quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Zombie de Ouro 2022


2022 está acabando, mas ainda vai demorar pra acabar. Foi um ano extenuante, pesado e mal humorado. Nem o Robertão aguentou. Eventualmente, toda essa confusão vai passar, como uma daquelas viroses de uma semana ou, sei lá, gases.

Pra ficar no campo artístico, a perda humana e cultural foi sem precedentes. Quase só postei obituários no BZ — e nessas situações um blog com esse título não podia suscitar um humor negro mais involuntário. É preocupante quando você já começa a estruturar o post da próxima despedida de cabeça.

Aliás, um reflexo dos novos tempos: perdi os parâmetros estatísticos daqui. Blogs não patrocinados são terra arrasada e os acessos estavam quase dando traço, mas o MyStatCounter, lá do ícone no finzinho do layout, parece uma montanha russa. O mesmo acontece com o sistema nativo do Blogger. O que não faz nenhum sentido. Chuto que são hitpages de links diretos via smartphone. Posts populares ao lado de outros nem um pouco.

Até abriria um Patreon, mas preciso evitar a fadiga.


Ao ataque!



Playlist do ano


O prodígio neo soul Leon Bridges e o sensacional trio Khruangbin se reuniram para mais um EPzinho delicioso (e não me refiro apenas ao baixo e aos quadris mais tesudos do showbiz). Texas Moon é a continuação natural de Texas Sun, EP de 2020. Grooves hipnóticos e harmonias celestiais de guitarra e vocais que funcionaram como uma verdadeira massagem auditiva neste 2022 tão carregado. Para ouvir sem moderação.





O quê, o Khruangbin de novo? Khruangbin de novo. De alguma forma, o sensacional trio® encontrou tempo para mais um álbum colaborativo em 2022. Dessa vez, com o cantor e guitarrista maliano Vieux Farka Touré — isso aí, filho do legendário Ali Farka Touré. Em Ali, as batidas funky e os arpejos psicodélicos do grupo texano fluem em perfeita sintonia com o afro-soul e o desert blues de Touré. O resultado é transcendental.





Confesso que não tinha muitas expectativas com How Do You Burn?, o LP #9 dos veteranos The Afghan Whigs. A morte do guitarrista Dave Rosser em 2017 havia deixado o futuro incerto e é surpreendente que não só o grupo não tenha acabado (mais uma vez), como ainda saiu do estúdio com o melhor disco pós-retorno-em-2011. E o figura Greg Dulli está simplesmente rasgando nos vocais. Fazia tempo que a fusão (ou congregação?) do pós-punk com o r&b não soava tão orgânica.





A bem da verdade, só tem duas girls no Petrol Girls. Mas são autênticas riot grrrls. O que importa é que o quarteto britânico é feito do mesmo inconformismo que embalou a fúria de bandas como Bikini Kill, Babes in Toyland e 7 Year Bitch nos anos noventa. Baby já é o 3º disco. É punk, é pós-hardcore, é noise, é pro-Choice, é tudo isso desconstruído com requintes de necessidade. E a irada vocalista Ren Aldridge grita cada estrofe como se fosse a sua última mensagem para o mundo.





Ouvir e reouvir Cheat Codes é como ter um vislumbre dos arquivos musicais de Danger Mouse. Não deixa dúvidas de que a coleção de discos do produtor, compositor e multi-instrumentista é uma gigantesca mina de ouro. Este collab com o rapper Black Thought, do grande The Roots, é como um masterclass do sujeito. Bases e samples inacreditáveis que literalmente te jogam em uma aventura arqueológica em busca desses tesouros em sua forma original. E o álbum? Ah, é do caralho.





