Knock it off, Hudson!
Tropa Alfa por John Byrne era uma obrigação moral. Forjadas no fogo da má vontade de seu próprio criador, as histórias da superequipe canadense eram curtidas num foda-se narrativo tão descarado que acabaram rendendo alguns dos momentos mais bizarros, violentos e divertidos da Marvel.
Então, como um dos pretensos pais adotivos desse filhote renegado, comemorei o aniversário de 14 anos do volume 2 da descontinuada Os Maiores Clássicos da Tropa Alfa — com capa cartão e o sumido-mas-jamais-esquecido papel LWC — catando logo o Omnibus numa combinação marota somando 40% de desconto (progressivo + cupom do HQ Barata). Mesmo assim saiu caro.
Mas como precificar o Víndix/Guardião James MacDonald Hudson explodindo na frente da Heather? Impossível.
E aquilo era só a ponta do iceberg.
Está lá todo o run do Byrne, do Alpha Flight #1 (maio/1983) ao #28 (julho/1985), o #29 com Mike Mignola nos desenhos e Bill Mantlo amarrando as pontas soltas da saideira, mais o tie-in correspondente de Secret Wars II #4 (julho/1985). Foi uma longa espera.
Até então, a Panini havia editado pouco menos da metade da fase. Só tínhamos as loucas edições da Abril, onde nem o Beyonder conseguia se salvar.
Agora só me resta o Bu$ão do Namor para fechar todo o Byrne que vale.
Cena pós-créditos:
Já elaborei sobre isso antes. Mas ô custo-benefício dos infernos.
20 comentários:
Te dizer que prefiro a versão Abril sem o Beyonder... :P
Se quiser um acompanhamento na releitura, recentemente gravamos três programas sobre todo o conteúdo desse omnibus que agora pesa em vossa Gibiteca de Babel. Me orgulho do que fizemos aqui: https://osescapistaspodcast.com.br/tag/tropa-alfa/
Abração.
E quem nunca leu Tropa Alfa? Toma spoiler?
Luwig, ao menos não é o Beyonder-Tim Tones!
Vou conferir os pods enquanto malho bíceps e a memória afetiva. Valeu demais.
🇨🇦 🇨🇦 🇨🇦
Anônimo, toma. O gibi é de 1984.
Prezado Doggma,
O Byrne produzia pra caramba: uma vez eu me prestei a fazer uns cálculos por cima de quantas edições ele fez, e entre os artistas Marvel possivelmente ele tem uns números brutos de edições trabalhadas só superados pelo Rei.
Dito isso fiquei curioso com "o Byrne que vale" na sua opinião (que já me rendeu ótimas indicações de leitura) qual seria o Byrne que vale? Rende uma postagem será?
Abraço!
Esse link com as justificativas do Byrne são ótimas 😂 Cara brigou com mei mundo de gente. Difícil hoje aparecer um caboco assim… Tanto de ideias, quanto posicionamento e produção. Tava em todo lugar ao mesmo tempo. Dá pra fazer uma estantezinha só de BYRNE NA MARVEL.
Fala, Vinícius!
Byrne rende postagens de todo o jeito. Do que foi republicado aqui recentemente, acho essenciais Superman '86, Lendas (com os tie-ins), Quarteto, X-Men, Mulher-Hulk, Hulk, Hellboy e Tropa.
Os que precisam urgentemente de uma boa reedição são OMAC, a releitura dos Novos Deuses (saiu em formatinho pela Brainstore), Gerações 1-2-3, Punho de Ferro, Patrulha do Destino e, para mim seu auge técnico, Namor. E adoro o que ele fez no título solo do Estigma (do finado Novo Universo), mas esse é praticamente impossível.
Não sou muito chegado nos trampos na IDW - Trio, Next Men, Depois do Fim do Mundo - e nem o run da Mulher-Maravilha nos 90's. Preciso reler esse último qualquer hora.
Abração.
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Do Vale, o Byrne merecia um FUCKIN' DOC. O cara é o Ginger Baker dos quadrinhos.
A qualidade e o volume de produção a partir da metade dos 70's até os 90's foi surreal. A influência do Kirby foi muito além do traço.
Pudesse, pegava tudo desde o CPL, aquele fanzine que ele fazia com o Steven Grant, Roger Stern e o Bob Layton. Daria bem mais que uma mera estante, rs...
Gibi de 1984 por isso não é spoiler?... que desculpa furada... então a gente deve saber de tudo o que foi produzido antes de nascer... Como se você soubesse todas as histórias de filmes e livros das décadas de 30, 40, 50, 60, 70... depois vocês velhos reclamam por que as novas gerações não se interessam pelos clássicos... acham que o mundo gira em torno de seus umbigos...
