Kevin O'Neill
(1953 - 2022)
Sem esquecer a estranheza da página de abertura em Batman #16 (2ª série da Abril), lembro vividamente do meu 2º contato com o traço de Kevin O'Neill: foi na Graphic Novel 9: A Era Metalzóica, dele com o Pat Mills. Ambos emergentes da 2000 AD. Ambos "invasores britânicos" injetando transgressão direto no comics mainstream. Logo na sequência, veio Marshal Law e àquela altura já estava completamente chapado com todos aqueles conceitos sofisticados de design, narrativa e ultraviolência.
Nunca tinha lido nada tão pervertidamente violento. Perto daquilo, até as minhas edições mais proibidonas de A Espada Selvagem de Conan pareciam exemplares da Marie Claire. Na época, era um negócio tão anárquico e doentio, que costumava esconder os gibis embaixo das revistas de mulher pelada.
Logo vieram as contribuições de O'Neill na antologia Hellraiser e nas graphics do Lobo. Não demorou até o artista ser cooptado pelo mago Alan Moore para A Liga Extraordinária, uma das maiores obras de quadrinhos já paridas na História.
É impressionante. Passei a mão em praticamente tudo de Kevin O'Neill que saiu por aqui sem sequer pensar a respeito. Não havia o que discutir. É uma trip que vem batendo ininterrupta desde 1989. E pretendo manter assim, se lançarem o oceano bibliográfico que ainda se encontra inédito por estas bandas.
Por hoje, é hora de agradecer. E dizer um "até logo" para o meu longevo amigo da pá virada.
Thank you for everything, Kevin O'Neill!
4 comentários:
Porra, tá foda
Nem deu pra absorver as outras perdas, vem e essa e já recebi a noticia do Carlos Pacheco
Tenso. Me falta blog pra postar tanta despedida.
Ce ta louco...quarta feira + icones partindo.....fala serio!
O dia de hoje foi surreal... isso pra não falar dos últimos 6 dias!
Postar um comentário