22 anos. 1 geração e 1 zeitgeist depois, o Planet Hemp ressurge das cinzas cannábicas com o melhor disco da carreira. Além dos obrigatórios rap metal e hardcore, "Jardineiros" sai emulando glam rock, surf music, dubstep, miami bass e afrobeat sem a menor cerimônia. Uma pena o redivivo Black Alien participar de apenas 1 faixa. Mas só o fato de Marcelo D2 e BNegão esculacharem de cara o clã de milicianos e sua legião de zumbis patrióticos já mereceu repeats incessantes. E olha que a partida estava ganha logo na introdução do disco, com o genial e saudoso Marcelo Yuka mais uma vez tocando a alma do ouvinte...





Conheci o Wormrot junto com o povão: depois que o João Gordo divulgou som do trio de Singapura num post do Facebook. E nunca mais parei de ouvir o grindcore ridiculamente extremo dos caras. Hiss é seu quarto disco (fora EPs e splits) e, pra mim, o melhor. Também é o último a contar com os rosnados do vocalista Arif, que saiu da banda levando consigo a empresária-barra-esposa. Maldito amor!!





Nunca liguei muito para o Amon Amarth, mesmo que, sob critérios Maidenzísticos, tenha um conjunto da obra dos mais consistentes e regulares da cena pesada. Resolvi ouvir com mais atenção a mistura de death melódico e heavy tradicional do grupo sueco e acabou que The Great Heathen Army não se afastou mais do play. Músicas bem arranjadas, produzidas (Andy Sneap) e até mesmo grudentas. Um banquete para aficcionados pelas séries Vikings e Vikings: Valhalla e por filmes como Valhalla Rising e Northman. A nota curiosa é a alcunha da banda, retirada do nome élfico da montanha onde Sauron forjou os Anéis do Poder. Debaixo de todas aquelas barbas, peles, espadas, machados e sangue nos olhos, quem diria... nerds.





Formado em 2013 pelo compositor e multi-instrumentista suíço Manuel Gagneux, o Zeal & Ardor é único em seu estilo: um inacreditável mix de black metal satanesco 666 com delta blues e o spirituals afro-americano — os cânticos dos pretos africanos que foram nada gentilmente importados pela América nos séculos 18 e 19. Nesse 3º disco autointitulado, nota-se uma progressão menos vanguardista, mais acessível. E ficou melhor ainda. O Z&A segue como uma das bandas mais interessantes e instigantes lá fora.





Ao contrário da discografia frenética em vida, os lançamentos póstumos de Prince são bem esparsos. Provavelmente ainda resultado de suas brigas homéricas com gravadoras e a indústria em geral. Prince and The Revolution: Live saiu originalmente como home video em 1985, em DVD só em 2017 e agora, finalmente, na versão CD via Legacy Recordings em parceria com a New Power Generation Records, dele mesmo. E valeu a espera. O "Artista" em plena The Purple Rain Tour com a banda The Revolution tinindo e um público de 40 mil ensandecidos abarrotando o Carrier Dome, em Syracuse. De chorar.





Coisas do rock & roll. O 2º LP que comprei na vida foi um ao vivo do Creedence Clearwater Revival (o primeirão foi o dos punks). E justamente o The Royal Albert Hall Concert. Anos depois, o disco foi relançado como The Concert, corrigindo um erro incrível: ao invés de uma apresentação no legendário salão de espetáculos britânico, como o título informava, aquele show foi no Oakland Coliseum (CA), em janeiro de 1970. Este At the Royal Albert Hall finalmente trouxe a performance correta (em abril de 1970), na íntegra e com a pompa e a circunstância devidas. Swamp rock em bandeja de prata.





Ei, molecada hipotética que visita o blog, larga de ouvir picaretagens como St. Vincent e Lana Del Rey e vá conhecer os discos de Rosalie Cunningham, hors-concours aqui no ZdO. A música da cantora, compositora e multi-instrumentista inglesa é uma saborosa mistura de folk urbano, psicodelia, blues e occult rock. É uma sonoridade envolvente e inclui até uns climas Nico-Beatlescos neste segundo disco. Puro narguilé sonoro.





