Antes de mais nada, queria dizer que estou QUE-BRA-DO fisicamente. A última vez que fiz tanto exercício foi com a minha ex-namorada no aniversário dela, ano passado. E também estou rouco, muito rouco. Mal consigo atingir 2 decibéis de ruído. Ah e, principalmente, estou surdo. Mais surdo que o Pete Townsend, do The Who. Eu não ia no show não, apesar de curtir a banda desde 89. Acontece que ontem, 3 amigos meus da minha fase headbanger (na época da escola!), e os quais eu não via há tempos, me ligaram e me recrutaram para encarar essa missão. Então, vambora... de volta ao final da década de 80/início dos 90...
Andreas Kisser arrancando sangue da guitarra
Ontem, sábado, dia 13 de março, no ginásio Álvares Cabral, em Vitória, caiu uma bomba atômica. Eu já fui à muitos shows de rock/metal e, sem fazer gênero, posso afirmar seguramente: quem ainda não foi a um show do Sepultura não sabe o que é um show de rock pesado. Com a força, coesão e profissionalismo de quem já está na estrada há mais de vinte anos, a banda mostrou que o sangue quentíssimo ainda corre nas veias com a mesma intensidade da época da garagem. E daí se Max Cavalera rachou fora? Problema dele. O vocal rasta Derrick Green não deixou que ninguém sentisse a sua falta, agitando a galera e batendo a cabeça durante duas horas ininterruptas. O baixista Paulo Júnior definitivamente deixou pra trás os tempos de "músico meia-boca", se tornando um verdadeiro carniceiro no baixo. O guitarrista Andreas Kisser se destaca de maneira única na cena da guitarra heavy. Ao contrário da maioria (leia-se Kirk Hammett, Dave Mustaine, Yngwie Malmsteen e outros), o cara não faz somente aquele bê-a-bá do metal, que é a digitação e acordes altos, ele imprime uma boa dose de experimentalismo, ruído e... silêncio! Um mestre, sem exageros.
Igor Cavalera, literalmente espancando a bateria
Esse aí é um assunto em particular. Eu já vi vários shows do Sepultura em vídeos, na MTV e no MuchMusic, e pra quem também já viu e não foi ao show, um aviso: o cara é muito melhor do que se vê na telinha. Considerem a opinião de alguém que já viu o Neil Peart tocando de perto. Misturando uma técnica intrincada e irrepreensível com uma intensidade incrível nas batidas, Igor ainda arranja tempo de combinar ritmos tribais com linhas de percussão quebraçadas. É ao vivo que vemos músicas mais experimentais como Sepulnation e Apes of God fazerem todo o sentido do mundo.
Falar do set-list fica até difícil, já que a apresentação inteira manteve a pressão lá no pico. Mesmo pra quem não é apreciador desse estilo extremo, acharia incrível a interação público/banda, através de um som pra lá de dicotômico. Stress zero após o show. De qualquer forma, a banda inciou o assalto com uma sessão do novo Roorback (Come Back Alive e Godless), emendou com clássicos mais recentes (Propaganda e a arrasadora Biotech is Godzilla), mais umas novas e depois só as antigas. Aí foi festa. Claramente pra compensar o atraso da banda em tocar no ES, clássicos do metal desfilaram no ginásio lotado: Troops of Doom, Arise, Dead Embryonic Cells, Innerself, Mass Hypnosis e outras pérolas do cancioneiro thrash. Um breve intervalo e uma citação ultra-cool de Dazed and Confused (do Zeppelin) prepara o terreno para uma versão tonelada de Bullet in The Blue Sky, do U2. Com pernas, braços e pescoço pedindo arrego, encaramos ainda uma seqüência matadora: Territory, Refuse/Resist e a arrasa-quarteirão Roots Bloody Roots.
Não teve Orgasmatron, mas, sinceramente, eu já estava paralisado do pescoço pra baixo e com um enxame de abelhas zumbindo dentro da cabeça. ROCKAÇO!
Dead Fish - hardcore na veia!!!
A abertura ficou a cargo do excelente Dead Fish, verdadeira referência hardcore brasileira. Ao contrário de baboseiras românticas, como CPM22 e Detonautas, o DF é uma metralhadora giratória com alvo certo no "sistema". Com mais de dez anos de estrada (e que estrada!), a banda está 100% profissional, com um show realmente arrasador, nível Pennywise/Bad Religion. Confesso que sou suspeito, pois curto esse grupo desde a fase das fitas demo, lá por 92/93. É uma pena que eles estão de mudança pra São Paulo, a nossa Babilônia moderna. Tomara que eles se dêem muito bem por lá, por mais burguês que seja.
Pode não parecer, mas o COELHINHAS DA MANSÃO TRIPLE XXX ainda está ereto e pedindo mais! Aproveitando a ocasião da estréia nacional (finalmente!) da revista Battle Chasers, façamos uma mini-pseudo-enquete aqui. De um lado, uma das pin ups mais bem dotadas das HQs, a cavalaça Red Monika. Cria do artista Joe Madureira, a guerreira ruiva protagoniza cenas pra lá de picantes e ensaia posições pra lá de tentadoras... Mas também ela é quase que um tributo à outra guerreira veterana, que anda meio sumida das HQs: Red Sonja. No traço de Frank Thorne ela já fez muito marmanjo (eu) babar a gola da camisa, "entre outras coisas mais" (eu). Ela já teve inclusive um filme bem tosco, com a ultra tesuda Brigitte Nielsen no papel principal. Putz, a Sonja era muito gostosa!!
Enfim, agora é com vocês... quem é a mais gostosa e mais merecedora de um Especial Coelhinhas? Red Monika ou Red Sonja??
Todo "foda-se" é pouco pra expressar o ódio que eu tenho do Blogger Brasil e sua equipe de urubus leprosos. Os caras bloquearam o BZ, ainda que ele estivesse de acordo com as suas novas regras (10 MB por blog). Pra piorar, ainda me colocam no endereço que "Este site foi bloqueado por não respeitar as Normas de Utilização do Blogger"! Putz! Quem lê isso, pensa que eu sou um traficante de armas ou coisa parecida! E a cambada de cornos me deu um prazo até sexta pra acertar tudo, depois me "devolviam" o blog. Deletei quase tudo, só deixei os últimos 2 ou 3 posts, mais umas coisinhas - deu uns 600 Kb - e até agora nada! Não dá nem pra copiar as imagens... e eu achando que estava tudo certo e que eu estava fora da malha-fina... o pior soco é aquele que a gente não espera.
De qualquer modo, rapei o template (deu tempo!), e botei aqui no Blogspot - que também usa os servidores do Blogger Internacional. Só que aqui a coisa é bem mais às claras: nada de uploads. E já que o reflexo no Brasil demora mas acontece, podem esperar que em breve o Blogger Brasil vai zerar os 10 MB pra não-assinantes também. PAU NO CU DO BLOGGER BRASIL!
Ah, e valeu pela força (e informações!), OutZ, Alcofa, .:Logan:., Conde Dookan e mais uma galera (vocês sabem).
2 comentários:
Eu estava lá, showzaço de ambos. Igor cavalera destruiu na batera. Rodriguin prestes a estourar com Zero & Um
Costumava ir aos shows do DF no finado Kart Indoor, na época em que ainda se chamavam Stage Dive. Foda demais. E Sepultura, só digo que essa foi a única vez em que vi a banda com o Igor ao vivo, infelizmente!
Abração, meu chapa. Resgatou esse post, hein!
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