sexta-feira, 26 de março de 2021
...And Justice League for All
Todo cuidado é pouco com o que é dito hoje em dia. As ideias mais absurdas podem escapar do picadeiro e virar realidade numa escalada atordoante. Tem nego virando presidente desse jeito. E foi assim com Zack Snyder's Justice League, o outrora mítico Snyder Cut. O ponto zero foi quando os fãs da filmografia dele à frente das produções DC, inconformados com o Josstice League, viralizaram a famosa hashtag. Em seguida, o diretor começou a jogar verde em sua conta no Vero. O "Team Snyder" ganhou corpo quando Jason Momoa, Gal Gadot e até Ben Affleck retuitaram em coro. Da noite pro dia, o Snyder Cut ganhou contornos de Snyder Cult. Mas foi com Ray Fisher desancando Joss Whedon em praça pública que o processo deu aquela turbinada. O filme virou algo a ser visto (assim como alguns bocós a serem eleitos) para finalmente esfregar na cara desse mundo ingrato o que ele perdeu.
Claro que a Warner já havia endossado a recauchutagem da produção há mais tempo que isso. Afinal, rolou ali uma aditivada de 70 milhões de doletas e, até onde sei, o Coringa do Heath Ledger não inspirou nenhum acionista da empresa a queimar montanhas de grana. Pode crer que antes de qualquer anúncio muitas horas de PowerPoint rolaram no financeiro.
Findos os trâmites burocráticos e conferido o resultado, arram, originado na HBO Max, o novo Liga da Justiça atropela a 1ª versão (o que convenhamos, não é mérito algum). É, fácil, o melhor filme do Zack Snyder no DCEU - considerando que Watchmen não pertence ao segmento.
Mas, de novo, é filme de autor. E esse autor é Zack Snyder.
(Pensando bem, até o cinema do Michael Bay é "cinema de autor". E nem precisamos do nome dele estourando retinas no título para reconhecer o istáile)
Sob sua administração, o termo "Snyderverse" é bem mais acurado que "DCEU". É o extremo oposto do padrão de adaptações proposto pelo Guillermo del Toro de tempos idos e que deveria ter sido canonizado e tombado como patrimônio pop cultural obrigatório.
Talento nunca foi o problema: ainda acho bacanudos o Dawn of the Dead hardcore, a rinha de corujas de A Lenda dos Guardiões, o capa & espada YMCA de 300, o citado Watchmen sem lula alien fake e, provavelmente sua mais elegante e visionária obra que um dia uma raça superior descobrirá e dará o devido reconhecimento, o videoclipe de quase duas horas Sucker Punch.
Sem contar os superpunchs do caótico Homem de Aço, provando que o negócio do Zeca é a (troc)ação.
A dorsal da história, co-escrita por Snyder, Chris Terrível... opa, Terrio e Will Beall, permanece intocada: é a mesma disputa dos heróis pela posse das Caixas Maternas contra as investidas do representante Lobo da Estepe, louco para limpar sua barra com o gerente Darkseid lá na matriz Apokolips. Se o conteúdo segue sem alterações em relação à Liga 2017, a forma é bem diferente.
Apesar da resolução em 4:3 para assistir na Admiral da sua vó (vai dizer que acreditou que era pro IMAX) e da divisão das 4 horas do filme em 6 capítulos revelarem a fina habilidade do diretor de lamber sua própria caceta em rede mundial, é verdade que ao menos 40% dessa pretensão é convertida em relevância na tela. Todos os personagens ganharam mais fluidez, desenvolvimento e contextualização, para mais (Cyborg) ou para menos (Aquaman). De fato, Vic Stone é quem mais se aproxima de algum protagonismo, mas não chega a guiar o espectador pela trama, como qualquer roteiro mais malandro faria. Ajudaria uma grandeza se Ray Fisher fosse melhor ator.