A cada novo disco, o Ratos de Porão parece mais puto e mais punk. Não é pra menos: após quatro anos surreais de inferno demencial presidencial com direito a pandemia seguida de genocídio, não faltavam motivos pra ficar injuriado e vomitar fogo pelos amplificadores. Necropolítica é o disco-catarse mais necessário de 2022. E, pelo visto, ainda será por um bom tempo.





Jairo Guedz é uma figura fundamental na cena da música pesada nacional. Integrou uma das formações jurássicas do Sepultura e gravou seus dois primeiros LPs, os históricos Bestial Devastation (1985) e Morbid Visions (1986). E apesar de ter se mantido regularmente ativo (o quanto possível em se tratando de metal no meu Brasil brasileiro), o legado sepulturístico segue firme e forte, 35 anos depois. A conta fecha agora com Antichrist Reborn, estreia de sua banda The Troops of Doom. A premissa de um Sepultura circa '85 atualizado (desde a capa), com mais malícia, técnica e recursos vastamente superiores acabou dando muito certo. Porradaria trevosa para embalar moshs assassinos.





Timbuktu já é o 9º álbum de Oumou Sangaré e só fui conhecer essa lindeza agora. Tecnicamente, a cantora do Mali é ligada ao Folk Wassoulou, gênero tradicional do Vale do Rio Wassoulou, região histórica e cultural da África Ocidental. Na prática, soa próximo de uma união do delta blues com o desert blues dos rockeiros tuareg. Só sei que ainda não ouvi esse disco o suficiente. E olha que já ouvi muitas e muitas vezes...





Finalmente um novo do Claustrofobia. Foram longos seis anos desde o furibundo Download Hatred, mas valeu a espera. Unleeched traz uma queda ainda mais acentuada para o death com inserções certeiras de groove metal. Uma artilharia incessante da primeira à última faixa. Parafraseando o título de uma das músicas, um verdadeiro neuro massacre.





Descobri o Cannons por acaso e nem lembro onde. Talvez pelo Consequence of Sound ou pelo Paste Magazine, minhas principais vitrines de música indie. Fever Dream é o 3º disco do trio californiano via plataforma digital. Nunca lançaram nada físico. Tudo isso um estarrecedor sinal (final?) dos tempos. O som é uma delícia de synthwave com a voz sussurrante da cantora Michelle Joy evocando o mais doce dream pop. Altamente chill.





Vamos ser honestos, o Pixies pós-retorno só lançou discos marromeno. Com Doggerel (que honra) não é diferente. O motivo, pra mim, é bem simples: a falta das linhas de baixo e do sorrisão da retirante Kim Deal. O garante de Black Francis & cia. é que o marromeno do Pixies é substancialmente acima do melhor da maioria. Com Doggerel (novamente, lisonjeado) não é diferente². E ainda citam o Brazil na letra de "Dregs of the Wine". Bom demais para esse combalido coração canarinho. Deu vontade até de mandar uns Pixes pro Pixies.





Dave Mustaine, o técnico da seleção Megadeth, sempre foi um excelente armador de times. Nem nos piores discos da banda entrou um perna de pau em campo. E não me furto em afirmar que o Kiko Loureiro é o craque que a equipe precisava. Sem pachecada: Tesouro (e sua guitarra quadrada) foi a melhor contratação de MegaDave desde a saída do guitar hero Marty Friedman. E a musicalidade assombrosa de The Sick, the Dying... and the Dead! fala por si só. A formação ainda inclui o veterano Steve Di Giorgio (James LoMenzo, o baixista atual, não participa do álbum) e o excelente batera Dirk Verbeuren. Assim fica difícil gravar disco ruim, hein Musta.





Um colega comentou que ficou exausto quando ouviu All Colors of Darkness, o novo do NervoChaos. Não tiro a razão do rapaz, pois este décimo álbum (!) da banda paulistana é de uma brutalidade quase fora dos trilhos. De alguma forma, conseguem aliar o ataque de uma banda iniciante com a técnica e a sagacidade de veteranos (que logicamente são). É realmente impressionante. E nem tente assimilar numa tacada só. Tenha amor pelo seu sensorial...



