terça-feira, 23 de março de 2010
CPI da CTU
Spoilers de 24 s08
Nem terroristas, nem intel, nem tecnologia: o maior problema da CTU sempre foi a improbidade administrativa. É assim desde a primeira temporada, naquele fatídico ano de 2001. Mesmo agora, nessa nova encarnação da agência, o problema persiste. Impressionante como não inventaram ainda um modo de escanear até o último neurônio de seus empregados. Após o caminhão desgovernado chamado Nina Myers, isso deveria ser obrigatório pra quem prestasse concurso para atuar lá. No 13º episódio da oitava temporada, mais um ciclo de traição e jogo duplo se inicia, o que já virou até tradição na série - junto com outras convenções que também deram as caras ontem à noite.
A primeira delas: o agente Owen. Quem é veterano de 24 sabe que ele pertencia ao vasto núcleo perecível da série. Mas até que tive alguma esperança em relação ao garoto. Seria curioso vê-lo vivo no último episódio, superando as expectativas e sobrevivendo após um dia inteiro na companhia de Jack Bauer. Conseguiu aguentar algumas horas. Considerando tudo, nada mal para um novato.
E até agora, nada de destravarem o chefão escondido da temporada. Apenas subchefes encabeçados pelo terrorista Samir Mehran. Que fez história na série, num senhor 12º episódio: nukeou a CTU com um P.E.M. - como ninguém pensou nisso antes? E também corrompeu seu staff interno com um agente infiltrado.
Dana Walsh/Jenny Scott até semana passada era uma analista sênior talentosa com um passado problemático. A traição em si não foi exatamente uma surpresa. Surpresa maior foi ter vindo dela, sempre com uma postura passiva ao extremo diante dos contratempos - particularmente nos últimos episódios, com um sabujo sociopata em seu encalço (o oficial de condicional Bill Prady). Dessa vez, a loira resolveu no braço. E ainda deve armar para a minha querida Chloe mais pra frente.
Já disse e repito, não trabalharia na CTU nem se me pagassem em euro. Hmm... meio-expediente, talvez.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Coincidência, acabei de ver o episódio e ao ver meu GReader, tem essa postagem.
O maior problema da CTU é que atacam a sede operacional, sempre.
Bem que fazem, porque se atacassem o setor administrativo, com enfase no setor dos RH e matasses esses incompetentes, os meliantes não teriam chance.
Sabe, eu realmente estava gostando desse episódio até o momento em que a Starbuck ligou para o terrorista.
Até então, ela só queria manter a vida dela, a partir da ligação caiu no MESMO clichê de sempre.
Uma pena, perdeu pontos o que estava sendo uma temporada ótima.
Abraço;
Mas e aí, será que vai ser cancelada mesmo? Bem, só sei que com ou sem as convenções e cacoetes da série, não consigo abandonar o navio. E quer saber, no momento não consigo vislumbrar nenhum programa do gênero ("pra macho ver") com vibe tão intensa quanto 24, mesmo longe de seus melhores dias.
Bem, talvez quando Vic Mackey ainda estava na ativa com 'The Shield', mas essa aí já foi pelos ares... então, será que vamos ter que engolir a seco a "bem intencionada" Human Target e ficar por isso mesmo?
Sei não, só sei que já estou de dedos cruzados junto da torcida pra que a NBC assuma o leme.
JFPR, o clichê até que não me incomodou tanto não. Achei que deu uma agitada no plot da Dana, que tava muito irregular. Pode render legal agora. Quero ver a reação do "soldier-boy"...
Luwig, cara... não vejo com bons olhos essa possibilidade de venda não. Essa ânsia da Fox em superfaturar a série a todo custo. Mas diante do caos iminente, nem sei o que seria melhor: um longa para o cinema ou o risco de outra network assumir e f@#&% com tudo.
Quanto ao substituto dessa dosagem cavalar de adrenalina... realmente tá em falta. Não há nada que chegue perto no cenário atual. Human Target nem continuei... fora The Shield, as duas primeiras temporadas de Prison Break foram arrepiantes também. Eletrochoque nos bagos.
Sem jeito, parceiro. Contagem regressiva, 10hs pra CTU & Cia rumarem para a posteridade, quer dizer, pelo menos neste formato seriado. Se mantiverem esse mesmo pique até o final do dia, é bem possível que o Senhor Bauer feche o expediente com uma uma Senhora temporada.
Entretanto, creio que seja pouco provável que fiquemos sem notícias de Jack por muito tempo, afinal, é fato que hoje o Kiefer William Frederick Dempsey George Rufus Sutherland* como produtor executivo de 24 sabe como ninguém da pontualidade e relevância que seu mais notório personagem tem na cultura ficcional, ainda mais nesses tempos de hiato entre aposentadorias antecipadas (no que toca a franquia Bourne) e as incertezas freudianas dos 007s e suas 700 faces.
Como diria o vilão fajuto no último ato: "esse não é o fim".
* Caraca, cê sabia que o nome do homem era uma oração com predicativos, sujeito oculto e adjuntos adnominais?
Postar um comentário