segunda-feira, 13 de março de 2023

Opa! Peraí, Canisso


José Henrique Campos “Canisso” Pereira
(1965 - 2023)

Pegando todos os quarentões-e-além no contrapé, se foi o grande Canisso. E com ele, boa parte do elemento "diversão" no rock brazuca dos anos 90. Aliás, nem vou fingir que não achava o Raimundos a banda mais divertida do cenário noventista nacional e certamente aquela na qual mais fui aos shows. Era o lugar certo, na hora certa.

Canisso parecia, de longe, o cara mais sussa entre os quatro integrantes. Fosse no palco, fosse nas entrevistas em meio aos seus inflamáveis colegas, ele sempre manteve uma postura, digamos, Coach Beard: estóico, imperturbável, pé no chão e com um pavio de 12 quilômetros de extensão. Um cara-crachá inequívoco de sujeito boa praça.

E figura no seleto clube de baixistas que me faziam cometer um air bass criminoso, mas daora, debaixo do chuveiro.

Também, com esse naipe de estaladas matadoras, quem nunca?






Valeu por tudo, Canisso!

5 comentários:

Chico disse...

gente boa a vera! Novo pra caceta!

doggma disse...

Novo pra caceta² mesmo. Parecia o Raimundo ideal para um papo numa mesa de boteco!

Igor Valente disse...

Foi-se o único Raimundo que ainda era possível admirar, em meio a uma banda cujos integrantes deram uma guinada reaça/fundamentalista inexplicável, dada toda a irreverência e anarquia que caracterizaram sua letras e atitudes na década de 90. Naturalmente que as pessoas mudam, mas nem sempre pra melhor...

doggma disse...

Pois é, Igor. Da formação original, só ele e o Fred não viraram bolsonóias. A cozinha da banda. Já os frontmen...

Como diria o Ice Blue, a ironia da vida é foda.

Esqueci de comentar: Canisso conseguiu a façanha de participar de um reality show (Troca de Família) e sair de lá ainda mais admirável. Zero estrelismo. Era o cara.

Igor Valente disse...

Pois é! O Fred estava sumido e fui dar um confere nas redes sociais dele. Fiquei aliviado em saber que não foi tragado pelo surto coletivo.