Menções honrosas:

Bruce Springsteen - Only the Strong Survive
Gogol Bordello - Solidaritine
black midi - Hellfire
KMFDM - Hyëna
Meshuggah - Immutable
Florence + the Machine - Dance Fever
Primus - Conspiranoid (EP)
Guerilla Toss - Famously Alive
Imarhan - Aboogi
White Lung - Premonition
Krisiun - Mortem Solis
Spiritualized - Everything Was Beautiful
The Black Keys - Dropout Boogie
Witch Fever - Congregation
Machine Head - ØF KINGDØM AND CRØWN
The Cult - Under the Midnight Sun
Pike Vs The Automaton - Pike Vs The Automaton
Sun's Signature - Sun's Signature (EP)
Os CINCO discos do King Gizzard & the Lizard Wizard (chupa, Chili Peppers!)


Gibi do ano


Nem Todo Robô, de Mark Russell (roteiro), Mike Deodato Jr. (traço) e Lee Loughridge (cores), via Comix Zone. Foi uma barbada. E não "apenas" pelo Eisner de Melhor Publicação de Humor que merecidamente levou: a HQ traz a sátira social perfeita para o momento crucial que a humanidade atravessa. Ainda dá tempo... E que um raio me parta se estes não são os melhores desenhos do Mike Deodato Jr. da carreira do Mike Deodato Jr.


Livro do ano


Não sou nenhum lecteur, mas esse ano a fomeagem por livros estava grande. A maioria foi resgate de outros carnavais (um Robert E. Howard aqui, um Roald Dahl acolá) e bios (Chacrinha, a Biografia, Roberto Carlos em Detalhes). O único "lançamento" a unir os dois aspectos é também um dos mais divertidos: a edição definitiva de Pavões Misteriosos: A Explosão da Música Pop no Brasil 1974-1983, do jornalista André Barcinski. Originalmente lançado em 2014, o livro ganhou uma nova versão recheada de entrevistas e informações sobre artistas, discos, shows e toda a sorte de cambalachos, mutretas e maracutaias de bastidores. Sem dúvida, uma das pesquisas mais abrangentes do pop brazuca daquele período — onde nasci e me criei, o que conferiu um sabor bem pessoal à experiência.

Obs.: dê preferência à versão física. No eBook, a Amazon repassa uma merreca para o autor.


Série(s) do ano


A menos que se tenha uma nababesca vida de YouTuber, é impossível acompanhar a infinidade de séries disponíveis hoje. Stranger Things só assisti outro dia. Quartinha nem vi. Algumas até consegui pegar no pulo do gato: Halo, The Lazarus Project, Only Murders in the Building, Ted Lasso e The Peripheral, por exemplo. Gostei de todas e acho que cada uma merecia levar um zumbizinho dourado pra casa. Mas também seria uma grande injustiça com o nível de direção, roteiro e atuações de The Old Man, thriller de ação e espionagem com Jeff Bridges, John Lithgow e Alia Shawkat. Igualmente com a bizarra e intrigante premissa de Ruptura, com Adam Scott, Patricia Arquette e John Turturro. O resultado não podia ser outro: empate técnico.


Desenho do ano


Gennady Borisovich Tartakovsky é um gênio. Em Primal isso fica ainda mais escancarado. Sua mente opera em um mundo à parte. Ou em um outro tempo. A jornada visceral de Spear e Fang é a nossa própria jornada esquecida enquanto espécie. Nas sábias palavras do Dr. Ian Malcolm, em Jurassic Park: "A evolução nos ensinou que a vida não pode ser contida. A vida se libera. Cruza fronteiras, rompe barreiras. Dolorosa ou perigosamente." Isso é Primal.


