sábado, 15 de julho de 2023

Retorno ao grande nada


E o novo movimento da Marvel em relação ao Justiceiro não é nada novo. A editora já subutilizou tanto o recurso de passada-de-manto, e com tantos personagens, que tudo parece só mais um dia sem ideias na Casa das Ideias. No entanto, malandra e com zero senso de autocrítica, jogou a isca num tuíte visando engajamento para a vindoura SDCC.

Mesmo que seja para falar mal. Aliás, de preferência, me parece.


É verdade que o Justiceiro se tornou uma grande enxaqueca para o editorial da Marvel. Era uma questão de tempo e de uma conjunção muito específica de fatores – providenciada em velocidade warp pela onda fascistoide e reacionária que varreu o planeta nos últimos anos. O caldo, evidentemente, entornou. Não havia muito o que fazer. Na corrida pelo controle de danos, a emenda foi pior do que o soneto. Mas muito pior mesmo.

Resultado, é a 1ª vez desde 2013 que não pego um TPzinho honesto do Francis Castiglione. Por hora, parei.

De todo modo, tenho tudo o que preciso do Caveirão (a bença, Ennis). Mas não reclamaria de uma reedição joiada de Retorno ao Grande Nada.

E o "novo Justiceiro"? Ah, só pode ser o Cable...

8 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto lia esse maldito Justiceiro do Jason Aaron, lembrei muito de uma linha de texto sua na resenha de Um Dia a Mais.

É outro roteiro bom pra coroar a pior das ideias; ao ponto até de ladear o Frank com tópicos do dia, como a adolescência armada e alienada.

Fosse um What If vitaminado, eu confesso - após muita tortura - que indicaria o gibi pra o rol de melhores histórias de realidade alternativa da Marvel. Como não é, as quatro páginas finais só servem pra recondicionar minha úlcera nervosa.

E sabe o que é pior?! O Aaron podia ter chutado o balde bonito e reafirmado o Frank de um jeito simples e foda no finalzinho, dizendo apenas que "sim, sou tudo isso e, ainda assim, vocês preferem que eu esteja por aqui pra validar o que vocês não são". Claro, é o meu What If pessoal, com um tempero agridoce porque é uma história bem produzida, com um Jesus Saiz entregue à missão e um Paul Azaceta que te entregue flashbacks odiosos, mas como se fossem aquela gordura culposa de picanha.

(*) Também acho que é o Cable, mas meu envolvimento com isso acaba por aí. Do outro lado da rua, o Demolidor tá tão ruim quanto e acho que também já li e tenho tudo que gostaria do personagem.

Abraço.

Luwig disse...

Porra, esqueci de assinar.

doggma disse...

Rapá, com esse take aí... atiçou a minha curiosidade. Sou putinha de uorífes. Mas tem esse pequeno problema: é cronologia regular, não o parquinho elseworld. Acho que vou importar umas edições pra ver se compensa.

Pra mim, DD até o Soule tá de boníssimo tamanho. Mas sigo a Devilektra do Zdarsky.

lendo à bessa disse...

Desinteresse total pelo personagem desde a saída do Rucka também (ainda dei uma olhada no aquele tal Rosemberg fez, mas não me fisgou). Tempos difíceis para o personagem… Se tornou passível de cancelamento até lê-lo e comentá-lo em redes sociais.
Apesar dos pesares, separei da pilha Zona de Guerra, a reedição da CLÁSSICA GHM 50, com Chuck Dixon e Romitinha arrasando. LINDO.

lendo à bessa disse...

Aliás, Justiceiro Max esgotadíssimo seria sinal de algo? Até pensei, mas lembrei que talvez seja pra não embananar os mais novinhos (eles leem?) com a 1a passagem do Ennis pelo Justiceiro. (Bença, Garth.)

doggma disse...

Faz sentido. Nas arrumações, me embanano MUITO na ordem de Ennis-Hurwitz (Punisher MAX 1ª série), Swierczynski-Gischler-Hurwitz (segue a numeração, mas muda o título para Frank Castle the Punisher MAX) e Aaron (P. MAX 2ª série). Sempre malho os bíceps por um ano ali.

Zona de Guerra é divertida demais. Li e reli essa GHM #50 incontáveis vezes, bem como as SAM que deram continuidade, já quase baixando as portas do boteco.

https://blackzombie.blogspot.com/2005/04/domingo-no-parque.html

A Panini podia publicar mais um volume ao menos para fechar a fase Dixon.

Anônimo disse...

Justiceiro das SAM e aquela revista tamanho Conan (que só tenho a n 1 e nem sei até qual numero foi) e aquela edição linda de Coraco Negros com o Romitinha desenhando tudo me marcaram muito no início da adolescência. Q “herói” era aquele ? Depois dessa fase dos anos 90 confesso q vi pouca coisa q me empolgou. Talvez ele tenha marcado muito pq foi dos primeiros anti que surgiram. Depois q a fórmula deu certo vieram genéricos a baciada e ele acabou se tornando mais um. Images e similares tão aí pra provar. Essa é minha teoria. Acho q ele não cabe mais nos tempos de hoje. Mas confesso q aquela pontinha infame em Guerra Civil reacendeu minha simpatia pelo Castle✌️

doggma disse...

Aquela pontinha extremamente criticada por aí, diga-se. Mas curti também, pelo inesperado da situação.

Infelizmente, essa época do Justiceiro formatão magazine foi justamente quando me afastei dos gibis. Só fui ler, via scans, uns dez anos depois.

Longe de mim querer entupir a pilha de leitura alheia, mas o Justiceiro MAX do Garth Ennis é, para mim, o melhor material do personagem já publicado. E um dos melhores quadrinhos que já li na vida. Se eu fosse você... ;)