Já o Superman é o verdadeiro MacGuffin dos 5/6 iniciais do filme (vixe). Teve mais tempo para reviver, fazer um amistoso do time do sem-camisa contra o time dos superamigos, curar a ressaca-monstro e juntar os cacos de memória nos bucólicos cafundós do Kansas com uma terapia intensiva de cafunés de Lois Lane e de sua mãe Salve Martha. Insípido toda vida no papel, Henry Cavill encarna aqui o Azulão (ou seria Escurão?) em sua melhor versão do que é, sem nunca ter sido.
A Mulher-Maravilha, por sua vez, teve poucas e pontuais alterações. Foram para a lixeira o infame papai-e-mamãe com o Flash e os seguidos closes na bunda da Gadot presentes no Gross Joss Cut. Mesma coisa com o Batman - não o bundalelê, infelizmente. Não sei se foi pelo bate-bola extra com o Alfred do genial Jeremy Irons, mas parece que Affleck está genuinamente à vontade e se divertindo com o personagem, pela 1ª vez. E desejar isso pra alguém vestido de Batman é pedir o mínimo, pela sua própria sanidade mental.
Difícil mesmo é fazer algo que salve o Flash do Ezra Miller, que, quando não está esganando moçoilas islandesas, mostra como não se corre em frente a uma câmera. Tem duas boas tentativas: o salvamento de sua futura namorada Iris de um acidente de trânsito, numa sequência melosa, esquisita (ah, aquela salsicha) e interminável; e mais ao final, num momento que remete brevemente à icônica cena de sacrifício do Barry Allen em Crise nas Infinitas Terras. Melhora um pouquinho a impressão geral. É só não lembrar da tranqueira que é aquele uniforme. Ih, é mesmo. Tsc, aaah...
Preciso confessar que curto o Aquaman Czarniano e achei acertada a manutenção dos diálogos-ponte com seu filme solo. Até dá pra fazer vista grossa para o skysurfing usando um parademônio como prancha. O que não dá pra passar batido é o visual do Cyborg, que continua um Megatron(bolho) altamente distrativo no pior sentido. Tanto que o personagem fica muito mais interessante e cativante quando é autoprojetado de corpo inteiro em ambientes virtuais, numa boa sacada conceitual do diretor.
E realmente não precisava da ceninha "olha o Homem de Ferro aprendendo a voar em 2008". Toma vergonha, Snyder.
Se a edição mandou todas as bobagens do Whedon pra ponte que caiu, muita coisa do próprio Snyder podia ter ido também. A estreia de J'onn J'onnz, o "Martian Manhunter" (hmm...), esculhamba completamente o único momento em que Snyder consegue ser emocional sem ser brega. Surreal. A sequência inteira do resgate dos cientistas nos subterrâneos de Gotham é bem fraca, especialmente a cena em ultramegapowerslow motion do Flash ajudando Diana a alcançar sua espada durante uma queda (para... literalmente... nada!), a parte em que os heróis correm um sério risco de morrer afogados e o pavoroso batveículo Nightcrawler (prefiro o Kurt Wagner), tão viável e eficiente quanto os veículos do desenho do He-Man. Desculpa aí, Tanque de Ataque, tu era gente boa.
Claro que não podia deixar de mencionar outro TOC Snyderiano: as músicas. Tem que ter, claro, mas não precisa ser uma jukebox. A escolha dos temas sincronizada com as cenas soa tão expositiva quanto um recordatório do Chris Claremont – mais ainda, porque os caras estão literalmente falando o que está acontecendo... Nick Cave cantando "há um reino, há um rei" enquanto Aquaman caminha num píer é o cúmulo da obviedade. E, numa menção desonrosa, enche o saco a voz feminina cantando ao fundo toda vez que a Mulher-Maravilha resolve partir pra porrada.
Mas também tem coisas legais, como as mulheres do vilarejo cantando enquanto Aquaman retorna ao mar, demonstrando o nível da reverência e da adoração daquele povoado pela figura do relutante monarca. Boa.