Filme do ano


Ela Disse (She Said) assumiu uma tarefa complicadíssima: adaptar o livro homônimo de Jodi Kantor e Megan Twohey, as repórteres do New York Times que investigaram o infame Caso Harvey Weinstein-Miramax. Era fácil ceder ao melodrama ou à estética documental. Felizmente, do roteiro inteligente de Rebecca Lenkiewicz e da direção afiada de Maria Schrader saiu um thriller investigativo com zero gordura, na tradição de clássicos como Todos os Homens do Presidente e O Informante. Um palco perfeito para as presenças gigantes das atrizes Carey Mulligan e Zoe Kazan. Filmaço corajoso e bastante perturbador.


Menções honrosas sem nenhuma ordem:

O Alfaiate (The Outfit, Graham Moore)
Batman (The Batman, Matt Reeves)
Top Gun: Maverick (Joseph Kosinski)
O Predador: A Caçada (Prey, Dan Trachtenberg)
Tico e Teco: Defensores da Lei (Chip 'n Dale Rescue Rangers, Akiva Schaffer)
Argentina, 1985 (Santiago Mitre)
Os Banshees de Inisherin (The Banshees of Inisherin, Martin McDonagh)
Avatar: O Caminho da Água (Avatar: The Way of Water, James Cameron)


+ 1 minuto de silêncio


2022 foi um ano sofrido com a perda de grandes artistas e personalidades da cultura pop (até a Rainha! -- E Pelé!) e também de um veículo onde muitas delas figuraram: o CD-Rom da Bizz. Lançado em 2005, o charmosinho pack em formato de elepê já enfrentava problemas com a descontinuação do Flash Player da Adobe no final de 2020, mas neste ano o palco caiu. De vez. Até entrei em contato com a desenvolvedora do produto, a Ø1 Digital, mas, adivinha, no money, no honey. O blog Revista Bizz, que há tempos posta o conteúdo dos CDs, é uma boa alternativa para consultas. Mas sem aquele campo de buscas mágico...


P-por hoje é só, p-pessoal!



Anexo/post scriptum: quando os Reis caminhavam sobre a Terra...


Descanse em paz, Pelé!

@ Butcher Billy

16 comentários:

Scant disse...

porque não instalar um windows 2007 e usar um dual boot no pc, por exemplo?

talvez funcione

acho que já há programas que permitem usar mais um sistema operacional sem ter que reiniciar o pc

abs!

doggma disse...

Opa, é uma boa, hein. Vou experimentar pra ver se funfa e se compensa o trampo.

Valeu, Scant!

Alexandre disse...

DOGGMA meu caro, Parabéns por mais este ano!
Te acompanho a tanto tempo que nem me lembro mais, nunca nós conhecemos, mas é aqui que sempre venho me refugiar e buscar conteúdo que parece que foi feito sob demanda pra esse velho perdido que vive em plenas visões de 2020!
Ano foi pesado demais, perdas em cima de perdas, mas vislumbres de que ainda pode haver algo bom a frente.
No meio disso tudo, teu trabalho/hobbie, acaba sendo um alivio sem tamanho.
Queria eu ter a sagacidade e cuidado que tu tens aqui.
Sei lá, sem babação de ovo, mas acho que tu tem que saber que assim como eu, tem muitos outros que curtem demais e adoram o que tu faz.
Parabéns, e que 2023 seja melhor nas coisas boas.
Abs

Vinícius disse...

Prezados Scant e doggma .. existem softwares para rodar um sistema operacional dentro do outro. São oficialmente chamados de virtualizadores. Um dos mais simples e tranquilos de usar chama-se Virtual Box. Pra quem sabe instalar um SO é tranquilo de mexer.

Espero ter ajudado.

Doggma, tava comentando agora mesmo no submundo-hq que começo a sentir falta da Internet raiz, onde as pessoas criavam seus blogs e escreviam o que pensavam em mais de 140 caracteres. Estamos ficando velhos!

