Engraçado como os executivos de Hollywood complicam as coisas quando se trata de filmes baseados em HQs. Tudo bem, os responsáveis diretos pelas adaptações são o roteirista e o diretor. Mas quem aprova o produto final é o pessoal do andar de cima, que, por sinal, também contrata o roteirista e o diretor. Então, no caso, “eles” são os culpados, tanto por bons filmes, como X-Men, quanto por vacilos colossais, como Batman & Robin. Aliás, o fato daquele roteiro de J.J.Abrams para o Super-Filme não ter decolado, não foi por intervenção "deles" e sim, por uma intervenção divina, pois se tratava da Wacko Warner. Aquilo foi a prova cabal da existência de um Deus benevolente e justo.
E coitados dos personagens... inventam várias origens diferentes (em sua maioria, piores que a original), glamourizam demais o seu universo (lembrando um carnaval fora de época e de país) e - o mais grave - ainda têm aquele conceito de que um herói é invencível. Algumas das melhores graphic novels, seja coincidência ou não, retrataram justamente os piores momentos de um herói. DK, Saga da Fênix Negra, Thor – Vikings, Hulk – Futuro Imperfeito, A Queda de Murdock, entre outras.
E por falar no vigilante sem medo, a pior falha de sua adaptação foi a resistência super-humana que lhe imputaram nos 15 minutos finais. Ele estava acabado, e mesmo assim, encarou seus dois piores inimigos, um mais forte que o outro. Murdock vencendo o paredão W. Fisk naquelas condições... qual é...! Se ele perdesse ali, aí sim, Demolidor passaria de “filme mediano” para “filme mediano com um final excelente”... além de ser um belo gancho para o segundo filme. Vocês sabem... a aguardada revanche, a volta por cima, essas coisas.
Underground é underground. Esse submundo supera limitações e ainda surpreende, tanto no cenário musical e cinematográfico, quanto em qualquer tipo de arte. Precisou um diretor do circuito alternativo (trad.: sem emprego num grande estúdio) pra criar os melhores minutos da vida cinematográfica do Batman. Sandy Collora e seu hit, Dead End, fez o mais simples e básico, com um roteiro de poucas palavras e produção a toque de caixa. Sem contar que ainda apontou novas saídas para o gênero, como a questão do crossover.
Numa tacada só, o cara meteu Coringa, Aliens e um Predador pra enfrentar o morcego. Ficou excelente e nos deixa imaginando como seria um encontro entre o Blade do Wesley Snipes com o Aranha do Tobey Maguire. Ou, melhor ainda, um pega animalesco entre o Wolverine do Hugh Jackman e o Hulk do Eric Bana, igual ao que vimos 'n' vezes nas HQs.
Seria demais...! E antes que alguém tenha a revelação que "o Logan não ia dar nem pro cheiro", lembre-se que ele foi o adversário que mais durou numa briga com o verdão. Aliás, a estréia do Wolvie foi justamente num confronto com o gigante esmeralda. Se pegassem o conceito simplista do Dead End e adaptassem à esse crossover, seria arrasador.
Claro que isso são apenas tolas divagações da minha parte (cara... escrevi que nem o Lobo agora!). Eu sei muito bem que os direitos de adaptação desses personagens para o cinema pertencem a diferentes estúdios. Os X-Men são da 20th Century Fox, o Hulk é da Universal, o Batman é da Time Warner, etc. Isso inviabiliza qualquer filme-crossover. Mas, como em Hollywood tudo é possível quando se tem grana no meio, existe a possibilidade de uma co-produção entre dois estúdios. Claro, primeiro "eles" vão espremer a laranja até não poder mais. Ou seja, quando sobrar só o Mysterio pro Aranha enfrentar, eles vão pensar em algo desse tipo. Isso deve ocorrer lá por 2054. Mas tudo bem... eu espero.
...como os mais trashers já devem ter sacado, aquelas imagens chocantes do começo são do filme "proibido" do Quarteto Fantástico. Clique na capa do filme pra ver mais fotos do "clássico".
Essa mer... digo, filme, foi dirigido por um tal de Oley Sassone e produzido pelo veterano Roger Corman (que já até fez uns filmes "B" legais). Só que Corman é o contrário do vinho, quanto mais velho, pior fica. Esse filme é tão incrivelmente podre que nem sequer foi lançado, e acabou virando uma relíquia trash. Parece até coisa do Ed Wood.
Logo abaixo, um dos efeitos especiais mais realistas já concebidos para o Cinema. Por coincidência, é desse filme do Quarteto. Com vocês... o Tocha Humana em ação (tinha uma do Coisa, que era... uma coisa).
Ok, não resisti. Com vocês... "a" Coisa.
Ué, não disponibilizei logo de cara porque pensei que o Lobo já havia publicado. Depois ele apareceu procurando também... Então tá aí a HQ. Aliás, faço sempre questão de creditar os (ir)responsáveis (existe honra entre piratas e foras-da-lei!), mas no caso dessa revista, eu realmente não sei quem é o pai da criança. Eu só lembro que, na época, a baixei no Rapadura Açucarada. Então - se chegou a ler até aqui - valeu OutZ.
Em A Pro., Garth Ennis deixa um pouco de lado a violência pura em função de um roteiro ácido e carregado de humor negro, como de costume. É mais ou menos aquele papo do post anterior, sobre a impossibilidade da existência de um herói quadrinhístico no nosso mundo. E realmente é impossível, tendo em vista a tendência hiper-humanista deles, principalmente em se tratando do Clark... ou, no caso, do Santo!
Um excelente texto do Ennis e um belo trabalho gráfico da Amanda Conner (só uma mulher pra saber desenhar mulher daquele jeito...).
Links:
http://geocities.yahoo.com.br/garthconner/aPro01.zip
http://geocities.yahoo.com.br/garthconner/aPro02.zip
ou
http://geocities.yahoo.com.br/amaennis/aPro01.zip
http://geocities.yahoo.com.br/amaennis/aPro02.zip
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