segunda-feira, 11 de março de 2024

Uma gata perfeita

Olhei o descontinho de 42%, respirei fundo e fui.


Mulher-Gato por Ed Brubaker parecia inatingível e, mesmo assim, inevitável. Só conhecia os dois primeiros arcos, publicados pela Panini em Mulher-Gato: Um Crime Perfeito, e já tinha achado o melhor material que li da Selina. Coisas que só a dupla Ed BrubakerDarwyn Cooke faz por você.

Isso foi em 2008. Os tempos mudaram. E os preços também.

Desta vez, a fase está completa e trazendo um selecionado que vai de Mike Allred e Javier Pulido a Sean Phillips e Paul Gulacy. O irônico é que durante muito tempo, achava que o TPBzinho único cobria todo o material... Ignorance is bliss.

Mas que TPBzinho maravilhoso foi aquele.


Tal qual a anti-heroína, a edição era um charme: capa cartão com orelhas e reserva de verniz, papel couché, extras com capas originais, bios e pequenos mimos com informações. Um trampo editorial caprichado do Oggh.

Mesmo após 15 anos, o gibi nunca saiu do alcance da mão. Já o Omnibus-calhamaço de 1080 páginas não consegui nem levantar para a foto.


Na época, deve ter vendido meia dúzia de exemplares. Uma pena. Preferia mil vezes que o run fosse serializado assim.

3 comentários:

Marlo de Sousa disse...

Como é que ia vender muito naquele tempo? A média de preço de um encadernado com número de páginas parecido era algo entre 17 e 20 reais, mas ele chegou custando inacreditáveis R$ 49,90! Demorou, mas acabei comprando em alguma promoção, nem sei mais dizer por quanto.

Acho ótimo saber que o omnibus cobre toda a fase, mas tenho incontáveis ressalvas quanto ao formato, que vão da manuseabilidade ao preço. Adoraria tê-lo na estante, mas percebo que meu fervor de leitor/colecionador já não ferve tão fervente assim.

Abraço!

Luwig Sá disse...

Na época em que esse gibi estava alinhado c/ Detective e Batman, lembro de mandar e-mails p/ seção de cartas da mensal. Foi frustrante que não tenha saído na íntegra, mesmo c/ espaço no mix.

Acredite se quiser, tenho um amigo aqui em Campina que simplesmente me deu três versões dessa fase: 1) as 37 edições (originais) flop; 2) todos os encadernados (menos encorpados); e 3) 3 TPs (mais encorpados)*.

(*) https://twitter.com/osescapistas/status/1450218688683069446?t=uB_C6cCKeK_6fn-PvOTssg&s=19

Bom, provavelmente, tô dando dica "p/o homem que tem tudo", mas um gibizaço recente da Selina é o Cidade Solitária. É outro DK à moda Black Label, mas foda-se. Já leu...?

Abração.

doggma disse...

Falem, meus queridos!

Marlo, joguei esses 49 mantegas na calculadora online e deu ~123 haddads (IPCA). Um absurdo. A tiragem deve ter sido bem baixa.

Deve ter sido um pé atrás com o apelo de uma série solo da personagem. Mas tanto o Brubaker quando o Cooke já eram nomes fortes por aqui. Vide as anteriores Gotham City Contra o Crime e DC: A Nova Fronteira.

Talvez a opção pelo couché não tivesse sido muito bem calculada. Na época, o grosso dos encadernados vinha com o finado LWC, o "couché de pobre", mas bem bão também e mais baratinho.

Vai se saber.

Luwig, que presentaço, hein! Esse é amigo para morar no coração sem pagar aluguel.

Pô, essa info aí deixa a falta de estratégia da Panini ainda mais escandalosa. Nesse tempo, não pegava a mensal do Batman, mas, sem sombra de dúvida, teria comprado as edições com a série. Na banca mesmo ou caçando depois, como já fiz várias e várias vezes com outros títulos. Essa é daquelas que não dá pra passar.

Cidade Solitária adquirido e na fila de leitura. Já estava instigado com a premissa, mas agora acaba de subir para o top 5 da fila.

Abrações!