Abraços, bom 2023 pra todos nós e espero que vocẽ continue com o blog. É um desses que sempre que tem post novo eu sei que vem coisa boa.

:)

Marcelo Andrade disse...

Salve Dogma! Ia sugerir o que o colega do comentario de cima passou, Virtualbox com pasta compartilhada ajuda muito ainda mais quando vc tem que lidar com entraves tipicos de SOs. Obrigado por mais um ano nos mantendo informado e sempre trazendo algo novo ou um novo ponto de vista e valeu pelas dicas musicais fora do circuito metaleiro (já sou usuario absoluto kkkk). Otima virada e ate breve.

Anônimo disse...

Ela Disse (She Said) FILME DO ANO? Um filme que defende esse movimento nojento chamado Me Too que destruiu a vida, carreira e levou muitos homens ao suicídio com acusações falsas. Você tá de brincadeira comigo, pelo visto é só mais um homem feminista alienado que sofreu lavagem cerebral da ideologia misândrica de ódio contra os homens, o feminismo.

Anônimo disse...

Me Too é um movimento totalmente criminoso para destruir a vida dos homens.

doggma disse...

Alexandre, brigadão pelas palavras, meu caro. A recíproca é verdadeira. Curto suas interações por aqui com mucho gusto. É uma via de mão dupla.

Um grande 2023. Abração!

☕ ☕ ☕

Vinicius, vou me inteirar sobre o VBox (sabia da existência, mas nunca precisei, agora é a hora). Valeu pela dica. Ajudou demais.

Sobre a Internet raiz, tem toda a razão. Do entorno deste blog, dos criadores parceiros, não sobrou ninguém. Todos migraram para outras plagas. Mas quando há coração e mesmo que se perca na multidão, 140 caracteres não são uma limitação.

Vamos em frente. Abraço!

☕ ☕ ☕

Marcelo, estou ficando animado com essa possibilidade do Virtual Box. Quero logo testar isso.

E toma mais um ano pela frente, após 19! Surreal.

Abração e um excelente 2023.

☕ ☕ ☕

Anônimo, acertou em cheio. Sou um homem 1000% feminista.

Obrigadaço pelo elogio. Começar o ano assim é bom demais.

Um ótimo 2023, com muita leitura e conhecimento.

Do Vale disse...

Sempre de olho na sua lista musical… E já taco olho no Texas Moon. Belíssimo disco desse trio que conheci através do Cidade Fantasma, com um vídeo de Shades of Man, eu acho - Con Todo el Mundo tava na tua premiação de 2018.

MAS AGUARDAVA MAIS DE SUAS LEITURAS, uma seção mais extensa. Não se pode ter tudo. Por aqui, as melhores séries foram velharias: as republicações de Ken Parker e Starman. Fino do fino. Leio degustando, sorrindo. Não duvido em 2023 continuarem no topo. Menção honrosa para o Rorschach do Tom King mais o Mitch Gerads e para os Saga Marvel/DC que vieram arrebentando o bolso de mei mundo de gibizeiro.

Nas histórias fechadas, os álbuns Nós, os Mortos, dos croatas Darko Macan e Igor Kordey - GIBIZAÇO CRU, cruel, instigante, com arte linda e a maior quantidade de personagens fuleiros por metro quadrado de página -, e O Colecionador, do Sérgio Toppi - que aula de narrativa, meu chapa…

Grande abraço e que cheguemos em 2024 fortes e confiantes apesar das lapadas!

Do Vale disse...

Perdão: Jorge Fornés com o King em Rorschach.

doggma disse...

Do Vale, como diria o tiozão do pavê, Toppi é Top! (gah!)

A coleção que a Figura está publicando é simplesmente espetacular.

Caminhando e cantando juntos com Ken Parker e Starman. São para degustar mesmo. Vinhos envelhecidos em barris de carvalho francês.