Por fim, as cenas com a família russa foram sabiamente limadas e o ato final foi reformulado como um bloco mais coeso e focado. A luta decisiva contra Lobo da Estepe (que ganhou um tapinha no CGI) não chega a ser ruim, mas fica a dever. Ainda mais em comparação com sua eletrizante campanha em Themyscira. E a introdução de Darkseid – com visual quase OK e tronco emborcado – ficou surpreendentemente climática e bem elaborada, arrematando com a cena arrepiante do vilão e os heróis se encarando em silêncio através do portal. É a vitória do "menos é mais" sob condições adversas.
Porém, como uma espécie de assinatura artística do diretor, ele mesmo decide contrabalancear a boa impressão com os epílogos mais prolixos do universo conhecido. Dá pra entender a piscadela para uma incerta continuidade no encontro entre LeLex Luthor e Exterminador. O que não dá pra entender é a fixação no Coringa faz-de-conta do Jared Leto chegando a tal ponto que rende a cena mais constrangedora do ano (sim, eu sei que ainda estamos em março). Quer Coringa, Batman, Liga e o Superman boladão num cenário pós-apocalíptico, reveja o cinemático do DC Universe Online. E desapega de vez.
O que realmente impressiona nesse Liga da Justiça é a rara (raríssima) oportunidade de correção histórica dentro do cinema blockbuster. Mesmo com os vários problemas e idiossincrasias, Zack Snyder entrega um bom filme da superequipe mais emblemática dos quadrinhos – também, só me faltava passar uma tarde inteira assistindo um filme meia-boca ou, pior, um novo Batman v Superman. Mais legal ainda é ele ter tido essa chance, por todas as dificuldades pessoais e públicas inimagináveis que atravessou nos últimos anos.
Um pouco de justiça poética, pra variar.
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15 comentários:
"...o novo Liga da Justiça atropela a 1ª versão (o que convenhamos, não é mérito algum)."
Já usaram essa ladainha pra me convencerem a ver o filme. Só Uwe Boll ou alguém do mesmo naipe faria pior.
Isso é só a 1a amostra da fraca argumentaçao dos Snyderminions mais exaltados. Aliás, esses fãs me lembram muito o eleitorado de um certo presidente, que construiu a fama só apontando os erros de governos anteriores...
Ainda sobre o Josueldon:
Eu sinceramente não sei com o que os caras da Warner tavam na cabeça quando o chamaram pra fazer o filme da Liga. O cara já tava saturado, tanto que foi chutado do MCU, talvez tenha tido uma treta também. Mas mesmo assim, todo mundo já tinha se ligado que Vingadores e Era de Ultron tinham mais hype que qualidade.
"(Pensando bem, até o cinema do Michael Bay é "cinema de autor". E nem precisamos do nome dele estourando retinas no título para reconhecer o istáile)"
Michael Bay é muito criticado, mas ele tem bons filmes no currículo como "A Rocha" e "Sem dor, sem ganho". Coitado não merece tanta malhação, o fato dos fãs dele só irem assistir aos filmes dele e não ficarem enchendo o saco dizendo como ele é um gênio incompreendido já é vantagem
Por aí, L...
A questão é que a Liga 2017 é um produto tão mal acabado quanto o último do Quarteto pela Fox. Por isso a comparação com esse corte virou uma afirmação carne de vaca - mas justificada. É um reconhecimento ao fato que a ideia inicial de Snyder tinha, de fato, um ponto interessante.
Não sei se rolou treta entre Marvel e Whedon na época. Mas lembro dele afirmando, durante a produção, que estava o pó da rabiola de exausto. E o filme reflete bem isso.
O Bay tem filmes legais sim. "Sem Dor" ainda não vi, mas também curto "A Rocha" e o 1º "Bad Boys", assim como "13 Horas" e "A Ilha". E outros são tão ruins que são divertidos, como os primeiros Transformers. Claro, tem que abstrair a patriotada over e a edição epiléptica...
Abraço!
Salve Doggma!
Continuarei mantendo distância como os anteriores, Super-Homem que deixa o Pai morrer? Não ferra, Snyder!
Abs!
VAM!
Fala, Kal-VAM!
Pois é... o mesmo pai que diz ao jovem Clark que é preferível preservar sua identidade a salvar a vida de crianças em um ônibus escolar. Como defender um negócio desses? Não saberia nem onde começar.