Ia ler Tropa Alfa já perdi o interesse... achava que o blogue estimulava a leitura e não o contrário...
Ah, não precisa replicar, não voltarei.
O Sasquatch também morre. Vai pela sombra.
O que há com esses Anônimos, hein? :P
Fase do Byrne e fora da curva, ate na epoca pegou pesado e hj tem coisas p/ pensar. Hj não sei como estão mas sei onde encontrar quando bate saudades dessa fase de ouro....ainda lembro qdo o nosso baixinho enfezado fez parte do grupo. Bão d+...Abraço!
Uma das HQs formadoras de caráter no meu caderno é justamente a SAM #39, com a Tropa Alfa enfrentando os X-Men pela "posse" de Wolverine. Antológica. Abraço!
A Marrina também morre mais pra frente, no gibi dos Vingadores. 🙃
Pigmeu também morreu num gibi dos Vingadores. E foi para o inferno (sério, adorava o Judd)!
Esse da Tropa Alfa e Mulher Hulk, estão no meu backlist de compras....
Na época em que saia, não era fã do Byrne quando saia regularmente, virei fã tardio dele.
Hoje, reconheço que é uma das lendas da indústria, apesar de eu achar que não dão o reconhecimento que ele merece.
Não teve ninguém como ele até hoje.
As fases de clássicas de diversos personagens, ecoam até hoje, sua influência é grande demais.
E um omnibus do Namor.... ainda mais essa fase com Jae Lee..... Chezzuis! Grande Thor, intercedei por nós!
O Byrne sempre foi um sujeito difícil. Queimou muitas pontes com o mainstream. Algumas vezes com razão, quando brigou pelos direitos dos artistas. Outras, nem tanto, quando critica o apego dos imigrantes a suas origens, inclusive inserindo esse subtexto em seu Man of Steel. Tivesse o tino interpessoal de um George Pérez (metade daquilo), o cara seria um popstar...
Engraçado, na época dos X-Men dele com o Claremont, era bem moleque ainda. Mas bati o olho e imediatamente senti a diferença. Virei fã na hora. Pena que não tinha $$$ para acompanhar como gostaria...
Mas pior do que Joel morrer é a assassina virar protagonista na série.
Meu querido, peguei este busão na Black Friday. Entrará na pilha de leitura com certa prioridade até março - assim espero, sabes bem que pilhas se governam sozinhas. E viu que uma certa editora anunciou o Namor do Byrne todo em um volumaço? E também Arqueiro Verde do Mike Grell e Vingadores do Busiek mais o Pérez? Cartões sangrarão.
Abraço!
Aguardo esse Busão do Namor (uia) desde que vi o gringo, há tempos imemoriais... Pra mim, é simplesmente o auge técnico do Byrne.
Arqueiro do Grell não esperava. Tenho tudo o que saiu aqui em todos os formatos possíveis. Será uma boa pegar tudo compiladinho e retraduzido pra variar.
Vingadores-Busiek tenho naquele box da Salvat. Se não tiver muito repeteco, será algo a se considerar...
Abração, meu amigo.
OLÁ! HÁ QUANTO TEMPO! Não tenho comentado nas postagens, mas sempre que lembro bato ponto por aqui.
Vim anunciar que iniciei a leitura do Omnibus e releitura da Tropa Alfa do Byrne anteontem. Na manha, 1 ou 2 capítulos por dia. Já foram 5 e rumando para o 6o. Imagine se o homem não tivesse na má vontade. Gibi delicioso; controle total das páginas se você for dividir as 22 páginas em blocos de ação e conversas - a edição de abertura é um manual de estreia de equipe. E tenho a impressão que ele maneirou na prolixidade… Lembro de Quarteto e Superman/Action Comics contarem com muito mais balões.
Abraço! Depois volto pra dar mais pitacos da leitura.
Fale aê, Do Vale!
Até pelo fato de rejeitar a equipe, a SAGA da Tropa Alfa é o gibi em que Byrne aproveitou para exercitar seus músculos criativos. Tudo podia ali naquela porra: de líder EXPLODINDO, a coração sendo ARRANCADO com a mão, a filha FATIANDO o pai com um sabre...
Sim, reparei também no texto mais conciso. Acho que só no arco do Mestre do Mundo que ele deu uma Claremontizada mais evidente.
Acompanharei suas pitacadas com mucho gusto! Abraços!
Ps: agora fiquei na pilha para ler de novo...
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