terça-feira, 13 de abril de 2004

LIVE SHIT: O MELHOR DOS MELHORES!


Reconhecidamente dono de uma das melhores performances (senão a melhor) dentro do estilo hard/heavy, em novembro de 1993, o Metallica resolveu suplantar a enorme quantidade de material pirata que levava o seu nome. O resultado foi um projeto-monstro que envolvia um CD triplo e 3 home-vídeos VHS cobrindo parte da turnê do Black Album, de 91. Isso tudo, fora os já então lançados home-vídeos da série A Year and A Half..., que focavam os bastidores das gravações e parte da tour subseqüente. Com certeza um lançamento ainda mais radical do que os dois Use Your Illusion, dos gunners - então os reis da montanha heavy.


O box importado é bem mais legal!!

Live Shit: Binge & Purge, um mega-registro dessa época, foi relançado recentemente na seguinte configuração: CD-triplo, DVD duplo e um livreto de 72 páginas contendo entrevistas, fotos e comentários. A trouxa toda está saindo em torno de uns 200 reais. É um absurdo mesmo, mas tenho de dizer: vale a pena! Vale, vale, vale. Se você é fã do Metallica então, é obrigatório. Se não, eu diria que é um excelente estudo de sociologia. Os shows são verdadeiras catarses coletivas, privilegiando a interação visceral entre público e banda, através da música. Sem contar que a banda estava no auge da sua excelência técnica. Entrando em contato pela primeira vez com o mainstream, o Metallica estava unindo o melhor dos dois mundos – a qualidade sonora incrível (e asséptica na medida certa) do pop e a intensidade, coesão e energia da música pesada. A parte técnica visual então, é irrepreensível. A edição dos filmes dá um show à parte. Não digo que não rolam overdubs, mas a coisa fica muito próxima da realidade. E finalmente vi os famosos cortes rápidos (estilo MTV) funcionarem harmoniosamente com o andamento das músicas. E as músicas...


O Metallica tem a maior coleção de hits conhecidos entre os rockeiros de plantão... nesse quesito, talvez só perca para o Iron Maiden e o AC/DC. Como o repertório é do Black Album pra trás, temos aí as pedradas da fase antiga e o choque bem-vindo que foi o álbum preto. E dá-lhe Creeping Death, Harvester of Sorrow, Welcome Home (Sanitarium), Enter Sandman, The Four Horsemen, Trough The Never, Battery, Blackened, Master of Puppets, mais um senhor medley, Justice Medley, três covers, Last Caress, do Misfits, Am I Evil?, do Diamond Head e Stone Cold Crazy, do Queen, e mais um monte de porrada. Graças à Deus, nada do Load e Reload (cá entre nós, King Nothing e Fuel, que eles tocam em todos os shows atuais, são uma puta perda de tempo). Ali é só o melhor. Dos melhores.



CÁTIA FLÁVIA E A CALCINHA EXOCET


O nome da femme fatale moulin rouge aí é Bianca Jhordão, guitarrista e vocalista da banda carioca - e promessa pop - Leela. Agora um copy/paste diretamente do site oficial:

"Com o fim do Polux, banda da qual faziam parte Rodrigo e Bianca, em junho de 2000, os dois decidiram seguir em frente e formar uma nova banda. A idéia era trabalhar as canções que os dois estavam fazendo no final do Polux, além de experimentar novos caminhos musicais.

Nesse momento de transição, eles ainda não contavam com integrantes fixos nem nome para a banda. Tinham apenas a vontade de pôr em prática idéias que fervilhavam cada vez mais em suas cabeças. Em pouco tempo eles já tinham a concepção das músicas que fariam parte do primeiro registro da banda, o baixista e o baterista fixos na banda: Katia Dotto no baixo e Alexandre "Velho" Griva na bateria.

Com eles gravaram duas músicas e, no final de julho, a banda (ainda sem nome) deu uma parada. Bianca e Rodrigo viajaram durante um mês e Katia e Velho dedicaram-se às suas bandas paralelas (Kanella Pie e Jimi James respectivamente).
Quando voltaram, já tinham um show marcado e um nome para a banda: LEELA."

Bem, vamos ao que interessa. A banda é ótima, muito boa mesmo. Lembra um Breeders mais sexy. Bem mais. O grupo tem o tesão rocker e o tino pop que falta no cenário atual. Tão bom quanto o trabalho da Mariana Davies e bem melhor do que Penélope. Merece todos os louros do sucesso, e as viscitudes conseqüentes do mesmo (o que seria da vida sem o fundo do poço...?). Mas o que chama atenção logo de cara (o que seria da vida sem as primeiras impressões...?), é o rostinho angelical/sensual da front-woman Bianca... E se vocês a ouvirem cantando, vão ficar ainda mais... ahn... animados... A seguir, umas espiadelas na gata...











Aaaahh... eu quero... :P



Pra acabar, mais um resíduo do furacão que foi a chamada Era Jim Lee dos quadrinhos. Não essa agora, do Bruce e do Clark (Era Jim Lee 2 - A Missão), mas durante os anos 90, à frente dos X-Men e o que mais pintasse de heróis ultra-anabolizados e heroínas gostosudas, com altas caras, bocas e poses de quem está doido pra dar um cruzo. Confiram aê.


Na verdade não se trata de um plágio, mas de uma homenagem. O desenhista Silvio Spotti fez uma Sonya Blade (aquela do Mortal Kombat) em uma pose similar àquela clássica passagem da Psylocke do Jim Lee. Interessante.

Mas fica a questão... Olhando hoje, 10 anos depois... será que o Jim Lee foi prejudicial à qualidade das HQs? Será que produtos realmente bons, como os X-Men de Grant Morrison e os Ultimates de Bendis e Millar, sofreram um atraso de, no mínimo, uma década, por conta desse boom de heróis musculosos, heroínas peitudas e histórias de qualidade duvidosa? Como estariam as HQs de hoje se não existisse o Jim Lee?

Na minha opinião, acho que bem melhores.

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