Snyder segue teimando em fazer do Escoteirão uma fera recém fugida da jaula, mas o filme consegue funcionar bem dentro dos seus critérios. Pra mim valeu a pena e recomendo a experiência - o que não é garantia que vai vingar pra todo mundo, claro...
Abração!
Ok, já deu.
1ª vez em 15 anos de BZ que apago comentário - e foram cinco na sequência. 1 meu inclusive.
Falar de política é legal e totalmente liberado aqui até os dedos começarem a se apontar. Aí vira briguinha de criança birrenta e com a fralda cheia.
Tenho paciência não...
Eu me surpreendi com o filme, achei que ia ser muito ruim. Talvez o corte original de duas horas fosse tenebroso mesmo. Aliás é injusto comparar um filme de 2 horas "remendado" com um de 4 horas turbinado com mais 70 milhões de dólares. A pergunta deveria ser outra: O que o Joss Whedon faria em um corte de 4 horas? Tirando seu comportamento tóxico nos sets de filmagem que veio a tona nos últimos tempos acho ele um diretor de mão cheia.
Boa questão, Zé. Pra mim, seria o mesmo desastre só que x 2.
A não ser que Whedon tivesse carta branca pra descartar tudo feito até então, desde o script inicial. O estilo do cara é claramente incompatível com o "Snyderverse". Diria que são extremos opostos até.
Mas provavelmente nem o Snyder se sairia bem num corte padrão de 2 horas, como queria o estúdio. E adicionaria mais um item controverso em sua filmografia.
No fim das contas, ele fez o filme como queria e surpreendeu muita gente que não esperava nada (tamo junto!). Parece que o universo acertou as contas com o Snyder.
Salve Dogma!
Aguardando as continuações pq se depender da maioria (incluindo eu) teremos momentos de alegria e pastelões para nos entreter.
T+ parceiro.
Na minha opinião o Whedon sempre foi superestimado, já gostei de Buffy e Angel nao vou negar. Mas hoje vejo que elas não eram essa coca-cola toda. Vou dar um pouco de crédito a ele por ter feito praticamente todos os diálogos de Velocidade Máxima, fora isso, pouco me importa o que ele faz.
"... Não saberia nem onde começar..."
E tem mais essa ainda, enquanto Glenn Ford e Eddie Jones viram o copo meio cheio, Kevin Costner...
Ahhh... Snyder filho duma...
- - -
"Tenho paciência não..."
Eita! Mas até aqui?!
Se bem que Tio Romero já previa que mesmo diante do fim da humanidade, as hostilidades continuariam... depois o Bub é quem leva a culpa de ser anormal.
Abs,
VAMiolos
Até que enfim criei coragem pra encarar as 4h e, olha, nem um pouco decepcionado. Tem que ter muita, mas muita má vontade pra dizer que é o mesmo filme de 2017 turbinado com uns extras de versão blu-ray. A pegada é bem outra, com vários defeitos inclusive, mas infinitamente mais empolgante (pelo menos a partir da segunda metade). O Snyder realmente sabe fazer ação de um jeito bem particular, um lance mais brutal e ao mesmo tempo estiloso, moderno. Os personagens não estão tão babacas como em BvsS, dá até pra se identificar com vários, o que facilita muito o, pra usar a palavrinha do momento, "engajamento" no filme. (Spoiler Alert: engraçado demais o momento em que o Super full pistola ataca todo mundo é só vai parar quando topa com o poder da buc....inha. E ainda tem a cara de pau de ir tirar o atraso enquanto o mundo inteiro acaba.) Convenhamos, a impressão de deja vu na trama em relação à Guerra Infinita incomoda mais de uma vez, mas no frigir dos ovos o saldo é muito positivo, e dá pra dizer que o Snyder calou sim a boca de muito hater. Se isso vai render alguma coisa a mais ninguém sabe, ele já jogou a rede...
