Impressõezinhas rápidas & rasteiras: 1 hora de narrativa cautelosa e atmosférica. Inúmeros easter-eggs visuais e algumas micropontes ligadas diretamente aos quadrinhos. Abertura impactante e previsível, dando o tom do resto da trama indisfarçavelmente pretensiosa. Em um dia normal, Damon Lindelof com premissas lentamente desveladas não trabalhamos. E isso já há algum tempo. Mas é o mais novo projeto Watchmen rejeitado por Alan Moore, então vamos jogar pela camisa.
Conflito racial substituindo a frustração pós-Vietnã e tensão da Guerra Fria originais. O episódio sugere um plot geral que respira sozinho e aspira sua própria independência. Isso é ótimo.
Arquimedes voando mais uma vez. Mesmo breve (e feio como sempre), foi lindo.
Ação ok. Grafismo existente, mas contido.
Regina King em plena forma, hipermotivada. Don Johnson novamente num contexto supremacista - seu 1º longa pós-Miami Vice foi o hit de locadora Na Trilha dos Assassinos (1989), onde enfrentava a KKK, enquanto em Django Livre (2012) ele integrava a organização racista. Jeremy Irons enigmático, instigante e à vontade (literalmente) em seu Ozymandias. Tim Blake Nelson em stand-by. Inesperado resgate do grande Louis Gossett Jr.
Jurava que ia tocar "Strange Fruit" na última cena. Ia me deixar muito mal, mas teria ficado bacana.
Até aqui, de boa, HBO. E vamos ao próximo.
2 comentários:
Saudações Oitentistas, Doogma!
Essa vou esperar a 1ª temporada completa, pra fazer uma imersão completa.
Isso se a cotação do BZ pelo conjunto da obra ficar em 4 zumbis ou mais.
Abs,
VAM!
Fala, VAM!
Estava pensando em fazer um "pacotão Watchmen" também, mas já tenho alguns pacotões na fila... preferi seguir a série em doses semanais mesmo!
Até agora tá valendo bem. Ao contrário do que dizem por aí, provavelmente sem assistir 1 episódio inteiro, a atualização (necessária) de contexto não alterou em nada o espírito original.
Abração!
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