custo.
Tão divertido quanto parece!
No link (em inglês) >>
White Trash: Stage Coach
E Chinese Democracy não constaria no Melhores '08. Processo arquivado.
6 comentários:
Putz... falar de chinese democracy ... mesmo que o disco fosse do mesmo calibre do Dark Side Of The Moon ou Physical Graffiti apenas pra citar alguns...muita gente ia torcer o nariz.
Nao sei se eh um Disco do Guns..mas tambem acho que nao eh um disco só do Axel...eh soh ver o line-up.
E diferente dos outros discos do Guns... Aqui nao tem musicas individuais... tipo aquelas feitas pra detonar. O disco(?) funciona melhor como um todo.
No geral..achei um bom disco :)
Abraços
Alessandro
Bem colocado. Mas se não tá tanto pra Axl solo, tá bem longe dos tempos do Appetite - esse sim, antológico.
"mesmo que o disco fosse do mesmo calibre do Dark Side Of The Moon ou Physical Graffiti"
...clássicos que não levaram nem 0,5% do tempo de estúdio que o Democracy levou. Foi aí que o Axl se queimou pra valer. Me lembra até o Renato Gaúcho falando que ia brincar no campeonato brasileiro. :)
Pois eh.. muito tempo mesmo. ( 13 ou 17 anos? ).
Talvez se tivesse aparecido ali por 2000-2002 o aceite da bolacha poderia ser outro :)
Mais aih...a LDU não seria o campeão da libertadores... :)
caraca, fico um tempo sem acessar o black zombie e de repenete, pow! uma pencade posts novos, rsrsrsrs
bom, por coincidência eu acabei citando o Chinese Democaracy no meu bloggao falar do disco novo do RevCo antes de ler teu texto. E concordo com o que você disse.
Esse HQ eu lembro que saiu uma citação na Bizz pra lá de uns 15 anos atrás e até hoje fico curioso de lera história completa, hehehehe...
abração!
Fala Kalunga! Foi dessa Bizz que eu conheci a hq também. Mas como não existia Google na época, tive de esperar, heheh...
Eu sou um Maldito Fã de Guns, mas da banda que morreu. Axel Rose & seus amigos, não é lá muito legal. Eu que curti Guns, Nirvana, Pearl Jam, e quando estas bandas encontraram seu inevitável limbo, só me restou amor ao Pink Floyd até morte, e o mais perto que cheguei da banda, foi ir no show do Roger Waters, na Apoteose. Eu citei o Nirvana, uma coisa engraçada foi a declarção do Gene Simons dizendo que o grunge matou o rock, pois a pessoa escutava o som e achava o máximo, mas quando ia aos shows via no palco aquele cara que estava catando comida no lixo dele. E segundo o linguarudo, foi isso que aproximou a garotada do rap com suas correntes, carrões e gostosas. Como diria uma humorista aí: "Só gramour". Viva o imortal Bob Dylan, o rock morreu, mas ele não.
PAZ
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