Vi os dois. O Snyder cut é bem melhor, mas a sensação de quebra cabeças mal montado permeia a exibição do filme. Comentários de sobrinhos que assino embaixo: a) Como é tosco o Flash em alta velocidade (vide mercúrio do X-men); b) como o traje do Flash foi mal concebido; c)Visualmente Cyborg é um fracasso total, um óbvio CGI que parece ter sido feito as pressas (Iron Man de 2008, dez anos antes, parece ainda hj mais orgânico); d) Aquela cena do Aquaman com o laço da Mulher Maravilha merecia ter sido mantida. Para mim, Snyder matou de vez a sensação de deslumbre que a gente sentia quando assistia super man, por exemplo, esse sentimento existia no primeiro super man do Richard Donner. Joss Whedon tentou resgatar um pouco disso no primeiro Liga da Justiça e falhou. Por fim, mais um filme com dois dos maiores super heróis fraquinho pra caramba. Uma pena.
Marcelo Andrade: e será que rola continuação? Ao que parece, tá mais pra descontinuação...
✯ ✯ ✰ ✯ ✯
L: fora Buffy/Angel, Whedon ainda fez Firefly, que era/é sensacional. Como força criativa, ele tem um merecido crédito. É bem acima do padrão. E escreveu uma das minhas fases preferidas dos X-Men. Cheguei a comentar seu trabalho num collab há uns anos:
https://blackzombie.blogspot.com/2009/11/meme-mulheres-de-cinco-autores.html
O que ninguém imaginava é que o cara era um maníaco nos bastidores. Provavelmente a carreira foi pro vinagre, igual à de tantos outros.
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VAM!: impossível viver em 2021 sem levar um respingo.
Abraços apocalípticos,
Bub, irritado.
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Bernardo: mesmo com premissa e vários elementos em paralelo, na prática, não senti similaridades com Guerra Infinita/Ultimato não. Pra mim, um dos maiores feitos de Snyder foi ter conseguido escapar pela tangente. Em parte, pela estrutura narrativa, em parte, por sua mão pesada, com os oceanos de câmera lenta e estética "dark videoclip".
E agora que fez o impossível, que era recolocar esse longa na praça, gostaria sim de ver uma conclusão para o Snyderverse. Com menos de 4 horas por filme, de preferência.
✯ ✯ ✰ ✯ ✯
Paulo Bala: se levantar a barra de exigência o Snyder Cut vai passar um perrengue, mas vamos lá...
a) "Como é tosco o Flash em alta velocidade"
- Concordo em tudo e me pergunto por que nunca fazem os raios na cor amarelada, como nas HQs (que, autenticidade científica para um personagem que corre à velocidade da luz?);
b) "como o traje do Flash foi mal concebido"
- Um dos trajes mais simples e bacanas dos gibis e conseguiram errar;
c) "Iron Man de 2008, dez anos antes, parece ainda hj mais orgânico"
- Fora isso, detesto a mania de fazerem do Vic uma espécie de Megaman... mas, justiça seja feita, é algo que vem dos quadrinhos pós-Marv Wolfman;
d) "Aquela cena do Aquaman com o laço da Mulher Maravilha merecia ter sido mantida"
- Bem lembrado. Deve ser do Whedon, por isso foi pra lixeira. Mas era divertida mesmo.
Bônus e) ah, a memória do Darkseid...
A verdade é que Snyder trocou a magia/deslumbre DC por uma releitura massavéio DC. Os tempos mudaram, mas ele não fez questão nem de equilibrar os dois aspectos. Uma pena².
Sempre que minha abstinência bate forte, releio algo das eras de Prata e Bronze. E, em episódios mais severos, abro logo uma galeria com o DC Style Guide do José Luis García-López ou revejo alguma versão extendida dos dois primeiros Superman. É tiro e queda.
Abraço!
Salve Dogma...
Pode ate rolar uma descontinuação...mas o povo ñ está c/ pressa e sim...ta botando pilha... ja viu isso?
https://www.youtube.com/watch?v=0U6McoIeLfw&ab_channel=Movila
Tinha visto não, Marcelo. Como soam discrepantes na tela, hm?
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