Passei o Rorscha de King/Fornés, mas agora terei que conferir. Curti muito seu comentário/dica/resenha do outro dia sobre Nós, os Mortos. Botei no carrinho mýthico e foi uma das melhores aquisições do ano. Devorei. É daquelas para revisitar de vez em quando e ir pescando detalhes novos. Mas tem uma particularidade que a tirou do critério (tosco) que adotei para este ZdO.

Nós, os Mortos (Nous les Morts) é originalmente de 2015. Tentei alinhar as HQs publicadas aqui em 2022 o mais próximo de seus lançamentos originais, de preferência no mesmo ano. Isso afunilou bastante. Mas desclassificou automaticamente não só o Ken Parker, o Starman e as maravilhosas Sagas, mas também as coleções Brubaker/Phillips, as BDs Disney, os GIGANTESCOS Little Nemo e Aventuras do Anjo (edição de artista do Flavio Colin), Kamandi, Nausicaä, Storm Integral... Maldito critério!

Vou elaborar melhor no próximo, se ainda estiver por aqui. Palavra de desonra.

Abração e um excelente 2027!

rock4you disse...

Belas escolhas . Escutei metade dos artistas mencionados com destaque para Zeal & Ardor que para mim foi uma das melhores descobertas de 2022 (não conhecia banda e realmente me surpreendi com a discografia) Confesso que Amon Amarth , é o tipo de banda que nunca escutei o álbum só os singles(vou escutar para ver se mudo de ideia ) . Cheguei a ler o hq dos robôs porem os melhores que eu lí esse ano foram: Marcha para morte e Ed gein . Referente a seriados , ruptura é sem comentários achei tão impactante que alguns episódios me deu um certo sentimento claustrofóbico ,the old man já coloquei na lista para assistir. Primal é secional por algum motivo parei no episodio 3 e não dei continuidade (preciso retomar) . Filmes: Pearl , Terrifier 2 (apresenta mais do mesmo com um sentimento brutal) e Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. Enfim essa é minha modesta lista. Vlw pelas dicas vou buscar o que não conheço . Um excelente ano para todos nós !!!

rock4you disse...

*Corrigindo acima : *Primal é sensacional. Esqueci de mencionar o anime da Chainsaw Man e Mob Pyscho 3 como melhores do ano vlw. flw

doggma disse...

Ops. Sem querer apaguei mais um comentário misógino/delirante do Anônimo. Desculpa aí. Prometo não tomar cuidado da próxima vez.

doggma disse...

Fala aí, rock4you! Trocamos ideia quase que só no ZdO, mas os anos passam tão rápido que parece que nos topamos toda hora, hehe

Marcha para a Morte preciso conferir. Ed Gein tinha deixado passar, pois devoro tudo sobre o sujeito há tempos e achei que não teria grande impacto. Após sua indicação, vou correr atrás. E vi agora que tem o Eric Powell. Curto demais o estilo dele.

Ruptura é absurdamente claustrofóbico, esqueci de mencionar. Bem lembrado.

Pearl ainda não vi (vi o filme-matriz, X. Bem bom em se tratando do estúdio A24); Terrifier 2 passei, mas verei; TETLAMT teria sido fantástico se não perdesse a mão em determinados momentos, mas é bacana sim.

Chainsaw Man estou começando a ver. E com o queixo caído até aqui!

Abração e vamo que vamo nesse 2023 já caótico!

rock4you disse...

Chainsaw Man e muito badass, começa com o primeiro episodio fraco mas tem uns episódios tão F* que vc acaba passando até pano, fora a arte de primeira. Agora que ví que de brinde vc deixou o link das revistas bizz (tanta informação em um post só que nem ví rs). Espero que continue a postar suas escolhas pessoas sem influencia da grande mídia em um dos melhores blogs que existem (pois não conheço todos se não seria o melhor rs) .Continue sempre com o blog \m/ .See ya!!!